Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

2014 and so it was

senti pela primeira vez o envelhecimento físico, eu a mocinha com a eterna cara de adolescente, aquela a quem perguntavam sempre se os bilhetes eram com desconto para jovem, foi pela primeira vez brindada com um "você não tem menos de 23 anos". olhei-me no espelho e vi que estou a mudar. eu que sempre achei estranho as mulheres lidarem tão mal com o envelhecimento, comecei a ter um vislumbre do que sentem.
 
aumentei a minha descrença e se há palavra que sempre me caracterizou foi esta - começou em criança, educada como católica cristã, nunca senti nenhuma afinidade com a religião, assim que me foi dada a possibilidade de escolher afastei-me. perdi a fé em algo bem mais importante que um deus de "atitudes" incongruentes, deixei de crer nas pessoas. percebi que somos só mais uma espécie a habitar a terra, a lutar pela sobrevivência, não há livre arbítrio, não há escolhas, há a natureza, criou-nos e comanda-nos, simples e tão complexo. uns nascem para serem felizes, outros para sofrer, uns para fazer bem, outros mal, mas nada disto é escolha, está "escrito" nas nossas características genéticas e nas oportunidades que o tempo e o espaço nos oferecem, mas também esses não são escolha. passei a olhar para as pessoas com outros olhos, a esforçar-me por não as julgar tanto, porque afinal cada um é como é. não vou dizer que passei a gostar de toda a gente, impossível, passei só a não dar mais importância a características que eu considero negativas e a ter como máxima a ideia que ninguém é totalmente bom, nem totalmente mau. se há dias em que não suporto determinada pessoa porque considero os seus comportamentos mesquinhos, também os há em que me encanta com a forma como é capazes de ajudar os outros, ou até simplesmente de me fazer rir. acredito que o que acabo de escrever não faça grande sentido e assim sendo espelha como muitas vezes me senti…

8 comentários:

  1. Faz sim, faz todo o sentido! Que 2015 te devolva alguma fé, te aqueça o sorriso e mantenha a capacidade de te encantares pel'Outro....vais ver que ainda vale a pena!

    Gosto muito de ti! Jinhoooooooooooosssssssss

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    1. Isso faria de mim uma outra Canca, talvez mais capaz de se deixar ser feliz... eu acredito só não tenho sorte, ou então não lhe sei dar espaço!

      :'( Obrigada por veres o que eu não sei mostrar, nem sei se tenho! love you mummy*

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  2. Canca, que em 2015 ganhes mais alegria e mais fé, como diz a Suri!
    Tudo de bom,
    Beijinhos

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    1. Carpe, obrigada por estares desse lado e não deixares de ter fé em mim. :)

      Um abraço apertado, de coração

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  3. Todos nós temos dias menos positivos e isso acaba por revelar uma faceta nossa que, por vezes, não é tão conhecida. Honestamente, acho que há pessoas genuinamente más, que só estão bem com o mal dos outros, mas também há as que são genuinamente boas. Mas qualquer uma, em determinado momento, pode ter atitudes que não corresponde àquilo que é

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    1. Somos muito complexos, eu queria perceber todos, pelos menos os que me rodeiam e fazer com que se dessem bem... utopia. :(

      Beijos

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  4. Faz todo sentido, compreender que cada um tem uma identidade, diferenças e que cada pessoa é um mundo torna-nos menos julgadores e capazes de antes de pré conceber ideias sobre elas ter a oportunidade de conhecê-las melhor, tanto seus pontos positivos como negativos.

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    1. É isso que tento fazer, mas às vezes dou por mim consumida por situações invisíveis aos próprios intervenientes... :(

      Beijos

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