Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sexta-feira, 30 de março de 2018

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

you can (gently) call me dove, i will (still) see a rat with wings

(esqueçam o post anterior, até podemos dizer que mudámos, mas a essência não muda... volto ao registo habitual o único que tem força para me fazer escrever.)

o que somos não é algo concreto, será sempre subjectivo, depende de que como e de quem nos vê...

sinto que sou de determinada forma, mas as minhas acções não vão de encontro a essa definição...

os outros na sua maioria vêem-me pelas minhas acções e é em função delas que me definem…

sou diferente, muito diferente da forma como me mostro…

alguns, poucos, vêem para além do que eu consigo deixar transparecer, e não entendem como posso deixar o medo coibir-me de acreditar e mostrar o que de melhor há em mim...

esses gentis seres na sua vontade de me fazerem mostrar o melhor que vêem em mim, criam-me fendas na carapaça, quererem-me mais forte, deixam-se frágil...


gostava de me olhar com olhos mais meigos, não consigo. ser dura comigo é a forma que encontrei de me proteger. protejo-me do mau e do bom, bem-sei, só não sei ser diferente.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

be aware i'm back! mudei mas, não se iludam, continuo parva como sempre :p

decidi reabrir o blogue, mais de um ano sem escrever com regularidade, o tempo passou, as circunstâncias da minha existência mudaram, as pessoas que fazem parte da minha vida mudaram, eu mudei. 

um destes dias fui reler os escritos passados e apercebi-me que continuo a rever-me no que escrevi. a minha essência manteve-se, suponho que apenas alterei o alcance da minha vista... posso dizer que estou mais (ma)dura!

se estavam (a ousadia de utilizar o plural também é uma mudança) à espera da canca fofinha que escreve sobre sentimentos fofinhos, aquela cujo lema de vida era o imagine do john lennon, esqueçam! ela continua a morar cá dentro, mas vai manter-se com as mãos (e o coração) fora do teclado (acho eu, a insegurança ainda tem moradia permanente).

para provar que estou diferente, vou apresentar provas materiais, algo em grande!...

estou tão dura que HOJE DE MANHÃ PARTI A TROMBA A UM ELEFANTE, literalmente, ora vejam:


o depois

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

dúvida existencial #1999577

como é possível haver alturas em que adoramos uma pessoa e outras em que a detestamos?! a exacta mesma pessoa!!!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

quinta-feira, 31 de março de 2016

outro edifício

É preciso outro edifício, outro manual
Noutro porto, noutra graça, noutro encanto
Noutro lugar mais doce, morno e quente
Noutra forma de ser mais conseguida
Onde a vida se alimente noutro espanto
E o vulto da manhã seja avenida

É preciso que a voz da melodia
Seja muito mais que um deslumbramento
Seja a busca concertante do esplendor
E sabermos merecer esse momento
E sabermos inventar outra verdade
E sabermos fabricar todo esse assombro
E amanhecermos finalmente essa cidade

É difícil compor essa melodia
Se não plantarmos com cuidado esse jardim
Atira o véu por terra e agarra o sonho
Todos os dias que amanhecem são poema
Todos os dias que ainda houver são recomeço
Todos os dias que existir serão assim

E é preciso que esta melodia
Nos faça rir e chorar ao mesmo tempo
Se isso não acontecer como devia
É porque não soubemos construir
Outro tempo, outro sentir bem mais profundo
É porque não soubemos destruir
Todos os "ses" e "talvez" que ainda há no mundo

É difícil compor esta melodia
Se não plantarmos com cuidado esse jardim
Atira o véu por terra e agarra o sonho
Todos os dias que amanhecem são poema
Todos os dias que ainda houver são recomeço
Todos os dias que existir serão assim

Letra e música: Pedro Barroso

CD "Palavras ao Vento", 2014

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

                          Luís de Camões

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

medos

alguns medos sempre foram meus companheiros, de há tanto tempo viverem comigo fazem parte de mim,  já não me assustam, mas, ontem conheci um medo que me gelou alma. o medo de mudar, de deixar de ser a pessoa pura e de bom coração que sobreviveu a tantas tempestades. assustou-me enormemente o vislumbre de uma névoa negra, não quero perder a luz que (apesar de tudo) sempre me acompanhou.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

locked

dizem que devemos ser selectivos nas nossas batalhas, que estarmos bem é mais importante que termos a razão do nosso lado. mas, por vezes, não importa o quão tranquila sintamos a nossa consciência, simplesmente não conseguimos estar bem. há uma vontade em nós de mostrar que não importa quem está certo ou errado, não há certos ou errados, os seres humanos falham, importante mesmo é ser-se franco, porque há feridas que só a sinceridade pode cicatrizar.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

da insegura que há em mim

tenho medo de descobrir que nunca fui importante, porque importante era o que eu podia representar!

da egoísta que há em mim

há pessoas tão importantes para nós que dói deixá-las seguir um caminho que as afaste, ainda que do fundo do coração apenas desejemos que estejam bem, mesmo que fisicamente longe!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

34

cheios de incertezas, dúvidas e fragilidades.

cheios de doçura, generosidade e uma vontade de sorrir vinda do fundo da alma.

“...
In the midst of tears, I found there was, within me, an invincible smile.
In the midst of chaos, I found there was, within me, an invincible calm.
I realized, through it all, that…
In the midst of winter, I found there was, within me, an invincible summer.
And that makes me happy. For it says that no matter how hard the world pushes against me, within me, there’s something stronger – something better, pushing right back."

Albert Camus  

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

será uma mensagem (pouco) subliminar do google?

faço uma pesquisa no google que começa pela palavra "coveiro" e este coloca-me como opção de pesquisa "não devia mais querer você"!


será que me está a querer dizer que há pessoas na minha vida que eu devia enterrar????

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

crossroads, ou como as amígdalas nem sempre são nossas amigas!

ainda que pessoas felizes sejam de convivência mais fácil, não consigo deixar de preferir estar junto daqueles que precisam de ajuda para ultrapassar as suas fragilidades. 

nem todos se aproximam de pessoas com fragilidades para ajudar, alguns procuram apenas a possibilidade que estas lhe dão de subjugar.

decifrar o caos

Acho que sou um bocado desarrumado. Por exemplo, não sei onde guardar as memórias que tenho de ti. Passo os dias a tentar guardá-las numa prateleira qualquer da vida, mas não consigo. Acabo sempre com elas espalhadas por todo o lado, de tal forma que quero andar e não consigo sem as pisar.
...
O Amor é uma questão de arrumação e eu sou um desarrumado por natureza, o que quer dizer que a minha natureza é Amar-te mais ou menos assim, num caos permanente em mim.
(Se um dia me perguntares como é que eu ando e eu responder que estou arrumadinho, então é porque deixei de te Amar. Mas não contes com isso.)
 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

ao longe a beleza dos prados

desconfio que as terças-feiras estão mancomunadas com o laboratório dono da patente do "meu" ansiolítico, é a única explicação lógica para a forma impiedosa como estão a pôr à prova a minha capacidade de superar (sem ajuda) situações menos boas. surpreendentemente, apesar do aperto no peito e da vontade de desabar, estou a resistir.
 
quando olho racionalmente as causas destes dois picos de ansiedade, sei que não foram as pessoas ou os acontecimentos. fui eu, a dificuldade em me aceitar, o medo de mostrar as minhas fragilidades e ser rejeitada, eu no castelo...