Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

domingo, 28 de dezembro de 2014

quando os livros... # 11

A Pilar, minha casa
 
Dedicatória de José Saramago in As Intermitências da Morte

sábado, 27 de dezembro de 2014

do livro que eu li - O Homem que Gostava de Cães


 
muito bom, um romance com enorme densidade histórica e ficcionada. um fio liga três personagens - vítima, verdugo e narrador. de uma forma lúcida é descrita a capacidade de um regime politico para moldar destinos. a qualidade do relato é tão boa que dei comigo dividida entre a vontade de continuar a ler e o não querer que o livro acabasse. se gostam de romances históricos leiam, é sem dúvida um dos melhores que já li. deixo a sinopse, será bem melhor que a minha opinião para vos despertar o interesse.
 
Em 2004, com a morte da mulher, Iván, um aspirante a escritor, relembra um episódio que lhe aconteceu em 1977, quando conheceu um homem enigmático que passeava pela praia acompanhado de dois galgos russos. Após vários encontros, «o homem que gostava de cães» começou a confidenciar-lhe relatos singulares sobre o assassino de Trótski, Ramón Mercader, de quem conhecia pormenores muito íntimos. Graças a essas confidências, Iván irá reconstituir a trajetória de Liev Davídovitch Bronstein, mais conhecido por Trótski, e de Ramón Mercader, e de como se tornaram em vítima e verdugo de um dos crimes mais reveladores do século XX.

Através de uma escrita poderosa sobre duas testemunhas ambíguas e convincentes, Leonardo Padura traça um retrato histórico das consequências da mentira ideológica e do seu poder destrutivo sobre a utopia mais importante do século XX.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

entre nós # 77 - out of reach

nada é para sempre, nem que o sempre seja apenas o nosso tempo de vida - a não ser talvez as minhas companheiras ansiedade e insegurança.

out of reach - gabrielle
 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

quando os livros... # 10

 
"... há uma outra forma de recordar... É a memória de um passado que se escreveu a ele próprio em nós, na nossa personalidade, e na vida em que pomos em prática essa personalidade... são essas memórias, mais do que qualquer outra coisa, que fazem de nós aquilo que somos...
É nas nossas vidas, e não nas nossas experiências conscientes, que encontramos as memórias daqueles que já partiram... A maneira mais importante de recordar os outros é ser a pessoa que fizeram de nós... Às vezes não merecem ser lembrados... Mas quando vale a pena recordá-los - ser a pessoa que eles ajudaram a criar e viver a vida que eles ajudaram a forjar, não é apenas maneira de os recordar; é a maneira de os honrar."
 
Mark Rowlands in O Filósofo e o Lobo pág. 54

quando os livros... # 9

"... os seres humanos são animais que acreditam nas histórias que contam acerca deles próprios.
... as histórias que contamos sobre nós próprios podem ser a maior fonte de discórdia entre os seres humanos. Da credulidade à hostilidade muitas vezes vai um pequeno passo."

Mark Rowlands in O Filósofo e o Lobo pág. 16

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

do livro que eu li - Marquesa de Alorna

 
Leonor de Almeida Portugal, Alcipe, Condessa de Oeynhausen, Marquesa de Alorna, a mesma pessoa em diferentes fases da vida. Senhora, sem dúvida, de um espirito privilegiado para uma mulher nascida na segunda metade do séc. XVIII. A essa época movimentou-se entre Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid, Gales e Londres.
 
Viveu numa altura conturbada da história mundial e portuguesa: o terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa sob o comando do Marquês de Pombal; o Processo dos Távoras, de quem era neta, e que a levou a 18 anos de cativeiro no Convento de Chelas; a Revolução Francesa; a ascensão e queda de Napoleão Bonaparte; as invasões de francesas em Portugal; o exílio da corte no Brasil; a revolta Liberalista; a guerra civil, que opôs os irmãos D. Pedro e D. Miguel; o nascimento da monarquia constitucional no país; e a independência do Brasil.
 
Em épocas assim revelam-se grandes talentos em diversas áreas da cultura, a Marquesa teve o privilégio de conviver com Mozart, Boacage, Goethe, Luísa Todi, Lord Byron, Alexandre Herculano e Almeida Garret, entre outros, e de ver nascer monumentos nacionais como a Estátua de D. José I no Terreiro do Paço, a Basílica da Estrela, o Real Teatro de S. Carlos e o Palácio da Pena.
 
Embora tenha vivido os anos da sua juventude enclausurada num convento não restringiu o seu espírito a este espaço. Soube aproveitar os privilégios da classe em que nasceu, não só para se mover habilmente na corte e assim obter rendimentos - sem no entanto ter conseguido equilibrar as contas das suas casas, dada a necessidade de ostentação a que se habituou. Mas também para se tornar uma pessoa culta, informada e interessada pelos destinos do mundo, do país, e da educação. Ficou para a posteridade como mulher de paixões e convicções, defensora afincada da honra da sua nobre origem - primeiro a da família Távora, e depois do seu irmão Pedro de Almeida Portugal -, e defensora da cultura, em especial das letras, e da importância da alfabetização na educação das mulheres.
 
Esta é a ideia que criei da Marquesa de Alorna após ler o livro. Gostei mas tendo em conta a época em que esta personagem viveu esperava uma narrativa mais densa, um relato romanceado mais intenso.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

entre nós # 76 - easy

esta música faz-me lembrar aquelas pessoas que têm um feitio fácil, tão fácil como as segundas-feiras de manhã - seguindo esta ordem de pensamento, haveria certamente gente mal intencionada quem a associe a mim-, recorda-me um "que mau feitio tens", com sabor a trás-os-montes. :)

easy - faith no more



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

animais do mais lindo que há - lobo

apetecia-me dizer umas quantas asneiras, distribuir umas quantas chapadas! porque insiste o ser humano em complicar o que poderia ser simples, porque perde tempo com mesquinhices quando o poderia aproveitar a ser e fazer os outros felizes? "quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais". adoro lobos, além de lindos têm um sentido de família excepcional, tal como eu são famílio-dependentes. :)


 
"os lobos têm um sentido de lealdade e fidelidade exemplares no mundo animal. não só é hábito formarem casais para toda a vida, como a sua ligação com irmãos e irmãs dentro da alcateia é tão forte como as relações entre os casais, criando assim toda uma relação familiar forte e duradoura."

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

são as acções que nos definem #4


sou como a suiça!

fechada, avulsa a ajuntamentos e tendencialmente neutra! :P
 
o ser humano é complicado. embora enquanto espécie sejamos todos iguais, enquanto indivíduos somos todos substancialmente diferentes. nem melhores, nem piores, diferentes e compatíveis ou incompatíveis. mas, todos sem excepção, com características positivas e negativas na personalidade.
 
sou uma pessoa reservada. tenho poucos amigos, a esses adoro-os, e faço tudo o que está ao meu alcance para os ver bem. tenho pessoas de quem não aprecio a maneira de ser, a esses ignoro-os, mas se um dia precisassem da minha ajuda dificilmente lha negaria. tenho também colegas, alguns com quem até criei uma certa empatia, outros com quem falo fruto de determinadas circunstâncias.
 
por pensar e por ser assim dou comigo a ser amiga e boa colega de pessoas que não se dão. oiço os dois lados e compreendo os dois lados. algumas vezes parece-me que as pessoas criaram atritos desnecessariamente e não consigo tomar partido. vejo virtudes em ambos os lados, e se a desavença é entre eles não acho que tenha de tomar partido. não estou a ser falsa, estou só a ver a situação de fora. inevitavelmente há um lado que se afasta de mim, inevitavelmente isso deixa-me triste. gosto verdadeiramente de ambos e gostar de uma pessoa não tem de ser impeditivo de gostar de outra. ter noção de características, a nosso ver, menos boas de alguém não é impeditivo de gostarmos verdadeiramente dessa pessoa. se assim fosse, o ser humano teria de viver isolado, está por nascer quem não aponte criticas mesmo àqueles que mais ama.
 
ou estarei errada?

happy, happy, happy :)

acabo de organizar, com cúmplice, surpresa para o aniversário de uma amiga.
ih ih ih, gosto tanto disto ;)
fazer feliz as pessoas de quem gostamos é das melhores coisas da vida.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

este cheiro não me larga, perfume de pobre é uma praga! :P

aqui na parvónia, não sei se devido à humidade, se devido à facilidade de conseguir álcool étilico, começaram a brotar lojas de venda de perfumes low cost, ou lá como é que se chama a coisa.
 
eu esquecida da minha hipersensibilidade olfactiva, semelhante à de Jean-Baptiste Grenouille sem instintos assassínos, tive a infeliz ideia de me  deslocar a um desses antros de perversão olfactiva e experimentar duas das pseudo-imitações! só vos digo uma coisa, duas, vá, três:
 
- apesar de apenas ter posto perfume do tester parece que mergulhei o meu casaco naqueles mega boiões com cheiro super-hiper-mega-étilico-enjoativo, nada nadinha parecido com o original;
- tenho uma dor de cabeça que não posso;
- só não tiro o casaco porque tenho medo de constipar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

entre nós # 75 - alone

Loneliness and the feeling of being unwanted is the most terrible poverty.
Mother Teresa
 
uma das músicas minhas músicas preferidas, triste, mas cheia de sentir e sentido. todas as solidões são dolorosas, embora algumas possam ter factores "amenizantes". uma solidão que me ocupa por muitas vezes a mente, nesta época de frio e de família, é a solidão dos sem abrigo, sem o aconchego de um lar físico e humano. à noite quando vou com o meu cão à rua é impossível não pensar que são seres humanos a quem foi dada pior sorte que um cão. não é justo é cruel demais. :(
 
 alone - RAMP
 
 
I, feel the time, slowly drifting in my veins
Memories, remains
Confined, I'm alive, somewhere by the autumn leaves
Falling in between

'Cause no one's there to hold my head up high
No one's there to peace my mind

Alone, lies my soul, I'm so cold, I'm afraid
To find hollow life
Sleepless night, empty days

Opaque fading eyes stumble in my face
Through the crowd I forsake
Demised I'm aside weaked by the lonely haze
Of no point, no aim

'Cause no one's there to hold my head up high
No one's there, no one's there (no one's there...)

Alone, I'm afraid
To find hollow life
Sleepless nights, empty days
Alone

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

socorro - pessoas que me tiram do sério take V, VI e VII

homens que desrespeitam as companheiras;
 
que me tiram do sério ao quadrado:
mulheres que se desrespeitam inventando bodes expiatórios para justificar as acções desrespeitosas dos companheiros;
 
que me tiram do sério ao cubo:
 
mulheres que desrespeitam outras mulheres sugerindo às companheiras desrespeitadas que peçam desculpa ao companheiro que as desrespeitou.

se eu fosse...

um objecto, seria um livro
um número, seria o nove
uma direcção, seria norte
uma palavra, seria gentil
uma fruta, seria maçã
um animal, seria elefante
uma flor, seria silvestre
um mês, seria março
um dia da semana, seria segunda-feira
uma hora do dia, seria o entardecer
um clima, seria frio
uma árvore, seria embondeiro
um líquido, seria água
um sabor, seria agridoce
uma música, seria fado
um elemento, seria terra
uma parte do corpo, seria sorriso
um sentimento, seria confiança
um lugar, seria cume da montanha
um móvel, seria sofá com chaise longue
um som, seria agudo
uma cor, seria branco
uma pedra preciosa, seria difícil de lapidar
uma forma, seria disforme

retirei de um blogue, já não me lembro qual, guardei em rascunho e hoje resolvi partilhar.

sábado, 6 de dezembro de 2014

da minha distracção crónica # 26

sair de casa sem cartão de débito e uns míseros 35€ na carteira!
 
tendo em conta a época especialmente consumista que estamos a viver, suponho ter sido o universo a enviar-me uma mensagem subliminar! ;)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

entre nós # 74 - wishlist

i wish...

wishlist - pearl jam

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

por esta é que eu não esperava!

dar comigo a pensar:

- poça, segunda-feira é feriado! e eu com tanto trabalho para fazer (antes de ir de férias).

e não, não estava ser irónica.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

caixinha de música da canca ♫ 26 - a paz não te cai bem

clã
 
 
a paz faz toda a diferença, cai bem a todos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

entre nós # 73 - slipping through my fingers

a música que a mummy suri me deu a conhecer 
  
 
 slipping through my fingers - abba



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

da minha também crónica ansiedade

sou demasiadamente exigente comigo e demasiadamente tolerante com os outros.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

comprometimento de imunidade # 95412344654895515

algumas pessoas são como os microrganismos resistentes, não sabem viver sem ser patogénicos. mal percebem que temos o antibiótico tratam logo de se adaptar.

entre nós # 72 - save me

acreditar que podemos ajudar a fazer a diferença é, por vezes, o pior erro que podemos cometer. ilusões acabam com desilusões. ainda assim, para crentes idiopáticos no poder de querer bem, esta letra não deixa de ser encantadora.
 
save me - hanson


Loving you like I never have before
I'm needing you just to open up the door
If begging you might somehow turn the tides
Then tell me to I've got to get this off my mind

I never thought I'd be speaking these words
I never thought I'd need to say
Another day alone is more than I can take

Won't you save me, 'cause saving is what I need
I just want to be by your side
Won't you save me, I don't want to be
Just drifting through the sea of life

Listen please, don't walk out the door
I'm on my knees, you're all I'm living for

I never thought I'd be speaking these words
Heaven thought I'd find a way
Another day alone is more than I can take

Won't you save me, 'cause saving is what I need
I just want to be by your side
Won't you save me, I don't want to be
Just drifting through the sea of life

Suddenly the sky is falling
Could it be it's too late for me
If I never said I'm sorry, then I'm wrong, I'm wrong

Then I hear my spirit calling
Wondering if she's longing for me
And then I know that I can't live without her

Won't you save me, 'cause saving is what I need
I just want to be by your side
Won't you save me, I don't want to be
Just drifting through the sea of life

Won't you save me
Won't you save me
Won't you save me

terça-feira, 18 de novembro de 2014

quando os livros... #10

"Não sou inconsequente, nem falsa, nem hipócrita... Apesar dos milhares de defeitos que te afligem, apesar do triste modo como me explico, ama-me se a minha ternura te é agradável. Se não amarmos os nossos amigos com os seus defeitos, ou nutrimos as nossas almas de uma metafísica absurda, ou os perdemos!"
 
M.ª João Lopo de Carvalho in Marquesa de Alorna, pág. 499

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

caixinha de música da canca ♫ 25 - take me to church

hozier
 
 
música de intervenção. vejam o vídeo e acompanhem a letra.
 
No Masters or Kings
 When the Ritual begins
There is no sweeter innocence than our gentle sin
In the madness and soil of that sad earthly scene
Only then I am Human
Only then I am Clean

 Amen. Amen. Amen. Amen.

 Take me to church
I'll worship like a dog at the shrine of your lies
I'll tell you my sins and you can sharpen your knife
Offer me that deathless death
Good God, let me give you my life

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

it smells like a smile

o olfacto é um sentido mágico, os cheiros gravados na memória trazem-nos à presença quem não está
 
 

entre nós # 71 - kissing you

a música que me acompanhou esta semana.
do filme romeu e julieta, cujos protagonistas despertavam em mim sentimentos bem distintos, adorava a clare danes - marcou a minha adolescência com a série "my so-called life" -,  detestava o leonardo dicaprio - dono aquele ar de mocinho-loirinho-mosca-morta-songa-monga.
quem chorou, ou sentiu um aperto na garganta ao ver esta cena?
i did.
quem é que, ainda hoje, sente um aperto no peito quando a senhora des'ree começa a cantar?
i do.
kissing you - des'ree



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

a prova que eu endoidei de vez, ou viver é saber deixar-se levar pela música

entro num local público onde toca esta música, mesmo sendo a primeira vez que a oiço, o meu corpo entra logo no ritmo... a história já se repetiu e até já me apanho a cantar "tu p'ra mim és a única que me seduz"! sim seduz, porque o meu inconsciente rejeitou o original- satisfaz! :P

única mulher - anselmo ralph

se acredito ponho em prática # 22


terça-feira, 11 de novembro de 2014

da variabilidade humana, e da minha invariável estupidez

anda uma pessoa a esforçar-se por ver os encantos da variabilidade humana, e comete invariavelmente o mesmo erro... acreditar que todo o ser humano tem um lado bom.

pela estrada da vida

na condução, como na vida, não gosto de empatar ninguém, facilito sempre manobras correctas que tenham em vista ultrapassar-me.

tento fazer tudo para que sigam em frente sem mim, não posso é mudar a minha forma de conduzir! nem a dos outros!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

socorro - seres humanos que me tiram do sério take IV

os do género masculino que acham que as mulheres precisam de homens para serem senhoras, isto porque, como se sabe, estas são desprovidas de competência para qualquer outra actividade além da doméstica, na vertical e na horizontal!
palhaços é o que são, uns pierrôs! tristes, tristes, tristes!

amigos do mais parvo que há

lembrem-se de nunca lhes dizer que têm um blog... a não ser que eles gostem de ser insultados!

será que hoje é sábado e ninguém me avisou?

a esta hora os meus colegas reais e virtuais ainda estão todos offline!

entre nós # 70 - big big world

na semana em que cheguei aos 33 apeteceu-me partilhar uma música suave, delicada e com sabor a meiguice. assim muuuuuuuito parecida comigo :P

I'm a big big girl
in a big big world
It's not a big big thing if you leave me
but I do do feel that
I do do will miss you much
miss you much...

i'm a big big girl, cheguei à idade em que as saudades começam a pesar mais e mais, saudades do que perdi e saudades do que nunca tive... porque a delicadeza das meninas grandes também vem do muito que tiveram de se fazer fortes...

emilia - big big world

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

"Lembro-me de todos sermos embalados pelo afecto. O abraço, o caminhar de mão dada com o meu pai e a minha mãe, os irmãos juntos. O tacto era uma dimensão natural da vida. Não havia a fronteira que a cultura e a idade nos dão."

José Tolentino Mendonça in Visão (Outubro 2014)

terça-feira, 4 de novembro de 2014

socorro - seres humanos que me tiram do sério take III

aquelas senhoras cuja efusividade ao parabenizar-nos inclui esborrachar os peitos em nós! SO-CO-RRO

caixinha de música da canca ♫ 24 - budapest

george ezra
 

há 4 anos estava em roma 
hoje sonho com budapeste
praga
istambul
 amesterdão
berlim
...

o livro que eu li - O Grande Gatsby


crítica social ao período pós I guerra mundial, a ascensão dos valores económicos em detrimento dos valores morais, mantem-se actual.

esperava mais de "um dos grandes romances do séc. XX", a trama e elenco de personagens pareceram-me pobres.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

socorro - seres humanos que me tiram do sério take II

já há enfeites de natal em espaços públicos!

a popota acordou do seu período de estivação!

gente estamos a 3 de Novembro SO-CO-RRO

seres humanos que me tiram do sério

aqueles que logo pela manhã, em vez de estarem meio sonolentos como os comuns mortais, falam à velocidade da luz, desbobinam, desbobinam, e não param de desbobinar! ficavam tão lindos de mordaça!

domingo, 2 de novembro de 2014

o livro que eu li - O Erro de Descartes


ouvi falar deste livro numa das primeiras fases da minha vida em que achei a emoção estar a ter um peso maior que a razão. sabia-o, mas nada conseguia fazer, precisava descobrir o segredo que levaria o meu cérebro ao comando, pensei ter encontrado o caminho! era jovem... sabia tão pouco do ser humano e da vida! não o comprei na altura, mas manteve-se na minha wishlist, acabei por o comprar (certamente, em alguma promoção imperdível) há cerca de dois anos. este verão finalmente li-o.

como podem calcular é um livro científico, que em momento algum se propõe dar-nos ferramentas milagrosas para controlar a emoção e deixar a razão dominar,  por assim ser desculpo-me antecipadamente pela opinião redutora que vou partilhar, é apenas e só a de uma leiga em neurociência.

António Damásio demonstra através do estudo do nosso elemento mais complexo - o cérebro - que emoção e razão não existem isoladamente, mas sim como parte de um todo, o nosso eu. o nosso cérebro não toma decisões per si, precisa da referência de um corpo para "sentir" o mundo e de um meio social para "construir" referências de actuação. para melhor compreendermos o livro o autor define os seguintes conceitos: 

razão- capacidade de pensar e fazer inferências de um modo ordenado e lógico.

racionalidade- qualidade do pensamento e do comportamento que resulta da adaptação da razão a um contexto pessoal e social.

emoção - conjunto de alterações que ocorrem quer no corpo quer no cérebro e que normalmente é provocado por um determinado conteúdo mental.

sentimento - percepção das alterações associadas às emoções.

embora seja daquelas pessoas que tem a enorme tendência para considerar a emoção como algo de irracional, processado sabe-se lá em que parte de nós, foi impossível ao longo da leitura não ter a sensação que a teoria sustentada por Damásio é perfeitamente lógica e até da ordem do (meu) senso comum! exemplifica bem essa noção o trecho abaixo, o qual aborda um assunto que muitas vezes me ocupa a mente, e que parece ser invisível a muitos. seremos nós os responsáveis pelas nossas acções, ou o que somos é em grande medida definido pelas nossa carga genética? e se assim é até que ponto somos os reais responsáveis pelas nossas acções consideradas anormais?

A diferença entra as doenças do "cérebro" e "da mente", entre problemas "neurológicos" e "psicológicos" ou "psiquiátricos" é, infelizmente, uma herança cultural que ainda hoje marca a nossa sociedade e a medicina. Reflecte uma grande ignorância básica no que toca ao cérebro e à mente. As doenças cerebrais são encaradas como tragédias que atingem pessoas que não têm qualquer culpa pelo seu triste estado, enquanto as doenças mentais, sobretudo as que afectam a conduta e as emoções, são vistas como inconveniências sociais de que os próprios doentes são culpados. Os doentes são assim culpados pelas suas falhas de carácter, ou pelo deficiente controlo emocional. (pág. 72)

emoção e razão que conclusão? impossível, por enquanto, definir o que nos faz pensar e sentir de determinada forma, o segredo está quase certamente escondido no muito que há por saber sobre o nosso cérebro. sabemos no entanto que este só "pensa" em função das mensagens que o "sentir" do corpo lhe transmite, quando inserido em determinado ambiente.

do primeiro fim-de-semana frio de Outono

terminar de ler um livro sábado à noite sentada à lareira.

iniciar a leitura de outro livro, no domingo dia 2 de Novembro, cuja trama começa no dia 1 de Novembro.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

entre nós # 69 - rosa (do teu jeito de ser)

o nosso nome, um companheiro para a vida. relações serenas e relações tumultuosas. a nossa relação já foi pouco amistosa, hoje em dia é da maior cumplicidade possível, o meu nome é a minha cara, não é rosa é a cereja no topo do meu doce jeito de ser. :P

classificados - rosa (do teu jeito de ser)


Tens um nome delicado 
Não se pode escrever 
É preciso entrar em ti, para te poder conhecer 
Não é nome que se diga 
Não é nome de mulher 
É da cor do teu vestido 
É do teu... jeito de ser

Gostam da música? Que relação têm com o vosso nome?

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

da minha distracção crónica # 25

há tempos precisei de um medicamento e não tinha receita, pedi venda suspensa para poder fazer o desconto mais tarde. hoje dirijo-me à farmácia coloco a receita em cima do balcão e de talão de venda suspensa em punho digo:

- este medicamento já levei.
- mas não foi aqui que comprou!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

de como eu lido mal com elogios em igual medida em que lido bem com homens inteligentes

apanho o cabelo no cocuruto, e oiço:
- fica-te bem assim o cabelo.
- obrigadaaa.
- (percebendo o meu tom irónico) ok, fica-te mal, estás mais feliz assim?
- assim gosto mais.

caixinha de música da canca ♫ 23 - say you love me

jessie ware
 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

se acredito ponho em prática # 21


será assim tão difícil de perceber?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

mind the gap

um dia percebes que o que não julgavas possível se repete.
 
eu tenho um problema de saúde que me faz ser fisicamente diferente. embora me digam que não é notório, visto nunca o ter partilhado com cegos, acho sempre que o fazem por simpatia.
 
nunca me achei fisicamente atraente, julgo nunca o ter desejado. desejei ter um rosto bonito, mas um bonito não de atraente, de querido, amoroso, que transmitisse afabilidade. tenho o meu nem encantador, nem assustador.
 
até à idade adulta, quando percebi que a beleza exterior pouco importava no conceito que faço de alguém, logo na atracção que a pessoa pode ou não exercer em mim, tinha a "síndrome do patinho feio".
 
perguntava-me (e pergunto) sempre o porquê de alguém (do género masculino) se encantar comigo. assumi que fosse pela maneira de ser, o meu jeito simples, a minha disponibilidade e sinceridade em ser amiga, o meu sentido de humor.
 
continuo a achar que esses são os meus encantos, contudo, aos trintas percebo que afinal não é nada disso! um déjà vu! realizo que a história se repete, não é de mim pessoa que gostam, é do meu corpo de mulher!
 
não lido bem com isso. não vou dizer que não gosto de me sentir desejada, mas não é de todo por isso que quero atrair alguém. eu não sou uma coisa, sou uma pessoa, as pessoas são para ser apreciadas pelo que são enquanto ser e não enquanto corpo.
 
andei este tempo todo a julgar-me escudada, afinal ser feia (por fora) era uma vantagem, só trazia a nós quem gostava verdadeiramente, para agora perceber que estive sempre de peito desprotegido.
 
quando se perde um escudo, ainda que imaginário, sentimo-nos tão, mas tão vulneráveis que pomos tudo em causa...

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

de como é fácil julgar baseado em aparências

diz-me uma pessoa com quem trabalho muito esporadicamente:

- canca, aposto que é a pessoa mais feliz do seu local de trabalho, diga lá.
- não faço ideia, nunca vivi a vida dos meus colegas.
- mas está satisfeita com a sua vida, não está?
- prefiro não falar sobre isso.

talvez devesse ficar feliz por transmitir uma imagem tão positiva, no entanto fico triste com o tamanho da superficialidade das pessoas. não percebo como se podem emitir juízos de valor sobre outrem sem saber nada da vida dele!

entre nós # 68 - you get what you give

porque esta semana dei por mim a cantarolar "don't give up, you've got the dreamers disease" e pus-me a pensar: o que seria de nós sem sonhos?

you get what you give - new radicals


But when the night is falling 
and you cannot find the light 
If you feel your dream is dying 
Hold tight 

You've got the music in you 
Don't let go 
You've got the music in you

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

humor de dragão

caracteriza o meu estado até há minutos, tal era a minha neura, só me faltou deitar fogo pelas bentas

nunca percebi o uso da expressão humor de cão para caracterizar o mau humor, parece-me uma completa contradição. os cães são animais tão dóceis, afáveis e fáceis de fazer felizes.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

quando os livros... #9

Quando te sentires com vontade de criticar alguém, lembra-te disto: nem todos tiveram neste mundo as vantagens que tu tiveste.

F. Scott Fitzgerald in O Grande Gatsby, pág. 5

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

caixinha de música da canca ♫ 22 - from you

blind zero
 

"...
from me you keep running but it’s from you I hide

We told each other to run and gather dreams
..."

a little madness always made big memories


"No one looks back in their lives and remembers the nights they got plenty of sleep."
 
há pessoas que nos despertam, nos fazem viver com intensidade, e quando partem nos deixam memórias gravadas ao calor do ferro dos momentos felizes, e essas vivem e ajudam a viver enquanto formos ser... 
 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

entre nós # 67 - ouvi dizer

ouvi dizer dos ornatos violeta é a escolha desta semana. 

e pudesse eu pagar de outra forma...
 
ornatos violeta
 


E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.

Em todo o lado essa palavra

Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

como levar alguém a curvar-se perante nós, ou mais um post pseudo-fashion

os botins de borracha parecem ser uma tendência deste Outono/Inverno (certamente o s. pedro tem participação nos lucros), eu tive a sorte de me cruzar com estas beldades e não lhe resisti. :)


quem possa pensar que estes meninos cheiram a plástico está redondamente enganado. cheiram bem, muito bem, um aroma semelhante a baunilha. ao conduzir sinto-lhe o cheiro, ao tirar as meias sinto-lhe o cheiro. hoje ao fim da tarde enquanto trocava de roupa a minha sobrinha entra no meu quarto, ela que tem um olfacto apuradíssimo, e tivemos o seguinte diálogo:

- cheira aqui bem!

- é dos meus sapatos

- ?! (ela com um ar interrogativo)

- cheira-os.

- cheiram muuuito bem.

tenho a dizer que ela não foi a primeira, graças a estes meninos, tenho convencido alguns seres humanos a curvarem-se perante mim, para me cheirarem os pés!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A Lili desafia a Canca responde :)

1. Diz dois objectivos que tenhas a curto prazo.
Ajudar uma pessoa a sentir-se melhor. (em curso)
Conhecer melhor uma cidade onde já vivi. :P (em curso)

2. Qual a música da tua vida?
Difícil, eu gosto tanto de música, de tantas músicas. Uma que me vem sempre à ideia por ter sido parte fundamental de um momento muito especial é Lady in Red de Chris de Burgh.

I've never seen you looking so lovely as you did tonight,
I've never seen you shine so bright,
I've never seen so many men ask you if you wanted to dance,
They're looking for a little romance, given half a chance,
And I have never seen that dress you're wearing,
Or the highlights in your hair that catch your eyes,
I have been blind;

The lady in red is dancing with me, cheek to cheek,
There's nobody here, it's just you and me,
It's where I want to be,
But I hardly know this beauty by my side,
I'll never forget the way you look tonight;

I've never seen you looking so gorgeous as you did tonight,
I've never seen you shine so bright, you were amazing,

I've never seen so many people want to be there by your side,
And when you turned to me and smiled, it took my breath away,
And I have never had such a feeling,
Such a feeling of complete and utter love, as I do tonight;

The lady in red is dancing with me, cheek to cheek,
There's nobody here, it's just you and me,
It's where I want to be,
But I hardly know this beauty by my side,
I'll never forget the way you look tonight;

I never will forget the way you look tonight.
The lady in red, the lady in red,
The lady in red, my lady in red,

I love you

3. Já conheceste alguém da blogosfera? Repetirias?
Sim. Sim.

4. Qual o animal que mais gostas e porquê?
Cães amo, adoro cães. :) Já por aqui disse que se tivesses recursos criaria um abrigo e daria lar a todos os abandonados. Estão sempre lá independentemente de sermos alegres ou tristes, bonitos ou feios, amam-nos incondicionalmente. Nem sempre é bom para eles, há  muito cão a sofrer na mãos de seres humanos insensíveis. :(

5. Se pudesses voltar atrás no tempo a saberes o que sabes hoje, farias tudo igual? Desenvolve.
Se as minhas acções pudessem ter evitado perder vidas que tanto amo, sim, em qualquer outra situação não. Tenho a certeza de ter feito sempre o que na altura me pareceu mais correcto, cometi erros, alguns que hoje me podem parecer básicos. Ninguém nasce ensinado, erros são oportunidades de aprendizagem. Que tipo de ser humano seria se tivesse vivido sempre em tons de rosa? Mais feliz talvez, mas desconfio que também mais insensível e egoísta.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

ó p'ra mim tão fashione :P

gosto de uns trapinhos (uns sapatinhos e uns acessóriozinhos também, mas em menor escala) :P é das poucas características de gaja que me assiste. tenho muitos, demais na minha opinião. salvam-me a carteira um gosto algo conservador, a qualidade do produto ser factor essencial na decisão de compra, e já ter tido mais paciência para visitar os antros de perdição feminina onde estes artigos se vendem.
 
nos saldos de verão comprei uma saia navy stripes, acho-a linda, mas o meu gosto conservador não a conseguia conjugar com nada. passeando em blogues e no pinterest percebi que o contraste com cores fortes, como vermelho ou amarelo, resultava muito bem. o problemita era não ter o calçado. sabrinas vermelhas ando  há dois anos à procura e não encontro nada que me encha as medidas (sou um bocadito esquisitinha e tenho um pé 34/35). amarelo sempre me pareceu demasiado vistoso para usar nos pés, pareceu até ao dia que esbarrei nas fofurinhas abaixo.
 
achei piada ao look, resolvi partilhar sobretudo porque só foi possível graças à ajuda das novas tecnologias e das partilhas de meninas realmente fashion. :)



(e também porque queria fazer isto :P)
 
blusa: W52 (old)
casaco: mo (saldos SS 2014)
saia: springfield (saldos SS 2014)
cinto: feira local (old)
sabrinas: seaside (ultíssimos saldos SS 2014)

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

mais duas formas infalíveis de ser boa pessoa

SER AMIGO DOS ANIMAIS, ainda que não estejamos dispostos a pôr as nossas mãos delicadas sobre esses seres de aspecto duvidoso, e gastar um cêntimo para os tratar ou alimentar isso é de loucos, caso nos venham chatear até lhe dá-mos um pontapé, eles que vão morrer longe, mas eu sou muito amigo dos animais, AMO, ADORO os animais, eles nem raciocinam, nem falam, como eu amo os animais...
 
ESCREVER UM LIVRO PARA CRIANÇAS, as crianças esses seres tão adoráveis como os animais, com mentes tão pouco desenvolvidas é sempre bom que gente com nível lhes passe ensinamentos nobres, como amar os animais por ex., sim porque a maioria não teve o privilégio de nascer fruto de pais tão sublimes como nós. ADORO crianças, especialmente se os papás resolverem comprar o meu livro sem eu ter que levar com esses seres primários...
 
como é gente? estão a sentir-se mal? também eu, afinal de contas livros para crianças nunca escrevi, limito-me a comprar, e animais só me dói o coração por não poder dar amor, tratamentos de saúde e alimentação a todos os vadios que encontro, sou mesmo um ser humano miserável...
 
lembrei-me agora, será que já há no olx livros para crianças sem autor? era só inserir o meu nome nesse campo! sempre me redimia um bocadito...

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

das encantadoras férias 2014


por terras da Marinha Grande, S. Pedro de Moel, Caldas da Rainha, Óbidos e Bombarral
 
 
"de aquele q não admira
já nada de bom se tira
pois quem não sabe admirar
não sabe amar"
Affonso Lopes Vieira
Museu da Cerâmica - Caldas da Rainha

caixinha de música da canca ♫ 21 - valsa das paixões

marco rodrigues
 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

entre nós # 66 - viagens/eu não sei quem te perdeu

talvez se lembrem desta canção, eu não me lembrava. ao ouvi-la esta semana dei por mim a pensar "como é possível não lembrar esta belíssima música do meu tão adorado pedro abrunhosa". chegada ao título percebi a razão, lembrei-me que em 1994 ano de lançamento do primeiro álbum deste senhor, viagens, eu ao contrário de todos os meus amigos não me encantei com o cantautor. passados dez anos muito mudou, talvez se lembrem desta canção, talvez tenha marcado a vossa viagem para não mais esquecer... 

viagens


Já vai alta a noite, vejo o negro do céu
Deitado na areia, o teu corpo e o meu
Viajo com as mãos por entre as montanhas e os rios
E sinto nos meus lábios os teus doces e frios

E voas sobre o mar, com as asas que eu te dou
E dizes-me a cantar: "é assim que eu sou"
Olhar para ti e ver o que eu vejo
Olhar-te nos olhos com olhares de desejo
Olhar para ti e ver o que eu vejo
Olhar-te nos olhos com olhares de desejo
Eu não tenho nada mais pra te dar
Esta vida são dois dias
E um é para acordar
Das histórias de encantar
Das histórias de encantar

Viagens que se perdem no tempo
Viagens sem princípio nem fim
Beijos entregues ao vento
E amor em mares de cetim
Gestos que riscam o ar
E olhares que trazem solidão
Pedras e praias e o céu a bailar
E os corpos que fogem do chão

E voas sobre o mar, com as asas que eu te dou
E dizes-me a cantar: "é assim que eu sou"
Olhar para ti e ver o que eu vejo
Olhar-te nos olhos com olhares de desejo
Olhar para ti e ver o que eu vejo
Olhar-te nos olhos com olhares de desejo
Eu não tenho nada mais pra te dar
Esta vida são dois dias
E um é para acordar
Das histórias de encantar
Das histórias de encantar


deste senhor lembro: eu não sei quem te perdeu


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

"jornalismo" cor-de-rosa-tétrico

o conceito de revista cor-de-rosa causa-me uma certa estranheza, que interesse há em espiolhar as vidas alheias? quero lá saber se esta tem celulite, aquela trocou de namorado, ou a outra aumentou o tamanho do peito! a vida de cada um diz respeito a ele mesmo e a quem com ele a partilha.

nem todas as vidas são invadidas, há gente que gosta de se expor, ser famoso nem que seja por razões tão desinteressantes como as atrás referidas. verdade, sei-o apesar de também não perceber!

desta relação de parasitismo com uns e simbiose com outros florescem uma série de revistas no nosso cantinho.

apercebi-me recentemente de uma tendência seguida por este género de publicações, algo que me revolta as entranhas, a cobertura de velórios e enterros! com que direito se invade a privacidade de alguém em momento de tamanha dor? quem são os monstrinhos que se querem fazer aparecer à custa da perda de um ente querido/vida humana?
 
sejam quais forem as motivações de tais artigos parecem-me inaceitáveis, imorais, o espelho da degradação da nossa sociedade.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

entre nós # 65 - the reason

a música que me traz à lembrança Bragança, a cidade que te tem tatuada, a ti Mãe. a mudança para lá fez-me encontrar com um amor até aí invisível, aos meus olhos, o teu. lá, sozinha a muitos quilómetros de distância, senti a dor de te perder. lá vi-me como antes não me conhecia. lá percebi que, entre sorrisos ou lágrimas, o meu caminho é o de encontro aos meus, eles são a minha razão, a minha força.

hoobastank

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

caixinha de música da canca ♫ 20 - just a habit

low roar
 

a Islândia a chamar por mim. :)

rentrée oficial

acabou a época dos pés destapados, dos guarda-chuva fechados e dos limpa pára-brisas parados. a nossa amada chuva voltou hoje em força, nem me deu tempo de sentir saudades!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

do livro que eu li - o outro pé da sereia



A saudade é uma tatuagem na alma: só nos livramos dela perdendo um pedaço de nós.
pág. 262

o primeiro livro que li de Mia Couto, parti sem grandes expectativas, cheguei ao final maravilhada. a escrita é poética, cheia de imagens e evocações, faz sorrir, reflectir e acabar com vontade de começar de novo.

dois tempos que se cruzam, tempos que partilharam o mesmo espaço. um espaço no qual se forjaram muitos mundos. vidas que se cruzam, se perdem, se encontram, se reencontram, se reinventam. Moçambique. todo o presente tem passado e marca o futuro.

por mais que tente escrever sinto faltarem-me as palavras para descrever a beleza, sentir e sentido(s) deste livro.

o outro pé da sereia entrou para a lista dos livros que me encantaram, e que um dia vou querer reler, reabsorver, reinterpretar...

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

partilhar é bom...

De sorriso no rosto aceito o desafio da minha querida ABT. :)*
Quem por aqui passar e tiver vontade de partilhar um pouco de si sinta-se à vontade para levar consigo este coração.


 
1. Como surgiu a ideia de ter um blog? E o nome?
Da necessidade de falar sobre mim e sobre uma situação em particular. A pessoa a quem queria dizer as minhas verdades fugiu de as ouvir, e sentia que os desabafos com os amigos já se estavam a tornar um massacre. Como lia alguns blogues achei que escrever seria uma boa maneira de lamber as feridas sem ser chata. O nome surgiu sem a menor dúvida, "Partilhar é bom" palavras do meu pequeno príncipe, dizem o muito que ele me ensinou a ver e ser.

2. O que fazes profissionalmente ou área de estudos?
Trabalho na área de Saúde Pública.

3. Como te definirias?
Aponto-me sempre mais defeitos que qualidades, preguiçosa e desinteressante à cabeça. A virtude maior penso ser a capacidade de me pôr no lugar dos outros, tentar não julgar, gostar de ver o lado positivo das pessoas. Talvez a característica que molda mais a minha personalidade seja uma que me traz sentimentos contraditórios, o não ser rancorosa. Às vezes faz-me sentir bem como pessoa, outras, totó. :P Julgo que algumas das pessoas que criaram fortes resistências à minha pessoa (maneira rosa de dizer que me tramaram) foi por acharem que as minhas atitudes eram forçadas e não de coração. Não é verdade, mas cada um vê com os olhos que tem!

4. O que farias se ganhasses o euromilhões? (que grande cliché :p)
Ajudava a minha família e amigos em tudo que necessitassem, no que o dinheiro pode ajudar!

5. O que adoras/não suportas que te façam/digam?
Adoro aquela sensação de perceber que confiam plenamente em mim. Não suporto que pessoas consideradas próximas (têm por obrigação conhecer-me) me mintam ou não confiem em mim.

6. O que mais gostas de fazer?
Contribuir para a felicidade da minha sobrinha. Conhecer lugares com encantos naturais ou históricos.

 7. Não vives sem...?
A minha família.

8. Um objectivo que já tenhas alcançado e do qual te orgulhas?
Ir trabalhar e morar sozinha a 200 Km de casa, não pelo facto em si, mas pelo orgulho que vi espelhado no rosto da minha mãe. Na minha família fui a primeira mulher a ter uma vida tão independente. :P

 9. Objectivo/sonho por alcançar?
Se é para sonhar... ser mãe.

10. Como te imaginas daqui a 10 anos?
Não penso nisso.

11. Um segredinho?
Acabo de mover influências para me ser gentilmente cedida uma cadela beagle. Já tenho quatro cães, três de médio porte, não sei como vão reagir em casa...

1. O que mudou, da criança que foste para o adulto em que te tornaste?
Foi-se a inocência e a extroversão.

2. Quem gostarias de ter conhecido mais cedo na tua vida?
Não mudava nada, para não mudar tudo! Houve várias pessoas que me marcaram, nem todas por aspectos positivos, mas todas contribuíram para o meu crescimento como ser humano. Se alterasse a altura em que as conheci, nem eu nem elas seriamos os mesmos, logo o nosso relacionamento, possivelmente, teria contornos diferentes dos que teve.

3. Descreve um dia perfeito, actualmente.
Não tenho dias perfeitos, há momentos. O abraço da minha sobrinha, depois de ter vindo a correr para mim enquanto chama o meu nome, é um deles. :)

4. Que coisa (uma coisa) precisas fazer para melhorar a tua vida?
Gostar mais de mim, ser mais autoconfiante.

5. Qual foi o presente mais especial que recebeste nos últimos 5 anos?
Sorrisos genuínos de pessoas que de alguma forma eu pude ajudar.

6. Qual foi a última vez que fizeste alguma coisa sem pedir nada em troca?
Sou incapaz de agir em contrapartida de, se faço é por ter vontade.
 
7. Se pudesses reviver um dia da tua vida (sem lhe alterar coisa alguma), qual seria?
Qualquer um em que tivesse feito o meu pequeno príncipe feliz.
 
8. Quê ou quem te drena energia actualmente?
Todos que me fazem sorrir genuínamente, livros, plantas, as férias. :P 
 
9. Quando foi a última vez que convenceste a ti mesmo a não fazer uma coisa que, no fundo, querias fazer?
Há alguns meses atrás. Esta é uma característica minha, o conflito do que tenho vontade de fazer com o que julgo ser correcto fazer.

10. (Ainda na sequência da pergunta 9.) Que coisa foi essa?
Evitar estar com uma pessoa, sendo que para o fazer privava-me simultâneamente de estar com outras pessoas.
 
11. Qual foi o ponto alto do teu dia, hoje?
Ter de descer uma rampa (cerca 40 metros, com inclinação acentuadíssima) usando umas sandálias com tacões de 10 cm! Só foi possível graças à preciosa ajuda de um cavalheiro. Descida a rampa comer um figo do paraíso, daqueles que me fazem lembrar a minha querida avô D. (escrito no dia 05/09/2014)
Hoje mesmo: Conseguir olhar no rosto da pessoa que me fez vir parar aqui, e sentir que estou de mente limpa, sem râncores, sem mágoas, como dizia Sartre:
"Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram."

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

entre nós # 64 - cinzento e amarelo hino

uma música que marca uma fase da nossa vida. o hino do curso, neste caso o hino é da escola, comum a vários cursos. esta é daquelas que me baila na cabeça e na voz assim que vejo cinzento e amarelo juntos. só consigo partilhar a letra, ainda pensei fazer uma gravação, mas a bem da vossa sanidade auditiva achei melhor ficar quietinha. :P

Cinzento e Amarelo
são as cores da qualidade
eu bem olho mas não vejo
melhores cores nesta cidade!

Os TS's da saúde
todos têm muita competência
gente com muita virtude
na saúde e também na doença!

Sempre que um TS sonha
o mundo pula e avança
É como uma seringa
no cuzinho da criança!

Os TS's da saúde
todos têm muita competência
gente com muita virtude
na saúde e também na doença!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

da minha distracção crónica # 24

ligo a ficha da televisão e depois espanto-me quando reparo que a bateria do pc está a descarregar em lugar de carregar! desta ainda fui a tempo, não seria a primeira vez que só reparo ter ligado a ficha errada quando o pc se desliga!

se acredito ponho em prática # 20

 
"Pessoas são como livros, precisam ser lidas. Não pare na capa, há muita riqueza escondida em capas não atraentes."

nos livros não importam as capas pouco cativantes, sem beleza ou envelhecidas, não importam  as páginas amareladas, dobradas, enrugadas. importam os caracteres impressos, as palavras, as frases, os parágrafos, os capítulos, importam as partes sem as quais o todo não existiria. o encanto do livro reside também na capacidade de se deixar reinterpretar a cada leitura, dedicando-lhe o merecido tempo e atenção descobrimos a essência escondida atrás da sinopse e dos comentários de outros leitores.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

férias, cada um sabe das suas...

férias são para descansar, para ir à praia ou à neve, para visitar a família e a terra natal, cada um associa às férias o que a vida lhe possibilita e mais lhe apraz. para mim férias férias são para passear, conhecer lugares novos, visitar monumentos naturais e edificados pelo homem, parar pouco, calcorrear muito, voltar carregada de lembranças e saudades, dos meus e da minha caminha! por assim não ter sido, há três dias  vim de férias e já só penso em ir de férias!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

entre nós # 63 - over my shoulder

dos meus tempos de teenager

mike & the mechanics




segunda-feira, 25 de agosto de 2014

do livro que eu li - O Sino da Islândia


estando de férias achei por bem viajar até à Islândia. fiquei a conhecer um período da história deste país - finais séc. XVII - ínicio séc. XVIII -, a essa época uma colónia Dinamarquesa, um dos lugares mais miseráveis para viver, onde a população de tão pobre que era acreditava ser isso que merecia. apesar de dominados sente-se, no entanto, uma enorme força neste povo, proveniente do seu misticismo, e da importância que davam aos antigos escritos das sagas dos seus antepassados. o romance é baseado em factos e personagens reais. desta viajem a uma Islândia de outros tempos resultou o fortalecimento das vontade de conhecer o país de hoje.

sábado, 23 de agosto de 2014

dos livros que eu li - Steve Jobs & Diário de Inverno



dois homens de mundos diferentes, ciências e letras, dois livros, um ponto de contacto na minha apreciação. a parca importância dada à descendência, como se esta cedesse lugar à obra!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

entre nós # 62 - eu sei que vou te amar

a aprender a aceitar e respeitar a beleza das diferenças. abrir a mente, julgar menos, apreciar mais. o individual, o colectivo. há horizontes que não podemos vislumbrar se nos mantivermos prisioneiros das nossas fronteiras.

tom jobim 


(piano)



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

dos livros que eu li - Os Demónios de Berlim & Operação Valquíria

a segunda guerra mundial é dos temas que mais me fascina, foi o espelho dos piores sentimentos do ser humano, e dos horrores que em seu nome se podem perpetrar. nunca tive dúvida de quem foras as vítimas, judeus e outras minorias étnicas (por diferentes razões), e os carrascos, os alemães (os japoneses, perdoem-me a expressão, amenizaram a sua culpa em hiroshima e nagasaki). por esse motivo partilhava de alguns estereótipos menos positivos em relação a este povo. no entanto, e muito fruto da crise económica que assolou a inventada união europeia, comecei a encará-los com outros olhos, também eles foram uma vítima deste conflito, também eles viram o seu país, as suas vidas arrasadas. passados 69 anos mostram-nos a força de que são feitos, sendo uma das economias mais consistentes da europa, renascendo dos destroços. portugal parece calcorrear o caminho inverso.

os demónios de berlim thriller policial, para mim foi um spot publicitário, mostra a berlim destroçada, e deixa vontade de conhecer a berlim renascida. reavivou a vontade de aprender alemão, eu que por nenhuma razão em especial sempre adorei esta língua.

na sequência desta leitura, acabei também operação valquíria (há anos abandonado na estante, na minha opinião pessoal o livro não está bem conseguido), um relato histórico de um dos atentados contra a vida de adolf hitler, o que esteve mais próximo de ter consequênciais. a ter sucesso sucesso a realidade do mundo que hoje vivemos seria seguramente diferente.