Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

do livro que eu li - Marquesa de Alorna

 
Leonor de Almeida Portugal, Alcipe, Condessa de Oeynhausen, Marquesa de Alorna, a mesma pessoa em diferentes fases da vida. Senhora, sem dúvida, de um espirito privilegiado para uma mulher nascida na segunda metade do séc. XVIII. A essa época movimentou-se entre Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid, Gales e Londres.
 
Viveu numa altura conturbada da história mundial e portuguesa: o terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa sob o comando do Marquês de Pombal; o Processo dos Távoras, de quem era neta, e que a levou a 18 anos de cativeiro no Convento de Chelas; a Revolução Francesa; a ascensão e queda de Napoleão Bonaparte; as invasões de francesas em Portugal; o exílio da corte no Brasil; a revolta Liberalista; a guerra civil, que opôs os irmãos D. Pedro e D. Miguel; o nascimento da monarquia constitucional no país; e a independência do Brasil.
 
Em épocas assim revelam-se grandes talentos em diversas áreas da cultura, a Marquesa teve o privilégio de conviver com Mozart, Boacage, Goethe, Luísa Todi, Lord Byron, Alexandre Herculano e Almeida Garret, entre outros, e de ver nascer monumentos nacionais como a Estátua de D. José I no Terreiro do Paço, a Basílica da Estrela, o Real Teatro de S. Carlos e o Palácio da Pena.
 
Embora tenha vivido os anos da sua juventude enclausurada num convento não restringiu o seu espírito a este espaço. Soube aproveitar os privilégios da classe em que nasceu, não só para se mover habilmente na corte e assim obter rendimentos - sem no entanto ter conseguido equilibrar as contas das suas casas, dada a necessidade de ostentação a que se habituou. Mas também para se tornar uma pessoa culta, informada e interessada pelos destinos do mundo, do país, e da educação. Ficou para a posteridade como mulher de paixões e convicções, defensora afincada da honra da sua nobre origem - primeiro a da família Távora, e depois do seu irmão Pedro de Almeida Portugal -, e defensora da cultura, em especial das letras, e da importância da alfabetização na educação das mulheres.
 
Esta é a ideia que criei da Marquesa de Alorna após ler o livro. Gostei mas tendo em conta a época em que esta personagem viveu esperava uma narrativa mais densa, um relato romanceado mais intenso.

6 comentários:

  1. Um livro interessante. Obrigado pela partilha.
    Feliz Natal,
    Beijinhos :)

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    1. Vale a pena ler.
      Que todas as tuas as épocas sejam felizes.:)

      Beijinhos

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  2. Já olhei para este livro várias vezes, mas acabei por nunca o comprar.

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    1. Eu comprei numa promoção do Continente (menos 24%), quando vi não hesitei, dei o dinheiro como bem empregue. :)

      Beijinhos

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  3. Respostas
    1. Lemos o mesmo livro, não só em sentido literal. ;)

      Beijos

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