Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

                          Luís de Camões

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

medos

alguns medos sempre foram meus companheiros, de há tanto tempo viverem comigo fazem parte de mim,  já não me assustam, mas, ontem conheci um medo que me gelou alma. o medo de mudar, de deixar de ser a pessoa pura e de bom coração que sobreviveu a tantas tempestades. assustou-me enormemente o vislumbre de uma névoa negra, não quero perder a luz que (apesar de tudo) sempre me acompanhou.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

locked

dizem que devemos ser selectivos nas nossas batalhas, que estarmos bem é mais importante que termos a razão do nosso lado. mas, por vezes, não importa o quão tranquila sintamos a nossa consciência, simplesmente não conseguimos estar bem. há uma vontade em nós de mostrar que não importa quem está certo ou errado, não há certos ou errados, os seres humanos falham, importante mesmo é ser-se franco, porque há feridas que só a sinceridade pode cicatrizar.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

da insegura que há em mim

tenho medo de descobrir que nunca fui importante, porque importante era o que eu podia representar!

da egoísta que há em mim

há pessoas tão importantes para nós que dói deixá-las seguir um caminho que as afaste, ainda que do fundo do coração apenas desejemos que estejam bem, mesmo que fisicamente longe!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

34

cheios de incertezas, dúvidas e fragilidades.

cheios de doçura, generosidade e uma vontade de sorrir vinda do fundo da alma.

“...
In the midst of tears, I found there was, within me, an invincible smile.
In the midst of chaos, I found there was, within me, an invincible calm.
I realized, through it all, that…
In the midst of winter, I found there was, within me, an invincible summer.
And that makes me happy. For it says that no matter how hard the world pushes against me, within me, there’s something stronger – something better, pushing right back."

Albert Camus  

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

será uma mensagem (pouco) subliminar do google?

faço uma pesquisa no google que começa pela palavra "coveiro" e este coloca-me como opção de pesquisa "não devia mais querer você"!


será que me está a querer dizer que há pessoas na minha vida que eu devia enterrar????

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

crossroads, ou como as amígdalas nem sempre são nossas amigas!

ainda que pessoas felizes sejam de convivência mais fácil, não consigo deixar de preferir estar junto daqueles que precisam de ajuda para ultrapassar as suas fragilidades. 

nem todos se aproximam de pessoas com fragilidades para ajudar, alguns procuram apenas a possibilidade que estas lhe dão de subjugar.

decifrar o caos

Acho que sou um bocado desarrumado. Por exemplo, não sei onde guardar as memórias que tenho de ti. Passo os dias a tentar guardá-las numa prateleira qualquer da vida, mas não consigo. Acabo sempre com elas espalhadas por todo o lado, de tal forma que quero andar e não consigo sem as pisar.
...
O Amor é uma questão de arrumação e eu sou um desarrumado por natureza, o que quer dizer que a minha natureza é Amar-te mais ou menos assim, num caos permanente em mim.
(Se um dia me perguntares como é que eu ando e eu responder que estou arrumadinho, então é porque deixei de te Amar. Mas não contes com isso.)
 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

ao longe a beleza dos prados

desconfio que as terças-feiras estão mancomunadas com o laboratório dono da patente do "meu" ansiolítico, é a única explicação lógica para a forma impiedosa como estão a pôr à prova a minha capacidade de superar (sem ajuda) situações menos boas. surpreendentemente, apesar do aperto no peito e da vontade de desabar, estou a resistir.
 
quando olho racionalmente as causas destes dois picos de ansiedade, sei que não foram as pessoas ou os acontecimentos. fui eu, a dificuldade em me aceitar, o medo de mostrar as minhas fragilidades e ser rejeitada, eu no castelo... 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

haverá cérebro mais estranho que o meu?

ando limpa há dois meses! sem nada que o fizesse esperar, sem qualquer planeamento, deixei por completo o ansiolítico. 
 
tenho enfrentado o dia-a-dia de forma surpreendentemente segura.
 
paralelamente, os pensamentos auto destrutivos tornaram-se hiperactivos! os monstros que são os meus muitos defeitos reforçaram o seu estatuto de intoleráveis, inaceitáveis, os piores entre os piores.
 
sinto-me qual tartaruga protegida do exterior quando o perigo mora lá dentro!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

entre nós # 117 - search for the hero

no fim-de-semana passado ouvi parte do refrão desta música (no canal panda!), não percebi bem o que diziam, mas foi o bastante para despertar uma lembrança desejosa por despontar (ouvir e cantar). o ritmo já dançava na minha memória, a letra, à minha boa maneira, reescrevi-a, faltava descobrir de quem era a voz marcante - felizmente temos a www! lembram-se de cantar a procura deste herói?! foi lançada há exactamente 20 anos!

m people

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

receita da canca - bolo de melancia, sem melancia ;)

Bolo simples de gelatina

200 g de manteiga
250 g de açúcar amarelo

4 ovos
1 saqueta de gelatina em pó sabor melancia

300 g de farinha para bolos
1 colher de chá de fermento em pó
150 ml de leite

Bater a manteiga com o açúcar.
Adicionar os ovos e a gelatina e mexer.
Envolver alternadamente a farinha misturada com o fermento e o leite.
Levar ao forno, pré-aquecido a 180ºC, até o teste do palito sair limpo (o tempo de cozedura depende de cada forno).
Receita adaptada daqui. A primeira vez que fiz, recheei e cobri com os queijos, como não convenceu, repeti da forma simples que agora partilho. Foi bastante apreciado, e pode ser feito com o vosso sabor preferido de gelatina.

Não há fotos, mas garanto que aspecto e sabor são muuuuuuuuito bons.

entre nós # 116 - my lover's gone

lover's may go, but special musics stay...
dido
 

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

nunca fui boa a mentir, nem a mim mesma!

"But what's real? You can't find the truth, you just pick the lie you like the best.” 

Marilyn Manson

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

entre nós # 115 - my angel gabriel

após duas semanas de ausência o entre nós regressa nas asas de um anjo.

"nem todos os anjos têm asas, às vezes eles têm apenas o dom de te fazer sorrir."

lamb
 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

isto do amor (cantado) em inglês é outra coisa

So you can keep me inside the pocket
Of your ripped jeans
Holding me close until our eyes meet


vou só ali rasgar todas as minhas calças, o rapaz não há-de apanhar-me desprevenida!
está visto que o amor não é imume às tendências da moda! trendy love é o que é!

domingo, 23 de agosto de 2015

i've been away: getting old, hopefully not bitter (continuo sem certezas)

não tenho escrito. falta de inspiração. não o posso considerar mau de todo, a minha escrita é (particularmente) movida pelo drama. assim sendo, a verdade é que não ter escrito está intimamente ligado com o encontro de alguma serenidade, aceitação, aprendizagem... um dia de cada vez, tirando partido das minhas possibilidades, desenfatizando, sem esquecer, as minhas diferenças e limitações. sou como sou, há coisas impossíveis de mudar, impossíveis de aceitar pacificamente, mas com as quais tenho de viver. se tenho de viver com elas, é necessário encontrar forma de convivência pacifica, a maioria dos dias pelo menos! de vez em quando há direito a um dia ou outro de mal comigo, com a vida e com o mundo, mas só de vez em quando. o resto dos dias é esforçar-me por olhar menos para mim e mais para tudo o que me rodeia.
todos os que passam na nossa vida são oportunidades de aprendizagem, neste processo sempre valorizei mais os que me magoaram. talvez por julgar terem sido eles a ensinar-me a reparar  nas minhas qualidades, aquelas que eu não via porque não sabia olhar o que realmente importa. acho que alarguei horizontes, distribui mais uniformemente o foco entre o mau e o bom, e começo a perceber que quem nos quer bem também nos ajuda a crescer, com a vantagem de nos proporcionar bons momentos. parece-me que ocupar, com esses momentos, mais do tempo que deixo passar a pensar é algo que me tem feito escrever menos!
por muitas voltas que a vida dê, espero não esquecer que um dia pessoas minhas me disseram: - envelhecer não serve só para ficar mais velho. e - eu sempre quis que, conforme fosse envelhecendo, nunca ficasse "amarga". continuar o caminho sem esquecer. sem memória não há aprendizagem. 
há contudo aprendizagens impossíveis, e entre elas estão a minha incapacidade de encontrar certezas e de escrever sobre qulaquer assunto na generalidade, e sobre sentimentos em particular. :P

da minha distracção crónica # 31 - uma virose e dois bolos

após ter recebido a sempre agradável visita de uma virose gastrointestinal, que me deixou colocada à cama todo o dia de sexta-feira, eis que, sábado acordo fresca que nem uma alface, às 7:45 da manhã. e qual é a coisa, qual é ela que resolvo fazer? um bolo! não tardou o bolo estava no forno e eu a arrumar os ingredientes, altura em que percebo ter utilizado farinha sem fermento! escusado será dizer que, o bolo além de não crescer e ficar enqueijado, estava intragável. mas quem passou um dia inteiro sem ingerir comida, daquela que além além do corpo alimenta a alma, não desiste ao primeiro contratempo. após o almoço repeti a receita, desta utilizando farinha com fermento! :) está bom, sim senhor, metade ainda o pode comprovar!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

entre nós # 114 - dá-me um abraço

porque um abraço é ir para longe estando perto...
 

miguel gameiro

quarta-feira, 29 de julho de 2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

caixinha de música da canca ♫ 42 - days of our own

hands on approach
 

SUNRISE
WE'RE ON OUR OWN
blinding light
IT'S WARM
inside
feeling out of place
I try to I find in you
a home

ONE DAY YOU MAY NEED TO GO
TODAY IS JUST A DAY OF OUR OWN
SUNRISE IS GIVING US HOPE
THAT DAYS TO COME ARE DAYS OF OUR OWN

IT'S TRUE YOU KNOW
I'm looking in your eyes
TO FIND THE PLACE YOU HIDE
WE AIN'T GOT TIME TO WASTE
THE DAY IS ON
YESTERDAY WAS FINE
NOW IT'S GONE

Don't leave and hide another day
won't take no more to fall astray
Don't leave me hanging on
Stay by my side
today

quinta-feira, 23 de julho de 2015

weird me!

numa linha, que contém duas datas, escrevi o algarismo 1 de três formas diferentes!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

entre nós # 113 - don't look back in anger

porque as nossas melhores revoluções são as que nascem do coração!
 

oasis
 

quinta-feira, 16 de julho de 2015

O Principezinho - a colecção do ❤ - agora em dvd

mais UM presente para a minha sobrinha (e para mim). ;)

sexta-feira, 10 de julho de 2015

entre nós # 112 - in my place

do lado de cá
o segredo para nos tornarmos seres humanos melhores é simples, basta conseguir pormo-nos no lugar do outro! é uma tarefa fácil? não, não é, cada um só sabe pensar e sentir com a sua maneira de ser! mas é simples pensar como nos sentiríamos em iguais circunstâncias (na medida em que as conhecermos) e assim pensando, não vai ser nada difícil olhar para o outro com mais humanidade - em tudo o que a palavra pode representar de bom.

do lado de lá 
quanto mais se esconde o que vai "no lugar" de cada um, mais estamos a retirar-nos a oportunidade de nos sentirmos "percebidos". é  uma tarefa simples partilhar-se? não, não o é, será até hercúlea para alguns. mas, se não tentarmos nunca saberemos como é! e em havendo coisa que mói bem mais que uma desilusão, são sem dúvida os "ses".

podem não ter percebido nada do que eu tentei expor - não se apoquentem, sempre fui uma rapariga largamente desprovida de capacidade para mostrar/demonstrar o que vai cá dentro, não deixo de tentar - ponham-se no vosso lugar e sintam-se tão bem como eu a ouvir a música. :)

in my place - coldplay

quinta-feira, 9 de julho de 2015

amigos - sem se aperceberem fazem-nos perceber o "ridículo" dos nossos comportamentos

mensagens que eu descodifiquei recentemente:

desdenhas tanto que até pode parecer que queres comprar

tendo em conta a minha dificuldade em ocultar coisas às pessoas que gosto, achei que falar do assunto aberta, irónica e frequentemente era a melhor maneira de "não falar". parece-me que desconheço o quanto algumas pessoas me conhecem bem!


queres ser tão engraçadinha que ficas insuportável

eu sou aquela pessoa de piada parva sempre pronta e sempre achei que essa era a característica que poderia levar os outros a achar a convivência comigo agradável, afinal às vezes parece que exagero um bocadito!

quando os amigos são do melhor que há, poupam-se muitas palavras
:)

segunda-feira, 6 de julho de 2015

li, senti, partilho

Sei que nos tornamos em algo diferente daquilo que nascemos. Uma quantidade quase infinita de acontecimentos vai-nos moldando a vida durante a vida, como um oleiro faz uma peça de barro, e no fim é isso que nós somos: uma peça de barro que nunca está terminada.
 
Os Amores que vivi contribuíram todos, definitivamente, para essa peça tortuosa que vou sendo. ...
 
É por isso que não há histórias de Amor pouco importantes. Quando Amamos alguém, em tudo o que fazemos, mas tudo mesmo, devemos ter a noção de que estamos a tornar definitivamente uma pessoa melhor... ou pior.
 
Os Amores que acabaram nunca são apenas passado. Metamorfosearam-se também naquilo que somos e tornaram-se, por isso, presente.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

entre nós # 111 - angel musics

porque, como rapariga cândida que sou, tenho um lado anjinho sempre diposto a acolher os mais desafortunados sob as suas asas...

 the xx


aerosmith


sarah mclachlan

quinta-feira, 2 de julho de 2015

sem pedras no caminho dificilmente poderemos construir as bases sólidas sobre as quais o carácter humano deve assentar


palco da vida
...

Gostaria que você sempre se lembrasse de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer “me perdoe”. É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”. É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz… E, quando você errar o caminho, recomece, pois assim você descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

Usar as perdas para refinar a paciência.

Usar as falhas para lapidar o prazer.

Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.

Jamais desista das pessoas que você ama.

Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espectáculo imperdível, ainda que se apresentem dezenas de factores a demonstrarem o contrário.

Pedras no caminho? Guardo todas… Um dia vou construir um castelo!

(extracto de texto alegadamente pertencente a Fernando Pessoa) 

quarta-feira, 1 de julho de 2015

do livro que eu li - fúria divina


um olhar sobre o livro sagrado dos muçulmanos, o alcorão. um olhar que nos faz ver as motivações em que assentam alguns actos, tão incompreensíveis, praticados em nome de deus. JRS entretém, informa, e deixa-nos simultaneamente a pensar no quão moldável é a nossa mente e  frágil a nossa existência.

terça-feira, 30 de junho de 2015

caixinha de música da canca ♫ 41 - a insatisfação

márcia

 
 
Escrita fina
quando corre ensina
não dura um deserto que atravesse
Pode ir sendo
que demore um tempo
mais tarde ou mais cedo
lá me acerto

Na lembrança
o meu céu de criança
a quem nunca se entrega um tom cinzento
por momentos
vem num pensamento
e uma nuvem chove cá por dentro

Quase nada
(experimento o céu de negro que há de norte a sul
nunca me conforma
(prometo-me a mim mesma mais de céu azul)
a insatisfação
(temo que haja pouco pra me contentar)
nunca me abandona
(mas nada me impede de tentar)

Porque tento
andar atrás no tempo
e entender a chuva que acontece?
Como por magia
há sempre um novo dia
e outra Lua Nova que anoitece
Se a madrugada traz uma canção
pouco importa que me insista hoje em "dia não"
tomei o meu fastidio pra me atormentar
pedras no meu trilho são pra me assentar

segunda-feira, 29 de junho de 2015

e por vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se evolam tantos anos

David Mourão-Ferreira

sexta-feira, 26 de junho de 2015

espécie de dúvida existencial

todos a defender os caracóis, que são cozinhados vivos, e eu só penso nas lagostas! então ninguém se lembra das lagostas?!
 
 
selvajaria, uma verdadeira barbárie.

entre nós # 100 - what a wonderful world

louis Armstrong

 
a música é maravilhosa. já o mundo dos seres humanos...

sexta-feira, 19 de junho de 2015

entre nós # 99 - one sweet day

boys II man & mariah carey


anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas acaba... por agora. :P

sexta-feira, 12 de junho de 2015

entre nós # 98 - truly madly deeply

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua...

savage garden

 
eu gostava disto... era jovem, tinha sonhos, e ouvidos muito pouco criteriosos! :P

segunda-feira, 8 de junho de 2015

quando os livros... #15

Nós somos o que a nossa mente concebe. O real não existe para além da mente.

José Rodrigues dos Santos in A Chave de Salomão, pág. 35

sexta-feira, 5 de junho de 2015

dramas existenciais - ou de como tudo o que eu gosto está condenado ao fracasso!

usava descolorante andina. deixou de existir! passei para a camomila intea. nenhuma farmácia me consegue arranjar (apesar de continuar a constar no site da marca)!
 
usava o desodorizante nature - fantástico, mantinha um cheiro leve e fresco durante o dia - da yves rocher. a produção foi descontinuada!
 
bebia chá branco da lipton. deixei de encontrar à venda! passei a beber verde com limão e cidreira da mesma marca. deixei de encontrar à venda!
 
nunca gosto de nada (dizem), quando gosto é isto! temo pelos pastéis de feijão! :P 

entre nós # 97 - how deep is your love

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua... boysband, esse flagelo dos anos 90 :P
 
impossível falar de música dos anos 90 sem dizer, uma vez que seja, boysband! certamente apreciei algumas músicas deste tipo de formação musical, mas nunca fui grande amante do conceito, a única que recordo, não portuguesa, são os take that. e porquê? porque tinham músicas muito meloso-romântico-pirosas, dizem vocês. podia ser, mas dessas só guardei how deep is your love, que hoje partilho. o que me fez atribuir lugar cativo na minha memória a estes meninos (nem sei quem são, à excepção do robbie williams) foi a sua falta de beleza exterior! eram, na minha opinião, a boysband dos patinhos feios :P, considerar-me elemento da mesma espécie  fez-me nutrir por eles uma especial empatia. ;)
 
take that
 
 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

fim-de-semana em modo babysitter

domingo, 31/05/2015, 7h:30min

ela - tia, porque é que temos de dormir, não podemos fazer outra coisa?
eu - nós dormimos, outra coisa é com o luís franco bastos!

depois de duas estórias, uma sobre a amizade baseada em factos verídicos, e os três porquinhos versão longuíssima metragem; milhares de milhões de porquê e quem e quando e como; e alguns falsos alarmes de corpo adormecido, continuava acordada!

ela - não quero dormir.
eu (com voz autoritária) - ainda é cedo tens de dormir, se não a tia vai chatear-se contigo!
ela (indignada) - tu não gostas de mim! e virou-se para o lado abraçada a um boneco.

 segundos depois dormia, já eu, podre de sono, não consegui dormir!

sexta-feira, 29 de maio de 2015

entre nós # 96 - alejandro sanz - más

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua... en castellano. :)

o sr. sanz deve ter representado um encanto para muitas das adolescentes dos anos 90. o álbum com que se deu a conhecer no nosso país - más - foi dos primeiros cd que ouvi vezes sem conta. e por o ter ouvido tantas vezes, afeiçoei-me a várias músicas. a melhor música do álbum, na minha opinião, - siempre es de noche - já aqui a partilhei. é verdade que o grande sucesso se deveu a corazón partío. no entanto, sendo o intuito desta rubrica dar a conhecer músicas que nos marcaram, não estaria a ser justa, com as músicas que realmente adorava no álbum, se fosse partilhar uma só por ser a mais conhecida - sim, porque não ferir a susceptibilidade das músicas é um dos valores que me rege :P fiquem então com três das músicas que eu cantarolava de cor e salteado. ouvi-las, passados tantos anos, originou alguns sorrisos e muitas agressões à arte de cantar. :P
amiga mia


Y, ¿si fuera ella?


la margarita dijo no

(experimentem ouvir esta até ao fim, hoje parece-me um bocadito irritante, nos anos 90 adorava. quem me conhece pode até achar que a minha voz anda por ali :P)


só mais uma - un charquito de estrelas

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O Principezinho - a colecção do ❤

 chegou mais UM para a minha T :)
 
 
para juntar a ESTE 
 


 e ESTE
 
 
 porque O Principezinho tem sempre lugar na casa que é o nosso coração. :)
 
sendo que ela tem apenas 4 anos, lá terei de ser eu a primeira a (re)ler este novo elemento da família ;). estou mesmo a precisar de devorar um livro, depois de jesusalém, tentei ler Soldados de Honra, Lolita e reler Os Maias, e em nehum dos três consegui ir muito além das primeiras páginas! conto com o meu príncipe do coraçao para me ajudar a ultrapassar este inconseguimento.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

são as acções que nos definem # 5


estar lá para quem precisa é o ansiolítico mais eficaz com que me posso automedicar
dizerem-me que sou um anjo também faz a sua parte ;)
sentir-me útil e agradável para com os outros é das coisas que mais bem me faz,
à alma e à autoestima

sexta-feira, 22 de maio de 2015

entre nós # 95 - più bella cosa

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua... novamente em italiano, mas desta vez protagonizada por um eros. ;)

eros ramazzoti

quinta-feira, 21 de maio de 2015

li, senti, partilho

Eu não gosto de todas as pessoas mas gosto de gostar de pessoas. E dentro de gostar de pessoas, desconfio sempre das pessoas que não contêm complexidades, que negam as contradições que têm dentro de si. São desinteressantes, ou estão apenas a esconder o jogo. E geralmente são também essas as mais perigosas, aquelas que alinham em certezas absolutas.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

caixinha de música da canca ♫ 40 - a te

jovanotti
 

continuando numa onda de italiano. neste "a te" além da letra maravilhosa, destaca-se a interpretação  brilhante do jovanotti, e não, não tem nada a ver com o blazer! :P

A te che sei l'unica al mondo
L'unica ragione
Per arrivare fino in fondo
Ad ogni mio respiro
Quando ti guardo
Dopo un giorno pieno di parole
Senza che tu mi dica niente
Tutto si fa chiaro

A te che mi hai trovato
All'angolo coi pugni chiusi
Con le mie spalle contro il muro
Pronto a difendermi
Con gli occhi bassi
Stavo in fila
Con i disillusi
Tu mi hai raccolto
Come un gatto
E mi hai portato con te

A te io canto una canzone
Perchè non ho altro
Niente di meglio da offrirti
Di tutto quello che ho
Prendi il mio tempo
E la magìa
Che con un solo salto
Ci fa volare dentro l'aria
Come bollicine

A te che sei
Semplicemente sei
Sostanza dei giorni miei
Sostanza dei giorni miei

A te che sei il mio grande amore
Ed il mio amore grande
A te che hai preso la mia vita
E ne hai fatto molto di più
A te che hai dato senso al tempo
Senza misurarlo
A te che sei il mio amore grande
Ed il mio grande amore

A te che io
Ti ho visto piangere nella mia mano
Fragile che potevo ucciderti stringendoti un pò
E poi ti ho visto
Con la forza di un aeroplano
Prendere in mano la tua vita
E trascinarla in salvo

A te che mi hai insegnato i sogni
E l'arte dell'avventura
A te che credi nel coraggio
E anche nella paura
A te che sei la meglio cosa
Che mi sia successa
A te che cambi tutti i giorni
E resti sempre la stessa

A te che sei
Semplicemente sei
Sostanza dei giorni miei
Sostanza dei sogni miei
A te che sei
Essenzialmente sei
Sostanza dei sogni miei
Sostanza dei giorni miei

A te che non ti piaci mai
E sei una meraviglia
Le forze della natura si concentrano in te
Che sei una roccia sei una pianta sei un uragano
Sei l'orizzonte che mi accoglie quando mi allontano

A te che sei l'unica amica
Che io posso avere
L'unico amore che vorrei
Se io non ti avessi con me
A te che hai reso la mia vita
Bella da morire
Che riesci a render la fatica
Un immenso piacere

A te che sei il mio grande amore
Ed il mio amore grande
A te che hai preso la mia vita
E ne hai fatto molto di più
A te che hai dato senso al tempo
Senza misurarlo
A te che sei il mio amore grande
Ed il mio grande amore

A te che sei
Semplicemente sei
Sostanza dei giorni miei
Sostanza dei sogni miei
E a te che sei
Semplicemente sei
Compagna dei giorni miei
Sostanza dei sogni

terça-feira, 19 de maio de 2015

li, senti, partilho


"Continue to love. Continue to forgive. Continue to grow."

(desconheço o autor)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

entre nós # 94 - strani amori

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua... hoje protagonizada pela senhora que, à data, representava o meu ideal de beleza. possivelmente, foi também com ela que aprendi a apreciar a língua italiana. portanto, bambini della mia generazione, espero que ouvir esta música lhes traga boas recordações. ;) 
 
laura pausini

quinta-feira, 14 de maio de 2015

caixinha de música da canca ♫ 39 - ballad of the mighty I

noel gallagher's high flying birds
 
 
come what may, i love, love, love this song

quarta-feira, 13 de maio de 2015

amor e medo, dois companheiros inseparáveis em mim

na minha tentativa de combater a maior, mais fiel e mais gordurosa companheira das mulheres, debrucei-me novamente na tarefa hercúlea de correr um km por dia. sim, leram bem, é 1 km. :P . no entanto, há um fantasma que me persegue: cães soltos, sem dono, e de tamanho considerável. é verdade que os adoro, mas não é menos verdade que, estando eles e eu sós, lhes tenho medo. como enfrentar um km de corrida já é acto heroico que chegue, fiz figurinha triste ao alterar o percurso planeado, duas vezes, por causa de um cão! ia a correr fresca que nem uma alface (arrancada e deixada ao sol) quando o avistei. inverti a marcha. espreitei por trás do ombro e avistei-o agora distância segura e a afastar-se a bom ritmo. voltei a inverter a marcha, julgando-o a milhas. quase a chegar ao ponto de retorno do meu percurso avisto-o novamente. retrocedi a correr - para longe dele. :P 

o segredo de um casamento duradouro

Do amor romântico ninguém percebe nada, apesar dos extensos tratados que já foram escritos: é indefinível e perecível, sujeito aos tormentos da natureza e das coisas humanas que são sempre estranhas.
 
...
 
- Se calhar era melhor que os casamentos a sério fossem como as coligações. Casamentos de interesse, como havia dantes. O interesse é sólido, o amor é líquido, dissolve-se. Acho que tenho que aprender com o Passos e o Portas. A partir de agora vou transformar-me numa mulher pragmática. Se me voltar a casar, só casarei por interesse!!! E se me vires a querer casar por amor, por favor impede-me!!!
 

terça-feira, 12 de maio de 2015

da minha também crónica cinófilia

num tradicional minimercado, da minha pequena vila plantada na margem do Douro:
 
irmã: está ali um cão (dentro do minimercado)!
eu (depois de espreitar e ver o cãozinho, no corredor à frente, de rabinho entre as pernas): está assustado!
irmã (ao ver-me iniciar uma tentativa de aproximação ao bicho): nem penses em levá-lo para casa.
eu: !!!!!! (ia só fazer-lhe festinhas)
 
a ideia ainda não me tinha passado pela cabeça, a minha irmã achou por bem prevenir em vez de remediar. :P

é isto, e o meu pai apelidar-me de mãe dos cães!

(algumas) mulheres e desporto: risota garantida

ela: ... praticava desporto e depois deixou, era guarda-redes de basquetebol.
eu: GUARDA-REDES DE BASQUETEBOL?! (big big LOL)

ela sofreu tanto à conta deste afundanço, mas aguentou-se, só houve uma tentativa falhada de agressão. :P gosto muito de pessoas que sabem rir de si. :)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

desconfiem de meninos alados que disparam flechas e têm uma pontaria de trampa

as flechas do cúpido não fazem ricochete em mim, alojam-se e ficam à espera de seguir caminho, desta feita usando o meu corpo como arco. cúpido seu f...finho percebo que me queiras usar porque pressentes em mim a tua tão querida psique, mas vai-te lá lixar, eu ainda estou na fase da lagarta, crisálida no máximo...

sexta-feira, 8 de maio de 2015

entre nós # 93 - because you loved me

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua... hoje: realidades que encantam!

céline dion
 

associo esta música a uma história de amor que me encantou, a da própria céline dion e rené angélil. a diferença de idades que não foi barreira, a luta que travaram para serem pais - casaram em 1994 e tiveram o primeiro filho em 2001.
a artista anda ausente, procurei informação online e descobri esta entrevista, confesso que me emocionei ao perceber o motivo, o cancro, mais uma luta travada a dois. o sr. angélil não descobriu só a voz desta mulher, encontrou sobretudo um ser humano de uma generosidade e capacidade de amar raros. cada vez me convenço mais, as mulheres são seres muito mais competentes no que ao amor, sem preconceitos e com total entrega , diz respeito.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

hoje estou num daqueles dias

não, não é TPM é mesmo o meu mau-feitio. às vezes pergunto-me como é que certas pessoas além de me aturar ainda gostam de mim! para piorar nem sequer acredito que haja um céu onde possam ser recompensados, grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr



quarta-feira, 6 de maio de 2015

resolvi cortar no açucar

 
eu já fui menina de utilizar as duas carteiras de açucar que os cafés disponibilizam - eu sei é assustador - há já algum tempo reduzi para uma, agora para meia. o meu objectivo é cortar.
difícil vai ser cortar no bolo/queques/bolos de arroz/muffins de chocolate e nos pastéis de feijão... quando me dão os estados depressivos - ácidos ou amargos -, estes meninos equilibram-me os sabores na alma.

terça-feira, 5 de maio de 2015

a primeira vez, não bastava ser anjo ainda era verde

muito apetitoso por sinal. ;)
 
primeira vez num restaurante vegetariano, Anjo Verde em Braga. provei e aprovei. comi uma tarte de legumes, acompanhada com arroz basmati e legumes :P e bebemos chá morno. e as sobremesas? o crocante de maçã e a tarte de limão merengada, que comemos, eram simplesmente divinais. não tirei fotos, mas podem espreitar aqui.

caixinha de música da canca ♫ 38 - in my veins

andrew belle
 

sábado, 2 de maio de 2015

da minha distracção crónica # 30

há aqueles seres humanos que esbarram em portas de vidro, eu não faço isso, sou muito à frente, espero calmamente, paradinha junto à porta de vidro, enquanto carrego (não tão calmamente) no botão de abertura. normalíssimo, não fosse dar-se o caso de ouvir alguém dizer "a porta está aberta".

sexta-feira, 1 de maio de 2015

entre nós # 92 - without you

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua...

without you - mariah carey

 
as vezes que eu cantei esta música não têm conta. e o que eu gostava da mariah desta altura, quando ela era e parecia uma mocinha quando ainda não tinha comprado as curvas, adorava. e este look em preto total? ao revê-lo chego à conclusão que deve ter sido uma das minhas fontes de inspiração, pois até há aproximadamente dez anos atrás a cor predominante do meu guarda-roupa era o preto. quem me vê hoje, e me conheceu depois desse período, certamente terá dificuldade em acreditar. a essa altura não imaginava eu ser possível vir a ganhar amor a tantas outras cores, a ponto de obrigar pessoas de bracinhos grandes a adquirir peças de roupa coloridas. ;)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

de como o bagaço é bom a falar de amor

"Não há pior verbo para usar num caso de Amor do que o verbo "conquistar". Quando nos apaixonamos e sentimos que somos correspondidos, temos a mania de acreditar que conquistámos alguém, mas no Amor nunca conquistamos ninguém. O melhor que nos pode acontecer é sermos conquistados.
Ser conquistado é passar a pertencer ao outro sem que o outro nos pertença a nós, porque a pertença no Amor tem sempre que ser voluntária. Impulsiva até, diria eu. E a sério que não há melhor Amor do que aquele em que ambos são conquistados, mas nenhum é conquistador.
Quem acredita que conquistou alguém, então ainda não sabe bem que Amar é um verbo bem maior, apesar de ter menos letras. Ter que conquistar é triste, mas ser conquistado é de uma felicidade extrema.
Quando estamos apaixonados, tudo o queremos é que a outra pessoa nos invada e ocupe como um exército intruso. De preferência, que se instale em nós para sempre. É aí que nos rendemos e nos declaramos conquistados. Estamos bem, foi uma guerra sem armas, e a cama é o melhor sítio para guerrear."

caixinha de música da canca ♫ 37 - nothing really ends

dEUS

terça-feira, 28 de abril de 2015

do filme que eu vi - a boa mentira


Entre 1983 e 2005, durante os terríveis anos da Guerra Civil que assolou o Sudão, estima-se que mais de dois milhões de pessoas tenham perdido a vida. Em busca de abrigo, um sem-número de famílias deixou as suas casas e seguiu em direcção a campos de refugiados. Devido à situação caótica em que viviam, perto de 27 mil crianças foram separadas dos pais, fazendo o trajecto sozinhas. Eram estes os "lost boys/girls", crianças de todas as idades que, fugindo aos perigos e, muitas vezes, acompanhadas pelos irmãos, percorriam milhares de quilómetros para alcançar os campos. Alguns anos mais tarde, um esforço humanitário levou para os EUA algumas destas crianças.
1993. Mamere e Theo são filhos do chefe de uma pequena aldeia no Sul do Sudão. Quando um ataque das milícias destrói toda a aldeia e lhes mata os pais, Theo é forçado a liderar um grupo de jovens sobreviventes e levá-los para um lugar seguro. Nesse árduo percurso, vão encontrando outras crianças em fuga. Entre elas está Jeremiah, de 13 anos, um rapaz inteligente e destemido que os ajuda a chegar com vida ao campo de refugiados de Kakuma, no Quénia. Anos mais tarde, Mamere, Theo e Jeremiah têm a oportunidade de deixar o campo e de se estabelecerem na América. Ao chegarem a Kansas City, no Missouri, são recebidos por Carrie Davis, que foi incumbida de os ajudar a retomar as suas vidas. Para ela, esta será uma oportunidade de perceber como a generosidade e o despojamento podem fazer realmente a diferença na vida de alguém.

quando me falaram do filme, e após ler a sinopse, recordo-me de ter comentado algo como "não sei se vou gostar, parece mais um filme à boa maneira americana, happy ending, a vida real não é assim!

em a boa mentira não há happy ending, não se vende o sonho americano, chega-se até, na minha opinião, a desconstrui-lo.
retratando uma das mais duras realidades de vida a que seres humanos podem estar expostos, a boa mentira mostra-nos como sob estas condições se forjam valores de enorme nobreza e se criam laços de infindável consistência. somos, assim, levados a reflectir sobre o quanto desvalorizamos o tanto que temos, e o quão fraca é a nossa capacidade de resistência perante os tão suaves contratempos que a vida nos coloca.

chamam-nos os meninos perdidos do sudão, mas nós não nos perdemos, nós encontramo-nos!
Jeremiah

retive esta fala, de um dos personagens menino perdido do sudão - interpretado por um verdadeiro refugiado sudanês-, julgo que resume a essência do filme. comparando a nossa realidade de vida com a dos refugiados do campo de concentração de kikuma, ou a de tantos outros sobreviventes de conflitos que assolam o seu lugar no mundo, percebemos o quanto faz sentido. apesar de termos o lugar onde pertencemos, a maioria parece andar perdida do que realmente importa. os valores morais, só eles podem traçar o caminho  para uma vida com sentido.
 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

entre nós # 91 - spanish guitar

anos 90, a saga das músicas meloso-romântico-pirosas continua...
 
spanish guitar - toni braxton
 
esqueço coisas importantes, em contrapartida ainda sei esta letra de cor
 ME-DO :P
 
I sit out in the crowd
And close my eyes
Dream you're mine
But you don't know
You don't even know that I am there

I wish that I was in your arms
Like that Spanish guitar
And you would play me through the night
'Till the dawn
I wish you'd hold me in your arms
Like that Spanish guitar
All night long, all night long
I'd be your song, I'd be your song

quinta-feira, 23 de abril de 2015

dia mundial do livro

ler faz ver

 
e eu que hoje não me presenteei com nenhum livrinho :(

quarta-feira, 22 de abril de 2015

coisas encantadoras # 6

 
kiwi pássaro
 
 
pera matrioska

 
banana & maça caracol

 
ananás becas

 
fruta da paixão homer simpson

 
laranja peixe

 
melancia mundi ;)
o que seria da vida sem a cor que a arte da imaginação lhe dá?
da artista espanhola Sandra Suárez aqui

segunda-feira, 20 de abril de 2015

do livro que eu li - jesusalém


é o meu segundo livro do autor e o segundo encanto. mia couto tem a capacidade de pôr em prosa poética questões muito pertinentes da existência humana. escolhi duas citações que retratam as duas realidades que mais me marcaram nesta leitura.

"Para Silvestre o passado era uma doença e as lembranças um castigo. Ele queria morar no esquecimento. Ele queria viver longe da culpa."
pág. 256
 
"Ela traía-se a si mesma com alguém que não amava.
- Por que aceitamos tanto?
- Quem?
- Nós mulheres. Por que aceitamos tanto, tudo?
- Porque temos medo.
O nosso maior medo é a solidão. Uma mulher não pode existir sozinha, sob o risco de deixar de ser mulher. Ou se converte ... numa ou noutra coisa. ... Tudo menos mulher. ... neste mundo só somos alguém se formos esposa. É o que agora sou, mesmo sendo viúva. Sou a esposa de um morto."
pág. 257
 
mia couto in jesusalém

 
a primeira revela a essência do livro. jesusalém gira à volta de uma personagem que se quis fazer renascer longe de tudo, para assim se tentar libertar de todos os seus fantasmas. mas os fantasmas vivem em nós! ao tentar perder-se do mundo que o atormentava, perdeu-se de si, encontrou a loucura. esta é apenas uma das formas de fugir do que nos atormenta, talvez a menos consciente. há tantas outras que o ser humano foi obrigado a inventar (sim, porque ninguém escolhe as características com que veio ao mundo), a crença em entidades superiores, o uso de substâncias aditivas (com ou sem prescrição médica), pôr termo à vida, infernizar a vida de outros... infelizmente, a verdade é que, a tentar fugir de nós mesmos enfrentamos o risco de nos perdemos de viver!
 
a segunda fala de uma realidade que sempre me incomodou. mulheres que não sabem existir sem homens. e não estou a falar de sexo. falo de senhoras para quem ser mulher não tem sentido sem a presença de um homem. bússolas para quem o norte é sempre o género oposto. mulheres para quem a opinião de um homem é sempre mais válida que a sua, ou de qualquer outra mulher. mulheres que se definem, e se vivem em função deles. recentemente durante uma formação pedi às formandas que se apresentassem, o objectivo do curso é dar-lhe ferramentas extra para enfrentar o mundo de trabalho, surpreendi-me portanto, quando além do nome, recebi apenas informações sobre o estado civil. interroguei-me que importância tinha tal informação e porque não indicaram por ex. o nível de escolaridade ou as profissões que já tinham exercido! realizei que, ainda há muitas mulheres a não saber ser sem a presença de um homem... infelizmente, deixei de me espantar com elementos do género feminino que se anulam para agradar a quem não lhes dá nada em troca, nem tão pouco respeito. deixei de me espantar com vítimas caladas de violência física e psicológica dos companheiros. percebi que não é uma questão de educação, extracto social ou formação académica, é algo tão inerente à natureza das mulheres - de cada vez menos, acredito - quanto o machismo o é à natureza dos homens. a existência de um não será certamente alheia à de outro.

caixinha de música da canca ♫ 36 - believe (lyrics that sing me)

mumford & sons
 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

entre nós # 90 - when a men loves a woman

os anos 90 foram fecundos em músicas meloso-romântico-pirosas, eu fui jovem moça - fecunda de sonhos - nos anos 90, não se espantem, por isso, se eu dizer que vibrava com whitney houston, michael bolton, mariah carey, celine dion, toni braxton, enrique iglesias (MEDO) e outros que agora não me ocorrem. e preparem-se vêm aí entre-nós carregadinhos de músicas que actualmente apelidamos de "para fazer bebés" - a mim fazem sentir já grávida, dada a náusea que ouvir algumas me causa. no entanto, sendo o objectivo desta rubrica partilhar músicas que marcaram a nossa vida, ides ter de levar com elas. revivei os sonhos e realidades... ;)
 
when a men loves a woman - michael bolton
 
 
juro que não vi este vídeo. a imagem do senhor a segurar a banana e o "se ela está brincando como se fosse u", assustaram-me. confesso, tive medo de melindrar os meus sonhos de adolescente :P

quinta-feira, 16 de abril de 2015

do filme que eu vi - josé e pilar



josé saramago dedicou-se de corpo e alma à escrita após os 60 anos, escreveu o último livro aos 84. depois dos 60 anos conheceu pilar del rio, a ela dedicou o que a partir de então escreveu. pilar del rio quis conhecer saramago após ler os livros que este até então publicara. passados cerca de dois anos casavam-se. talvez nada aconteça por acaso. talvez os acontecimentos das nossas vidas sejam moldados pela nossa forma de entender a realidade. pena nem todas as vidas terem o privilégio de ver a lucidez e sentir a intimidade partilhadas por josé e pilar.
 
josé e pilar mostra-nos dias na vida do casal, a forma como olham a realidade. pode parecer só um documentário cru do dia-a-dia do escritor e da mulher. mas, se conseguirmos pôr em prática as palavras do próprio saramago "se puderes olhar vê. se puderes ver repara." seremos capazes de interpretar o quão além das imagens vai a mensagem do documentário. 

na vida tudo tem o seu tempo. 
 
há um tempo de ler e um tempo de compreender. li muitos livros antes de os saber compreender. só assim sei explicar porque não me encantei ao primeiro livro - memorial do convento, aos 18 anos - com a escrita realista, na medida em que reflecte sobre a condição do ser e de ser humano, de josé saramago.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

o meu FCP ganhou, como estará o Pep?

se souberem que está precisado de apoio moral, não hesitem, digam-lhe que eu estou aqui! :P


 
 



josep guardiola

shit chat - conversas com berenice gustava # 1

eu: ...
má, má, má


bg: :D :D
qt mais me bates, mais eu gosto de ti
acho que há uma musica assim
:P

eu: n conheço, será da capicua?
mazoquista, aposto q já viste as 50 sombras tantas vezes q deste cabo do dvd!
"deste cabo" é lindo n é?
dás cabo de mim
uí se alguém me diz isso n sei o que posso fazer...
:P

bg: :D
é lindo sim

eu: um dia destes ouvi umas miúdas a utilizar a seguinte expressão: "ele anda-me sempre a galar"
MEDO
esta junventude está perdida

bg: queriamos nós ser galadas
:P

eu: isso é pq tu és da cidade e n estás bem a ver q galar
é o acto sexual das galinhas, em que o macho se coloca por cima da fémea
assim por trás

bg: ui ui

eu: 'tás a ver? ou vais perguntar ao homem da sachola?

bg: é melhor
ele é capaz de me fazer um desenho
e pelo menos as galinhas dele devem ter nome
:P

eu: LOL
sem dúvida, pq galar com indigentes é inadmissível
é coisa de roto

terça-feira, 14 de abril de 2015

caixinha de música da canca ♫ 35 - looking too closely

fink

socorro fui beijolada (e gostei), ou, por favor alguém me arranja colegas de trabalho menos malucas

fui manietada para que me pudessem beijar à força (mas, com meiguice), isto perante uma audiência de três elementos do género feminino e um masculino. é o que dá ter umas bochechas tão deliciosamente apetecíveis, ou isso, ou haver gente que confunde sumo de uva com groselha. :P

segunda-feira, 13 de abril de 2015

caixinha de música da canca ♫ 34 - fade out lines

the avener, phoebe killdeer
 
 
esta música deve vibrar no mesmo comprimento de onda que eu, não resisto à batida

partilhar é bom: blog with drama inspiration

há quem diga que eu levo as coisas demasiadamente a sério. sei que penso demasiado, ao que parece naquilo que não devia. mas será assim tão errado tentar perceber o que se passa à nossa volta? dar importância à repercussão que o nosso comportamento tem nos outros e vice-versa. penso ser lógico valorizar o que nos é importante.

tenho vindo a aperceber-me que  ando a diminuir o número de cabeças dos meus cavalos de batalha. contudo, ao escrever o post de ontem, veio-me à ideia que quem ler o blogue pode achar que eu sou uma dramma queen. não é verdade. mas, é verdade que só consigo escrever sobre situações que mexam emocionalmente comigo. drama makes me write. foi com o intuito de desabafar que criei o blogue, permitindo assim parar de bater no ceguinho (que é como quem diz: azucrinar os tímpanos de pessoas amigas). escrevo aqui o que me vai na alma (não sei porquê escrevi lama em vez de alma) e prontos fica arrumado, não falo mais no assunto (vá, tento não falar mais no assunto).

o blogue é uma espécie de catarse, por isso não se enganem, eu não sou uma drama queen, detesto o papel de vitima, e não sei nem quero aprender a pedinchar atenção por pena. o meu coração pode ser de manteiga, mas a minha carapaça é de diamante. sou, portanto, uma rapariga preciosa, e às vezes, em estando bem dispostinha (sem neura, vulgo, com os ansiolíticos em dia) até divertida e capaz de roubar sorrisos, risos, gargalhadas e outras coisas mais (só não digo quais porque outra das minhas inúmeras qualidades é a discrição). :P

domingo, 12 de abril de 2015

confiança: crença na retidão moral, no carácter e na lealdade de uma outra pessoa

ninguém é totalmente bom, nem totalmente mau. por mais que gostemos de alguém, é da natureza humana encontrar defeitos no outro. em alguns esta característica - o dom de apontar o dedo porque eu sou o dono da razão - é dominante, noutros é inexistente, noutros um meio-termo. julgo encaixar-me nos últimos, esforço-me por não valorizar o que acho menos bom, especialmente quando há algo de muito bom. o muito bom para mim chama-se lealdade.
 
perceber que aquele alguém em quem confiei plenamente, que esteve presente em muitos momentos difíceis da minha vida (dizem que é nessas alturas que se conhecem os amigos. dizem, eu costumava acreditar, começo a duvidar!) me foi desleal é deprimente. levanta o véu da descrença. como é que alguém, que nos é tão próximo (haverá proximidade maior que a confiança?), pode agir de forma tão leviana connosco?
 
para mim há uma ética das relações, algo que define a forma como me relaciono com os outros. nunca falei sobre isso com ninguém, sempre achei que era o lógico, e sempre julguei que as pessoas em quem aprendi a confiar (sim, porque a confiança vai-se construindo) seguiam os mesmos princípios. afinal estava errada.
 
não comento apesctos menos positivos da vida de ninguém a não ser com pessoas em quem confio, e quando digo confiar, quero dizer ter a certeza de que o privado partilhado assim se manterá. 
tenho uma espécie de hierarquia de confiança, definida pelo nível de similaridade entre a minha personalidade e a do outro. há aqueles com quem falo abertamente sobre tudo, porque sei que mesmo não concordando me vão ouvir tentando ver o meu lado. há aqueles com que só falo de determinados assuntos, porque sei que têm uma visão diferente da minha e  a vida não os ensinou a ver de outros ângulos. por aceitar e respeitar a sua maneira de ser aprendi existirem caminhos por onde não vale a pena ir.
ao apontar aspectos menos positivos não o faço (julgo) de uma forma negativa. faço-o argumentando sobre o porquê de achar determinado comportamento errado, tendo em conta a minha perspectiva da realidade. cada um vê com a mente que tem.

por me reger por estes princípios, pessoas que utilizam como tema de conversa, com fulanos, sicranos e beltranos,  situações de vidas alheias - melhor dizendo, interpretações levianas destas -,  das quais só tiveram conhecimento por lhes ter sido dada a partilhar da intimidade que só aos amigos se dá. pessoas assim causam-me uma enorme tristeza. só podem ser pessoas ocas de razão e vazias de sentimentos. 
 
ter confiado e defendido (de supostas calúnias) uma dessas pessoas, primeiro deixa-me profundamente desiludida. segundo leva a que me adjective de inocente, crente, burra, totózinha. terceiro, e à terceira é que é, faz-me perceber que a errada não sou eu por confiar. errado é fingir que se é amigo de alguém e trair a sua confiança. errado é ter sempre palavras amigas que são apenas frases feitas. errado é apontar o dedo ao outro para mascarar a nossa própria falta de carácter. errado é não saber aprender nada com o tempo que nos é dado para viver.