Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sábado, 14 de setembro de 2024

food addiction 😋😅

sabes que tens um problema com comida quando:

- comes uma fatia dos restos de bolo que estão no frigorífico do trabalho!
- tomas o pequeno almoço e tens vontade de debicar massa do jantar do dia anterior!

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

back to being me

não é fácil viver na nossa pele quando o maior inimigo é a nossa cabeça. adiei até ao limite voltar a tomar o antidepressivo, o limite chegou há poucos minutos quando me dei conta que os meus pensamentos autodestrutivos não me iam dar tréguas

low bat

esperamos que quem nos é próximo nos conheça e surpreendemo-nos quando alguém com quem apenas mantemos relações de circunstância repara que estamos sem a energia habitual!

quem manda? quem não sabe. um dejà vu autoritário

adoro quando as pessoas respondem com mentiras descaradas e arrogância na tentativa de ocultar o facto de lhes estar a chamar a atençāo para falhas. falhar é normal não querer melhorar não!

não gosto da angústia mas ela gosta de mim

é complicado viver não sabendo como nos vamos sentir no momento seguinte
talvez seja por isso que não gosto de montanhas russas lembram-me os altos e baixos das minhas emoções

uma aspirante e um doutor do volante cegam o caminho da luz

às vezes a autoconfiança alheia esbarra em mim e chego à conclusão que a exacerbação dos sentimentos bons pode cegar na mesma medida que a exacerbação dos sentimentos maus! 
a primeira encadeia pelo execesso de brilho a segunda tolda pela escuridão!

que bom deve ser viver na redoma de uma cegueira selectiva que apenas nos deixa ver o quão incríveis somos!

a minha cegueira selectiva só me deixa ver as minhas incapacidades e inconseguimentos e impede-me de me julgar superior rotulando negativamente (a torto e a direito) quem não pensa como eu! a minha cabeça é o meu inferno quem me dera ter vindo com o modelo paraíso!

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

sobre medos que se agigantam!

eu acho que sou insuficientemente boa em tudo o que faço, todos são melhores que eu, eu sou diferente, limitada, e às vezes esse sentimento de diferença atinge-me de uma forma que quase me paralisa
um medo enorme, de não ser capaz, de não estar à altura, de me expor e ser ridícula, apodera-se de mim e traz consigo a insegurança que me aperta o peito e me deixa hiper ansiosa
a ansiedade impede a concentração e eu convenço-me ainda mais que sou diferente, incapaz, não estou à altura do que me é expectável e exigível
é um ciclo autodestrutivo que racionalmente sou capaz de descrever e refutar, mas do qual não consigo sair sem ajuda medicamentosa
este medo de ser diferente, e de assim ser vista pelos outros, tem tido consequências destruitivas na minha vida, contudo acho que também é ele que me faz olhar para os outros com a enorme generosidade de os querer aceitar nas suas diferenças, para que não sofram as dores do julgamento alheio como eu sofro as do autojulgamento 

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

mais uma epifania!

quando me cortam as asas escrevo, porque escrever é voar de pés assentes na terra!

da intolerância dos que pregam tolerância

quem acredita num deus vê como ofensa que se diga abertamente que não se acredita!
por que é que temos de aceitar uma crença e não a podemos pôr em causa, sendo que como crença não assenta em nada material, e os crentes não têm de aceitar que nos cinjamos ao que é real?
chama-se intolerância, arrogância, sentimentos muito comuns entre os que crêem num deus!
se querem ser aceites deviam aprender a aceitação, infelizmente as religiões nunca geraram aproximação, a história mostra, a quem quiser ver, o rastro de destruição que deixaram e continuam a deixar!
felizmente princípios morais não têm nada a ver com religião!

domingo, 8 de setembro de 2024

reprodução em sentido literal e figurado

certamente há homens a sentirem-se atraídos pelo intelectuo de mulheres e que reprimem os sentimentos porque elas não são bonitas, ou magras, ou jovens, ou férteis, ou ricas, ou recatadas no vestir e no pensar, ou qualquer outra merda pela qual a sociedade (ocidental patriarcal) diz que um homem se deve sentir atraído
nessa situação a vítima não é só a mulher, não é só sobre ela que recaí o ónus de ser como os outros ditam que seja
infelizmente há muitas mulheres a pensar e a educar os filhos para perpetuarem os grilhões deste preconceito 
a racionalidade do ser humano inverteu o papel dos sexos na natureza e faz com que seja a fémea a tentar atrair o macho
milhares de anos após sairmos das cavernas não há dúvida que continuarmos a viver em função da reprodução, contudo julgamo-nos tão diferentes das outras espécies de seres vivos...


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

o desejo não tem medidas!

há muitos seres humanos a acreditar que o desejo masculino (heterossexual) é despertado por roupas justas e partes do corpo expostas. e é certo assim acontecer, contudo, isso não pode retirar às mulheres a liberdade de se vestirem como bem entenderem. 
o desejo é um instinto, logo, não havendo reciprocidade, se alguém o sente tem de se controlar. esse é o traço característico da racionalidade!
lamentavelmente ainda há um caminho longo a percorrer até os seres humanos perceberem que uma mulher é muito mais que um corpo, ainda assim  é perfeitamente legítimo que ela o mostre, e, se assim o entender, viva emocional e economicamente à custa da sua imagem.

por outro lado, fico triste pelos seres humanos que assim não o entendem, sobretudo se forem mulheres! por certo não sabem que é possível e o quão mágico é sentir-se contagiada pelo desejo do outro sem provocações físicas, sem os corpos se tocarem e sem os olhos se encontrarem!

terça-feira, 27 de agosto de 2024

duvido de certezas, acredito em interrogações!

às vezes questiono-me se há algo de errado em sermos sinceros com as pessoas em quem confiamos!

parece-me óbvio que não, aliás não vejo outra forma correcta de agir! mas a vida dá tantas voltas que onde antes estava uma pessoa em quem confiávamos agora está uma interrogação e isso cria-me dúvidas!

acho que a minha única certeza vai ser sempre que eu sou uma pessoa de muitas dúvidas e poucas certezas!

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

as cores do sorriso como medidores de distância sentimental, uma reflexão sobre o conforto no desconto!

silêncios confortáveis e sorrisos desconfortáveis (o contrário de silêncios desconfortáveis e sorrisos que confortam)

na tentativa de encontrar uma explicação para o que sinto, cheguei à conclusão (tão provisória como alguns sentimentos) que me atrai o conforto emocional proporcionado pelo outro!

esse conforto reconfortante, que sentimos junto de algumas pessoas, não se explica é uma conexão (o telemóvel sugeriu vibe, muito moderno este meu equipamento electrónico)!

a merda é que estas conexões emocionais ou vibes enganan-nos como o raio, porque sendo percepções individuais, somos nós a pintar o outro das que cores que mais alegram a nossa tela!

a sorte é a tela da vida ser feita para sobrepor camadas e camadas da tinta dos nossos dias!

talvez eu tenha visto muita cor onde só havia preto e branco, nesses dias o silêncio não tinha lugar e o riso enchia a minha tela de cor, das cores fortes que eu tanto gosto!

a indiferença veio dar uma pincelada de realidade preta e branca na minha tela, acho que aprendi a aceitar estas cores, com elas o silêncio enche o espaço de tal maneira que o sorriso sente desconforto por espalhar salpicos de cores fortes pela tela...

eu gosto de sorrir na mesma medida em que não gosto impor a minha presença, acho que há pessoas que se sentem confortáveis por me fazer sorrir, mas não gostam da cores vibrantes que espalho nas suas telas, assim fica difícil porque sou obrigado a sorrir a preto e branco e isso é desconfortável!




we all dress eachother with our thoughts!

a minha intuição é incrível para coisas parvas, ou strange things happen in therms of dressing, que é como quem diz, sou boa a despir a mente no que toca a vestir o corpo!


segunda-feira, 19 de agosto de 2024

funny stuff about me!

eu respondo a letras de músicas, contrario-as para elas não pensarem que sabem os porquês e os comos do que eu sinto! pq às vezes parece que sabem demais 😅
e isso lembra-me a maravilhosa música dos Fugees - killing me softly with his song 

And there he was
This young boy, stranger to my eyes

Strumming my pain with his fingers
Singing my life with his words
Killing me softly with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life with his words
Killing me softly with his song

I felt all flushed with fever
Embarrassed by the crowd
I felt he found my letters
Then read each one out loud
I prayed that he would finish
But he just kept right on

Strumming my pain with his fingers (One time, one time)
Singing my life with his words (Two times, two times)
Killing me softly with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life with his words
Killing me softly with his song

certamente já se passaram 20 anos desde o lançamento, e agora ao lê-la acabo de lhe descobrir um novo significado! a música é sem dúvida das melhores criações do ser humano.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

talking to myself

as viagens para e do trabalho têm muitos modos, reflexão, desespero, boa disposição... 

quase dois meses sem antidepressivo, dois meses a descobrir como é estar de bem comigo: 
a não reagir a quente a algo que me tiraria do sério, descobrir o mood não me vou incomodar com isso, há-de resolver-se, e seguir sem aquela situação a bombardear-me a cabeça e a deixar-me un petit peau fou
a gostar de fazer coisas sozinha, estar bem e andar bem só, aceitar que tenho gostos diferentes das minhas pessoas e que isso é perfeitamente normal e não me pode impedir de ir onde quero. sentir que onde antes havia medos (sozinha não vou) pode haver entusiasmo (vou sozinha, vai se uma experiência boa);
a olhar para mim e gostar do que vejo, da minha aparência. esta foi a de mais difícil interiorização! sentia-me um pouco tontita, fútil! mas, um dia ao olhar para uma foto da minha cara (com quem eu sempre tive uma relação muito difícil) e a achar-me bonita (hard do say) percebi que a beleza que eu agora vejo não está nos traços do meu rosto, tem antes a ver com um brilho que emanava dele, e esse só existe porque me sentia leve e de bem comigo 

tudo se relaciona, efectivamente, com o nosso estado de espírito, o que vai na nossa mente! antes, mesmo nos meus momentos felizes eu tinha sempre uma nuvem interna a assombrar-me. talvez uma pequena nuvem já viesse de origem, mas a infância feliz não a deixou fazer sombras, com o início da idade adulta a nuvem cresceu e começou a ensombrar mais e mais cada vivência minha;
o antidepressivo desfez a nuvem e passados dois anos de toma, vivi dois meses como se a minha mente tivesse sido sempre ensolarada!

ontem na viagem de regresso a casa senti que a nuvem estava lá, sentia o seu peso. e assim foi, começou uma tristeza súbita, um desencanto com a vida, pensamentos negativos, vontade de ficar a hiperpensar cosias más, pouca tolerância a comportamentos de pessoas a quem normalmente tolero muito, o incómodo em ouvir pessoas a falar e a hipersensibilidade aos sons. um peso na cabeça que me faz querer estar só, me leva para a cama e faz com que as refeições não se façam!
há muito não me sentia assim, não quero voltar a ser assim! já andava a interrogar-me quanto tempo conseguiria estar bem sem o antidepressivo, parece que dois meses é o meu tempo de vida limpa!

o que mais me incomoda é que não houve um gatilho, algo a que eu possa atribuir esta mudança, foi repentina, estive todo o dia bem e do nada quando entrei no carro para sair do trabalho já sentia o peso da mudança que aí vinha!


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

as palavras que eu nunca te direi não se escrevem em garrafas para atirar ao mar, escrevem-se num blogue e caem na rede

obrigada, mais uma vez obrigada,
por me fazeres ver que, na tua perspetiva,
o meu coração sempre disposto a ajudar
a minha vontade e capacidade de me colocar no lugar do outro e tentar entender antes de julgar
o meu prazer em ver os outros bem, ainda que à custa de dores pessoais
a minha vontade de não esconder nada, de ser o mais sincera possível, de não criar ilusões sobre o que sou
tudo isso pouco importa (para ti) perante a beleza física!
é perfeitamente legítimo pensar assim, nós não escolhemos o que nos encanta (mas o que nos encanta diz muito sobre nós)
ainda assim, paradoxalmente, se não fosses tu eu não teria procurado a ajuda que me fez olhar no espelho e ver beleza física!
não te vou dizer o quão estranho é sentir-me assim, foram muitos anos a não gostar do que via, não sei lidar muito bem com esta mudança de perspectiva...
é tão difícil como aceitar um elogio, com a diferença que posso sempre pensar o elogio é falso, mas é complicado pensar que a minha própria mente me está a enganar!
se bem que, possivelmente está, porque andou este anos todos a não ver beleza numa jovem e começou a vê-la quando as marcas do tempo se fazem notar!
curioso como, na minha vida, têm sido as pessoas que não gostam de mim (na mesma medida ou pelas mesmas razões que eu gosto delas) a fazer-me ver a pessoa e a mulher linda que eu sou (custa-me imenso ouvir-me elogiar o meu aspecto físico, é mesmo, mesmo muito estranho - talvez porque não consiga desligar-me da ideia de quão fútil isso é)
eu gostava de ser mais simples, só que não seria eu!



quinta-feira, 8 de agosto de 2024

we are not what others want us to be!

You know I'm impatient

Listen to me, I took your nice words of advice
'Cause I'm too messy and then I'm too fucking cleanAnd I'm too perfect 'til I open my big mouthI want to be me, is that not allowed?And I'm too clever and then I'm too fucking dumbAnd I'm too perfect 'til I show you that I'm notA thousand people I could be for you and you hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lot
Oh, and I'm too messy and then I'm too fucking cleanAnd I'm too perfect 'til I open my big mouthI want to be me, is that not allowed?And I'm too clever and then I'm too fucking dumbAnd I'm too perfect 'til I show you that I'm notA thousand people I could be for you and you hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lot


messy - lola young



músicas que cantam o que (já) contamos! do tempo em que quem me chamava livro aberto não (me) queria saber ler.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

o tempo é composto de mudança!

Eu quero que os meus dias não tenham veneno
Quero que os teus olhos riam sempre comigo
Eu não quero ter coisas que eu não viva
Vou ganhar coragem para aceitar a mudança

segunda-feira, 29 de julho de 2024

superior(só em)idade

cada vez que eu olho para ti com um olhar doce e vejo uma pessoa mais sensata, mais serena, alguém a quem a felicidade faz bem e que não usa a sorte para se arrogar superior, e até tenho vontade de ti dizer, tu tens um surto à conta da tua dificuldade em aceitar que ter opiniões diferentes e defendê-las não tem nada a ver com querermos demonstrar a nossa superiodade moral, intelectual ou outra que seja...

quando a vida não nos é tão doce, quando olhamos ao espelho e não amámos o que vemos, alguns de nós aprendem a querer abraçar todos os outros a quem a sociedade põe rótulos de "menos atraentes"!

não sei quem eu seria capaz de amar ou não, mas não excluo à partida ninguém pela sua aparência, e acho feio que o façam!

isso faz de mim superior? não, de todo, mostra apenas que eu gosto de pessoas e não de peças de carne! quando quero comer carne vou ao talho e sou livre de escolher o que quero pagar para...

onde devo ir procurar o amor, (infelizmente e ao contrário de ti), não sei, porque o amor sempre me aconteceu sem razões que o olhar possa explicar!

posso não ser tão feliz como tu, mas não quero ser de outra maneira, porque, independentemente do que os olhos dos outros vêem, sou uma pessoa boa e para mim não há beleza maior que essa!