Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

entre nós # 82 - just another day

o entre nós de hoje teve dono garantido até à tarde de ontem, até me começar a soar na cabeça uma música e alguns recortes da letra. depois de uma googlada descubro que se tratava de "just another day" de jon secada - é pá! já nem me lembrava do secada, tinha um ar um bocadito duvidoso... nem isso me dessintonizou - fiz download e ouvi-a em modo repeat, cerca de uma hora. estava decidido era ela a eleita.
 
antes de fazer o post fui ver o vídeoclip. bem, é impagável, não pude deixar de sorrir, até dei asas ao meu pseudo-humor... imagino que quando foi lançado tenha sido considerado podre de sensual, não me lembro de o ver à data, agora parece-me só podre.
então foram obrigar a moça a empoleirar-se num rochedo junto ao mar, coberta só com um lençol de criança, no meio de um vendaval? foi muita sorte não terem levado com nenhum inspector equivalente aos da nossa ACT!
e o jon todo depenadinho, qual franguinho pronto a assar? e as calças rotas ripped jeans? ainda bem que não acompanhou com os stilettos caso contrário ter-se-ia enterrado todo... na areia, claro está! e a camisa de pontas mais compridas à frente? há-de ter um nome super fashion em inglês tipo assimetricshirt! com um visual tão actual, não há como não lhe reconhecer visão fashion!
secada? secada só de nome, que ele molhou-se todinho, deve ter apanhado cá uma gripe - espero sinceramente que não tenha recorrido a nenhuma urgência entupida, como actualmente são as portuguesas, era pneumonia na certa! e aqueles tremores? aquilo é tudo frio? não haverá ali sintomatologia de abstinência de substâncias químicas? não me digam que passou pela cabeça de alguém que poderiam ser interpretados como sensualidade?!
ele bem se esforçou, foram molhas de mar, molhas de chuva, "ai, ai, ai" vezes sem conta, mas foi tudo em vão! vai-se a ver no fim a marota da moçoila andava às compras! mulheres... é por esta e por outras que pedra é um substantivo do género feminino.
 
dou eu vazão ao meu humor e o blogger quer boicotar-me, não deixa carregar o vídeo, fiquem com link, vale a pena ver - just another day - jon secada. enquanto vocês vêem eu vou ouvir - só ouvir - a música mais quinhentas mil vezes.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

sem cartografia


não vale, perdeste-te do caminho de me encontrar, tudo é montanha.
talvez não contasses com o acidentado do terreno.
talvez tenhas sonhado um mar sereno.
talvez ofuscado pelos raios de sol, que cintilavam no espelho de água do teu oásis imaginado, tenhas antevisto um precipício.
não vale fechar os olhos aos despojos das marés passadas,
não vale fugir das feridas da erosão,
tudo é montanha não vale.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

do filme que eu vi - a casa do lago

 

a mummy Suri sugeriu que visse o filme, ao ver o trailer relembrei o motivo porque talvez nunca o tenha visto, argumento demasiado inverosímil para a minha enorme necessidade de realidade, mas sendo o pedido de quem era não conseguiria negar. 

apesar do meu pouco bem-querer a estes filmes ao estilo conto de fadas - já sabemos como vai acabar, e pior sabemos que a vida real é algo muito diferente - dei por mim presa ao filme. o argumento apesar de irreal está bem conseguido, consegue prender e surpreender - mulheres, pelo menos - e até a lagrimita me conseguiu arrancar (bem quero ser dura, mas a minha essência é mole, molinha).
 
não é o tipo de filme que desperta o meu interesse, no entanto penso ter conseguido perceber a ideia subjacente - há coisas na vida que não controlamos, elas não acontecem como e quando queremos, acontecem quando têm de acontecer. isto é o que a minha natureza doce pensa, no entanto a descrente não se cansa de me lembrar, a verdade também é que, não acontecem a toda a gente...
 
eu sou assim Suri...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

entre nós # 81 - that's what friends are for

uma das letras mais bonitas e verdadeiras de sempre, e um obrigada aos que me dão o privilégio de me considerarem como amiga.
 
And I never thought I'd feel this way
And as far as I'm concerned
I'm glad I got the chance to say
That I do believe, I love you

And if I should ever go away
Well, then close your eyes and try
To feel the way we do today
And then if you can remember

Keep smiling, keep shining
Knowing you can always count on me, for sure
That's what friends are for
For good times and bad times
I'll be on your side forever more
That's what friends are for

Well, you came in loving me
And now there's so much more I see
And so by the way
I thank you

Oh and then for the times when we're apart
Well, then close your eyes and know
The words are coming from my heart
And then if you can remembre

 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

super canquinha uma heroína muito fraquinha

hoje dormi bem, uma das primeiras noites em que tal aconteceu desde a época pré Natal (já por aqui contei que é das alturas mais dolorosas do ano para mim), e acordei bem-disposta;
 
hoje, à minha boa maneira de distraída crónica, deixei ficar o almoço em casa (haverá alguma relação de proporcionalidade inversa entre o aumento do bem-estar e a diminuição dos níveis de atenção?);
 
hoje almocei uma sande de atum sem ovo, fiquei desconsolada. nesta condição resolvi fazer algo que não fazia há meses;
 
hoje bebi um café, ainda ponderei um pingado, mas não resisti e tomei café, comprido mas café (que saudades do cheiro, do sabor, soube-me tão, mas tão maravilhosamente bem);
 
hoje após beber o café avisei quem estava comigo, tinha bebido café, era possível que até paredes subisse (vítima da ansiedade, como também já aqui contei que sou, o café altera o meu sistema nervoso);
 
hoje nem sequer tentei subir paredes, hoje, não sei se por efeito do café, lancei mãos a uma tarefa bem mais difícil. hoje quis que duas pessoas de quem sou amiga e que não se entendem o fizessem;
 
hoje (re)lembrei, algo que a vida já me ensinou, mas às vezes, muitas, eu esqueço. as pessoas não têm de ser todas  amigas (por muito que nós gostássemos que assim fosse) e não há nada de errado nisso. gostar ou não é uma questão de afinidade entre personalidades, já aqui o tinha escrito, e nós gostarmos de duas pessoas não tem de significar que elas também tenham de se gostar entre si;
 
hoje percebi novamente que não sou tão descrente no ser humano quanto afirmo. a minha candidez dificilmente me vai abandonar, por muito que a vida pareça esforçar-se para tal, ela é a minha maior virtude, ela é o meu maior defeito... tenho dias, sou só um entre biliões de seres humanos.
 
super canquinha é o apelido com que, num dia que não hoje, a minha sobrinha, a minha doce T, me brindou. é tão mais fácil ser heroína no mundo das crianças.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

do livro que eu li (ainda em 2014) - As Intermitências da Morte

 
Saramago revela toda a sua genialidade nesta obra, uma reflexão profunda sobre a condição de ser humano. uma sátira, a ridicularização do ser que pensa saber e poder controlar quase tudo. que perde o seu tempo com um inevitável e incontrolável gigantesco quase, perdendo-se assim também do caminho que pode dar algum valor à sua existência, o Amor.
 
(obrigada Lili)

cândida na tua voz

 
volto a ser o que nem sei se algum dia fui

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

entre nós # 80 - iris

porque sem alguém que veja para além do que conseguimos mostrar a nossa vida terá sempre um vazio... 

iris - goo goo dolls
 
 
And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

amigo

cada amigo novo que ganhamos aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não pelo que nos dá, mas pelo quanto descobrimos de nós mesmos.
 
ser amigo não é coisa de um dia, são gestos, palavras e sentimentos que se solidificam no tempo e não se apagam jamais.

amigo revela, desvenda, conforta. é porta sempre aberta em qualquer situação.

amigo é sol ao meio dia, estrela na escuridão.

amigo é bússola e rota no oceano, porto seguro da tripulação.

desconhecido

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

outra coisinha mai linda - por este quase perco a cabeça

é lindo e tudo menos fofinho! opel adam roks love it



gala fifa ballon d'or - coisinha mai linda

desenganem-se se pensam que estou a falar de cristiano ronaldo ou até da própia da bolinha de ouro, nada disso, a coisinha mai linda da gala foi o apresentador, aquele mocinho que dá pelo nome de thierry henry. hmmmmmmmmmmmmmmmm








sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

entre nós # 79 - laços

porque nos últimos tempos os laços me têm dado nós no coração e nós à cabeça!
porque este é o primeiro "entre nós" a solo e não esqueço que este desafio nasceu de laços com três meninas adoráveis.

laços - toranja

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

crónica de uma noite mal dormida

já enfardei um éclair e um queque de chocolate, segue-se uma cevadinha e um pastel de feijão...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

dejá vu, ou como os nós mais seguros são os laços

tenho para mim que a característica que mais complica a vida ao ser humano é a capacidade de se expressar através da linguagem verbal, associada à falta de capacidade de se pôr no lugar do outro. criam-se atritos totalmente desnecessários, deve ser esse o preço a pagar por sermos seres tão evoluídos, toda a moeda tem um reverso! eu pessoa com tão débil capacidade de expressão verbal, mas de raciocínio ponderado e enorme vontade de perceber o outro, começo o ano como acabei, no meio de fogo cruzado! embora, na minha opinião, um dos lados se tenha portado menos bem não vejo razão para quebrar laços!

!

Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.
 
Madre Teresa

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

caixinha de música da canca ♫ 27 - you don't know what you're doing to me

joe cocker
 

2014 and so it was

senti pela primeira vez o envelhecimento físico, eu a mocinha com a eterna cara de adolescente, aquela a quem perguntavam sempre se os bilhetes eram com desconto para jovem, foi pela primeira vez brindada com um "você não tem menos de 23 anos". olhei-me no espelho e vi que estou a mudar. eu que sempre achei estranho as mulheres lidarem tão mal com o envelhecimento, comecei a ter um vislumbre do que sentem.
 
aumentei a minha descrença e se há palavra que sempre me caracterizou foi esta - começou em criança, educada como católica cristã, nunca senti nenhuma afinidade com a religião, assim que me foi dada a possibilidade de escolher afastei-me. perdi a fé em algo bem mais importante que um deus de "atitudes" incongruentes, deixei de crer nas pessoas. percebi que somos só mais uma espécie a habitar a terra, a lutar pela sobrevivência, não há livre arbítrio, não há escolhas, há a natureza, criou-nos e comanda-nos, simples e tão complexo. uns nascem para serem felizes, outros para sofrer, uns para fazer bem, outros mal, mas nada disto é escolha, está "escrito" nas nossas características genéticas e nas oportunidades que o tempo e o espaço nos oferecem, mas também esses não são escolha. passei a olhar para as pessoas com outros olhos, a esforçar-me por não as julgar tanto, porque afinal cada um é como é. não vou dizer que passei a gostar de toda a gente, impossível, passei só a não dar mais importância a características que eu considero negativas e a ter como máxima a ideia que ninguém é totalmente bom, nem totalmente mau. se há dias em que não suporto determinada pessoa porque considero os seus comportamentos mesquinhos, também os há em que me encanta com a forma como é capazes de ajudar os outros, ou até simplesmente de me fazer rir. acredito que o que acabo de escrever não faça grande sentido e assim sendo espelha como muitas vezes me senti…

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

entre nós # 78 - somewhere only we know

uma música que me faz bem, sinto-me envolvida por uma onda de simplicidade e carinho, talvez por ser parte da banda sonora de um filme do ursinho pooh que o meu pequeno príncipe tanto adorava.

somewhere only we know - keane