Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

domingo, 28 de dezembro de 2014

quando os livros... # 11

A Pilar, minha casa
 
Dedicatória de José Saramago in As Intermitências da Morte

sábado, 27 de dezembro de 2014

do livro que eu li - O Homem que Gostava de Cães


 
muito bom, um romance com enorme densidade histórica e ficcionada. um fio liga três personagens - vítima, verdugo e narrador. de uma forma lúcida é descrita a capacidade de um regime politico para moldar destinos. a qualidade do relato é tão boa que dei comigo dividida entre a vontade de continuar a ler e o não querer que o livro acabasse. se gostam de romances históricos leiam, é sem dúvida um dos melhores que já li. deixo a sinopse, será bem melhor que a minha opinião para vos despertar o interesse.
 
Em 2004, com a morte da mulher, Iván, um aspirante a escritor, relembra um episódio que lhe aconteceu em 1977, quando conheceu um homem enigmático que passeava pela praia acompanhado de dois galgos russos. Após vários encontros, «o homem que gostava de cães» começou a confidenciar-lhe relatos singulares sobre o assassino de Trótski, Ramón Mercader, de quem conhecia pormenores muito íntimos. Graças a essas confidências, Iván irá reconstituir a trajetória de Liev Davídovitch Bronstein, mais conhecido por Trótski, e de Ramón Mercader, e de como se tornaram em vítima e verdugo de um dos crimes mais reveladores do século XX.

Através de uma escrita poderosa sobre duas testemunhas ambíguas e convincentes, Leonardo Padura traça um retrato histórico das consequências da mentira ideológica e do seu poder destrutivo sobre a utopia mais importante do século XX.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

entre nós # 77 - out of reach

nada é para sempre, nem que o sempre seja apenas o nosso tempo de vida - a não ser talvez as minhas companheiras ansiedade e insegurança.

out of reach - gabrielle
 

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

quando os livros... # 10

 
"... há uma outra forma de recordar... É a memória de um passado que se escreveu a ele próprio em nós, na nossa personalidade, e na vida em que pomos em prática essa personalidade... são essas memórias, mais do que qualquer outra coisa, que fazem de nós aquilo que somos...
É nas nossas vidas, e não nas nossas experiências conscientes, que encontramos as memórias daqueles que já partiram... A maneira mais importante de recordar os outros é ser a pessoa que fizeram de nós... Às vezes não merecem ser lembrados... Mas quando vale a pena recordá-los - ser a pessoa que eles ajudaram a criar e viver a vida que eles ajudaram a forjar, não é apenas maneira de os recordar; é a maneira de os honrar."
 
Mark Rowlands in O Filósofo e o Lobo pág. 54

quando os livros... # 9

"... os seres humanos são animais que acreditam nas histórias que contam acerca deles próprios.
... as histórias que contamos sobre nós próprios podem ser a maior fonte de discórdia entre os seres humanos. Da credulidade à hostilidade muitas vezes vai um pequeno passo."

Mark Rowlands in O Filósofo e o Lobo pág. 16

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

do livro que eu li - Marquesa de Alorna

 
Leonor de Almeida Portugal, Alcipe, Condessa de Oeynhausen, Marquesa de Alorna, a mesma pessoa em diferentes fases da vida. Senhora, sem dúvida, de um espirito privilegiado para uma mulher nascida na segunda metade do séc. XVIII. A essa época movimentou-se entre Lisboa, Porto, Paris, Viena, Avinhão, Marselha, Madrid, Gales e Londres.
 
Viveu numa altura conturbada da história mundial e portuguesa: o terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa sob o comando do Marquês de Pombal; o Processo dos Távoras, de quem era neta, e que a levou a 18 anos de cativeiro no Convento de Chelas; a Revolução Francesa; a ascensão e queda de Napoleão Bonaparte; as invasões de francesas em Portugal; o exílio da corte no Brasil; a revolta Liberalista; a guerra civil, que opôs os irmãos D. Pedro e D. Miguel; o nascimento da monarquia constitucional no país; e a independência do Brasil.
 
Em épocas assim revelam-se grandes talentos em diversas áreas da cultura, a Marquesa teve o privilégio de conviver com Mozart, Boacage, Goethe, Luísa Todi, Lord Byron, Alexandre Herculano e Almeida Garret, entre outros, e de ver nascer monumentos nacionais como a Estátua de D. José I no Terreiro do Paço, a Basílica da Estrela, o Real Teatro de S. Carlos e o Palácio da Pena.
 
Embora tenha vivido os anos da sua juventude enclausurada num convento não restringiu o seu espírito a este espaço. Soube aproveitar os privilégios da classe em que nasceu, não só para se mover habilmente na corte e assim obter rendimentos - sem no entanto ter conseguido equilibrar as contas das suas casas, dada a necessidade de ostentação a que se habituou. Mas também para se tornar uma pessoa culta, informada e interessada pelos destinos do mundo, do país, e da educação. Ficou para a posteridade como mulher de paixões e convicções, defensora afincada da honra da sua nobre origem - primeiro a da família Távora, e depois do seu irmão Pedro de Almeida Portugal -, e defensora da cultura, em especial das letras, e da importância da alfabetização na educação das mulheres.
 
Esta é a ideia que criei da Marquesa de Alorna após ler o livro. Gostei mas tendo em conta a época em que esta personagem viveu esperava uma narrativa mais densa, um relato romanceado mais intenso.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

entre nós # 76 - easy

esta música faz-me lembrar aquelas pessoas que têm um feitio fácil, tão fácil como as segundas-feiras de manhã - seguindo esta ordem de pensamento, haveria certamente gente mal intencionada quem a associe a mim-, recorda-me um "que mau feitio tens", com sabor a trás-os-montes. :)

easy - faith no more



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

animais do mais lindo que há - lobo

apetecia-me dizer umas quantas asneiras, distribuir umas quantas chapadas! porque insiste o ser humano em complicar o que poderia ser simples, porque perde tempo com mesquinhices quando o poderia aproveitar a ser e fazer os outros felizes? "quanto mais conheço as pessoas mais gosto dos animais". adoro lobos, além de lindos têm um sentido de família excepcional, tal como eu são famílio-dependentes. :)


 
"os lobos têm um sentido de lealdade e fidelidade exemplares no mundo animal. não só é hábito formarem casais para toda a vida, como a sua ligação com irmãos e irmãs dentro da alcateia é tão forte como as relações entre os casais, criando assim toda uma relação familiar forte e duradoura."

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

são as acções que nos definem #4


sou como a suiça!

fechada, avulsa a ajuntamentos e tendencialmente neutra! :P
 
o ser humano é complicado. embora enquanto espécie sejamos todos iguais, enquanto indivíduos somos todos substancialmente diferentes. nem melhores, nem piores, diferentes e compatíveis ou incompatíveis. mas, todos sem excepção, com características positivas e negativas na personalidade.
 
sou uma pessoa reservada. tenho poucos amigos, a esses adoro-os, e faço tudo o que está ao meu alcance para os ver bem. tenho pessoas de quem não aprecio a maneira de ser, a esses ignoro-os, mas se um dia precisassem da minha ajuda dificilmente lha negaria. tenho também colegas, alguns com quem até criei uma certa empatia, outros com quem falo fruto de determinadas circunstâncias.
 
por pensar e por ser assim dou comigo a ser amiga e boa colega de pessoas que não se dão. oiço os dois lados e compreendo os dois lados. algumas vezes parece-me que as pessoas criaram atritos desnecessariamente e não consigo tomar partido. vejo virtudes em ambos os lados, e se a desavença é entre eles não acho que tenha de tomar partido. não estou a ser falsa, estou só a ver a situação de fora. inevitavelmente há um lado que se afasta de mim, inevitavelmente isso deixa-me triste. gosto verdadeiramente de ambos e gostar de uma pessoa não tem de ser impeditivo de gostar de outra. ter noção de características, a nosso ver, menos boas de alguém não é impeditivo de gostarmos verdadeiramente dessa pessoa. se assim fosse, o ser humano teria de viver isolado, está por nascer quem não aponte criticas mesmo àqueles que mais ama.
 
ou estarei errada?

happy, happy, happy :)

acabo de organizar, com cúmplice, surpresa para o aniversário de uma amiga.
ih ih ih, gosto tanto disto ;)
fazer feliz as pessoas de quem gostamos é das melhores coisas da vida.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

este cheiro não me larga, perfume de pobre é uma praga! :P

aqui na parvónia, não sei se devido à humidade, se devido à facilidade de conseguir álcool étilico, começaram a brotar lojas de venda de perfumes low cost, ou lá como é que se chama a coisa.
 
eu esquecida da minha hipersensibilidade olfactiva, semelhante à de Jean-Baptiste Grenouille sem instintos assassínos, tive a infeliz ideia de me  deslocar a um desses antros de perversão olfactiva e experimentar duas das pseudo-imitações! só vos digo uma coisa, duas, vá, três:
 
- apesar de apenas ter posto perfume do tester parece que mergulhei o meu casaco naqueles mega boiões com cheiro super-hiper-mega-étilico-enjoativo, nada nadinha parecido com o original;
- tenho uma dor de cabeça que não posso;
- só não tiro o casaco porque tenho medo de constipar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

entre nós # 75 - alone

Loneliness and the feeling of being unwanted is the most terrible poverty.
Mother Teresa
 
uma das músicas minhas músicas preferidas, triste, mas cheia de sentir e sentido. todas as solidões são dolorosas, embora algumas possam ter factores "amenizantes". uma solidão que me ocupa por muitas vezes a mente, nesta época de frio e de família, é a solidão dos sem abrigo, sem o aconchego de um lar físico e humano. à noite quando vou com o meu cão à rua é impossível não pensar que são seres humanos a quem foi dada pior sorte que um cão. não é justo é cruel demais. :(
 
 alone - RAMP
 
 
I, feel the time, slowly drifting in my veins
Memories, remains
Confined, I'm alive, somewhere by the autumn leaves
Falling in between

'Cause no one's there to hold my head up high
No one's there to peace my mind

Alone, lies my soul, I'm so cold, I'm afraid
To find hollow life
Sleepless night, empty days

Opaque fading eyes stumble in my face
Through the crowd I forsake
Demised I'm aside weaked by the lonely haze
Of no point, no aim

'Cause no one's there to hold my head up high
No one's there, no one's there (no one's there...)

Alone, I'm afraid
To find hollow life
Sleepless nights, empty days
Alone

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

socorro - pessoas que me tiram do sério take V, VI e VII

homens que desrespeitam as companheiras;
 
que me tiram do sério ao quadrado:
mulheres que se desrespeitam inventando bodes expiatórios para justificar as acções desrespeitosas dos companheiros;
 
que me tiram do sério ao cubo:
 
mulheres que desrespeitam outras mulheres sugerindo às companheiras desrespeitadas que peçam desculpa ao companheiro que as desrespeitou.

se eu fosse...

um objecto, seria um livro
um número, seria o nove
uma direcção, seria norte
uma palavra, seria gentil
uma fruta, seria maçã
um animal, seria elefante
uma flor, seria silvestre
um mês, seria março
um dia da semana, seria segunda-feira
uma hora do dia, seria o entardecer
um clima, seria frio
uma árvore, seria embondeiro
um líquido, seria água
um sabor, seria agridoce
uma música, seria fado
um elemento, seria terra
uma parte do corpo, seria sorriso
um sentimento, seria confiança
um lugar, seria cume da montanha
um móvel, seria sofá com chaise longue
um som, seria agudo
uma cor, seria branco
uma pedra preciosa, seria difícil de lapidar
uma forma, seria disforme

retirei de um blogue, já não me lembro qual, guardei em rascunho e hoje resolvi partilhar.

sábado, 6 de dezembro de 2014

da minha distracção crónica # 26

sair de casa sem cartão de débito e uns míseros 35€ na carteira!
 
tendo em conta a época especialmente consumista que estamos a viver, suponho ter sido o universo a enviar-me uma mensagem subliminar! ;)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

entre nós # 74 - wishlist

i wish...

wishlist - pearl jam

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

por esta é que eu não esperava!

dar comigo a pensar:

- poça, segunda-feira é feriado! e eu com tanto trabalho para fazer (antes de ir de férias).

e não, não estava ser irónica.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

caixinha de música da canca ♫ 26 - a paz não te cai bem

clã
 
 
a paz faz toda a diferença, cai bem a todos.