ser pai é muito mais que gerar, é amar, ensinar,
educar, é esforçar-se por fazer feliz. capacidade parental nada tem a ver com capacidade
de gerar, com o género ou número de indivíduos que a exercem, ou com o nome que se lhes atribui, tem a ver
com a qualidade das pessoas como seres humanos, com as emoções e valores que têm
para partilhar.
tenho lido muitas opiniões favoráveis à
parentalidade por casais homossexuais. e confesso, o que mais me tem marcado são
os comentários preconceituosos que inevitavelmente aparecem. opiniões cheias
de fúria para com os homossexuais, emitidas por pessoas que julgam estar
a defender a moral e os bons costumes, que pensam ser as donas da verdade e o garante
da sã existência humana. francamente, não as percebo. como é possível gastar
tanta energia a lutar contra algo que não lhes diz respeito, a vida afectiva
dos outros, e simplesmente ignorar aquilo em que todos deveríamos estar
focados? as crianças. como podem simplesmente esquecer estes pequenos seres
humanos? tão frágeis, votados ao abandono, a quem está a ser negado o direito a amor,
carinho, família, lar, infância. francamente, não percebo.
a única questão que
me faz sentido, quando se fala em parentalidade por casais homosexuais, é esta:
merecem as crianças ter a oportunidade de serem parte de uma família, de serem amadas
como crianças que são? SIM.
E a quem ainda não tiver percebido isso aconselho voluntariado num dos lares da Misericórdia (eu já fiz)...onde as crianças tem tudo (habitação, alimentação, vestuário, educação)....mas apesar de tudo ...falta-lhes tudo!!! Um pequeno estágio por um orfanato....e tudo mudaria nas suas cabeças duras!!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Maria
Seria tão bom que em vez de alimentar preconceitos as pessoas alimentassem de afectos essas crianças.
EliminarBeijinhos, minha querida*
Não podia concordar mais contigo. Um grande exemplo do que falas é o casal Eduardo Beauté e Luís Borges que têm duas crianças que aparentam ser muito felizes e que estão bem melhor do que estariam antes.
ResponderEliminarbeijinho :)
São sem dúvida um grande exemplo. Já ouvi uma entrevista dos pais e avós do menino que tem trissomia 21, e fiquei chocada com tanto desamor, tanto preconceito, mesmo sendo a criança sangue do sangue deles. Não percebo como é possível desprezar um de nós só porque é diferente, não seria esse motivo para o amar mais? Pena que nem todas as crianças têm a sorte de encontrar pessoas dignas de serem chamadas de pais. :(
EliminarBeijinho