"Dizem que o tempo sara todas as feridas. Talvez seja verdade. Mas há feridas que parecem não sarar. Sangram, vertem pus, voltam a sangrar, surpreendem-nos a magoar a alma quando esta já deveria estar habituada e imune a tanta dor. É certo que, às vezes, essas feridas acalmam, como as marés que recolhem a água e recuam para o mar alto; mas, tal como as marés, regressam depois, revigoradas, pujantes, invadindo de novo a praia e fazendo sentir o fulgor da sua presença, o ímpeto do seu regresso."
José Rodrigues dos Santos in A Ilha das Trevas
Um relato romanceado da história de Timor Leste desde o período pré-ocupação Indonésia, até à independência. O nascimento deste país fez-se de muito sofrimento, muitas perdas, muito desrespeito pelo ser humano, nenhum conflito, desta natureza, se trava sem a destruição de vidas.
O massacre no cemitério de Santa Cruz, e o referendo que resultou na independência deste povo, eram os acontecimentos mais presentes na minha memória, pelo que, mais uma vez a escrita de JRS me cativou pela transmissão de conhecimento.
Outra característica que me cativa neste autor é a capacidade de alertar consciências. Transcrevi o parágrafo inicial, ao longo do livro persegui-lhe o sentido, quando o percebi veio-me à ideia o ditado popular "prefiro a morte a tal sorte". Se quiserem saber mais leiam!
É um livro maravilhoso que gostei imenso de ler!
ResponderEliminarBom domingo,
Beijinhos
Concordo plenamente. :)
EliminarBeijinhos, muitos*
Já o li há uns anos, mas sei que gostei muito. :)
ResponderEliminarbeijinho
Também gostei muito. :)
EliminarBeijios, muitos também. :P