Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sexta-feira, 30 de maio de 2014

entre nós # 50 - chuva

chuva - mariza


traz "lembranças que doem", cada palavra, cada verso, contam a história da minha maior saudade, o meu pequeno príncipe. ouvi-la é agridoce, dói, mas não aviva só a saudade, aviva também lembranças de um tempo que muito fez sorrir. querer lembrar é a melhor forma de manter vivo quem não queremos esquecer.

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

quinta-feira, 29 de maio de 2014

a magia da fotografia

 parei o carro no STOP e fotografei
partilho
 
 
(foto tirada com o telemóvel)

terça-feira, 27 de maio de 2014

da gaja fashion que (muito esporádicamente) há em mim

era uma vez uma gaja, muito pouco fashion, dizia que não gostava de dourados, muitos menos de bijutaria bistosa, deu-lhe um mudasti e comprou estes dois colares:

este perdi-me de amores mal o vi!

este ainda fiquei renitente, mas não lhe resisti!

que vos parece?

segunda-feira, 26 de maio de 2014

falem-me de férias e o meu cérebro viaja para a Islândia

 
querem vir?
sonhar ainda não paga impostos.
:)

quando os olhos (parece que) falam


dizem o que não querem calar? seremos nós a fantasiar?

domingo, 25 de maio de 2014

bloggywog award


a Maria e o Ted M, com a gentileza que lhes és característica, presentearam-me, obrigada. fui parar aos vossos blogues, e fiquei porque a sinceridade, a autenticidade, a vontade de se conhecerem, de se mostrarem como são e de evoluírem me cativaram. não posso deixar de dizer que me identifiquei muito com a vossa insegurança, e que sinto que por trás do medo de não serem suficientemente bons, se escondem pessoas maravilhosas, e aqueles que conseguem vê-lo são uns sortudos porque ganham pessoas de valor nas suas vidas. partilho este texto, com um carinho especial para vocês, não deixem de ser fiéis ao que são.

Se formos o que é suposto sermos – com toda a autenticidade e radicalidade que isso implica – vamos necessariamente chocar com outras pessoas. Vamos ser diferentes do que elas gostariam que fôssemos. Vamos ter visões diferentes do mundo e vamos fazer escolhas diferentes.
 

acabadinho de ler - A Ilha das Trevas

 
"Dizem que o tempo sara todas as feridas. Talvez seja verdade. Mas há feridas que parecem não sarar. Sangram, vertem pus, voltam a sangrar, surpreendem-nos a magoar a alma quando esta já deveria estar habituada e imune a tanta dor. É certo que, às vezes, essas feridas acalmam, como as marés que recolhem a água e recuam para o mar alto; mas, tal como as marés, regressam depois, revigoradas, pujantes, invadindo de novo a praia e fazendo sentir o fulgor da sua presença, o ímpeto do seu regresso."

José Rodrigues dos Santos in A Ilha das Trevas

Um relato romanceado da história de Timor Leste desde o período pré-ocupação Indonésia, até à independência. O nascimento deste país fez-se de muito sofrimento, muitas perdas, muito desrespeito pelo ser humano, nenhum conflito, desta natureza, se trava sem a destruição de vidas.
 
O massacre no cemitério de Santa Cruz, e o referendo que resultou na independência deste povo, eram os acontecimentos mais presentes na minha memória, pelo que, mais uma vez a escrita de JRS me cativou pela transmissão de conhecimento.
 
Outra característica que me cativa neste autor é a capacidade de alertar consciências. Transcrevi o parágrafo inicial, ao longo do livro persegui-lhe o sentido, quando o percebi veio-me à ideia o ditado popular "prefiro a morte a tal sorte". Se quiserem saber mais leiam!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

da minha distracção crónica # 22 - a minha relação atribulada com o plano de férias!

diz-me o colega da assiduidade:
- que habilidade andou a fazer com as suas férias?
- não me diga que assinei outra vez férias estando a trabalhar?! (sim eu já fiz isto, trabalhei e assinei férias!!)
- não, gozou um dia que não tinha marcado, e trabalhou quatro que tinha marcados!!!!
- ah! sim.... (e expliquei-lhe a razão).
 
desta vez foi conscientemente, porque no ano anterior tinha férias marcadas, e só na quinta-feira, quando fui ver o plano, é que me apercebi que devia estar de férias desde segunda!

entre nós # 49 - aerosmith

Aerosmith A minha banda favorita de sempre, são tantas as músicas que adoro, não estava a ser fácil escolher uma para o entre nós, até que a Estrela teve esta brilhante ideia, assino por baixo as partilhas dela, e acrescento mais algumas. ;)

hole in my soul

 
janie's got a gun

 
livin' on the edge
 
 
são músicas que inevitavelmente me fazem cantar, e não menos inevitavelmente fazem sofrer quem me ouve :P

quinta-feira, 22 de maio de 2014

o drama, o terror de ter um desconhecido a pôr-me a mão na mão, o braço à volta dos ombros!

sou um bocadito, um bocadão aversa a contactos físicos, não só com desconhecidos, como com conhecidos, colegas, e até com amigos e familiares. estou longe, muito longe, de ser uma pessoa que demonstra empatia pelo toque! causa-me nervoso miudinho, não sei explicar, sei que não gosto.
 
depois de já ter ouvido falar muito, e muito bem de uma pessoa, saber que é amiga de alguns amigos e conhecidos, eis que a conheço e passo a manhã com ela.
 
ora pois o ser humano vai de conversar e por a mão na minha! subtilmente pus um objecto a blindar a mão, assunto resolvido!
 
começa a chover, abro o guarda-chuva e seguro-o para acolher ambos, o ser humano vai de apoiar a mão livre no meu ombro! WTF?! não sei como aguentei!
 
em circunstâncias normais ter-me-ia afastado e explicado que sou aversa a contactos físicos - não seria a primeira vez que o faço -  mas estava-me tão bem "referenciado" que receei melindrá-lo.  desta já me livrei, espero bem não que haja próxima, caso contrário vou ter de comprar uma armadura.

terça-feira, 20 de maio de 2014

caixinha de música da canca ♫ 12 - silent storm

do stormy festival eurovisão 2014, depois de calm after the storm, e partilha com a Lili. :)

carl espen

 
Head to toes
Flesh and bones
Should feel whole
But the void
A silent storm
 
I'm here to use my heart and my hands
Somehow the bruises changed my plans
And there's a silent storm inside me
Looking for a home
I hope that someone's gonna find me
And say that I belong
I'll wait forever and a lifetime
To find I'm not alone
There's a silent storm inside me
Someday I'll be calm

segunda-feira, 19 de maio de 2014

youtube don't stop NOS now!

aqui há um tempo quando queria partilhar este vídeo publicitário da (falecida) Optimus não estava disponível no youtube. agora queria partilhar o da (recém-nascida) NOS e a história repete-se...
 
serei só eu a gostar do anúncio, e a ficar colada à televisão quando passa? a andar contagiada, desde sexta-feira passada, a cantarolar "Two hundred degrees, That's why they call me Mister Fahrenheit, I'm trav'ling at the speed of light, I wanna make a supersonic man out of you", serei?
 
se for, i'm having a good time! partilho a magia da música dos QUEEN. :)


sexta-feira, 16 de maio de 2014

entre nós # 48 - caruso

Te voglio bene assai
ma tanto tanto bene sai
è una catena ormai

este pedaço de refrão faz parte do meu repertório de cantarolices, no entanto, até ontem quando escrevi este post, não conhecia o nome da música, nem o do interprete. numa pesquisa rápida fiquei a saber que se intitula Caruso - nome de alguém que já me roubou muitos sorrisos, agradável surpresa - sendo o seu interprete original Lucio Dalla. conta também com interpretações por vozes magnificas como a de Andrea Bocelli e Luciano Pavarotti. a história da música é muito bonita, o poema lindíssimo, podem ler aqui. partilho um dueto entre o interprete original e o meu favorito.

Lucio Dalla & Luciano Pavarotti

quarta-feira, 14 de maio de 2014

dúvidas existenciais!

na berma da estrada um cartaz (apelativo) anuncia show lésbico, tendo em conta que estavamos numa terrinha do interior norte de Portugal, em tom de brincadeira, comento:

- Uau vocês estão muito modernos, já têm shows lésbicos!
- Onde é?
- Isso já não consegui ler.
- E são homens ou mulheres?
- (ahhhhhhh!!!!) Mulheres.

terça-feira, 13 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

conchita wurst, ou, da iludência do que os olhos vêem!

descrições para retratos robô é coisa para me deixar desconfortável. jamais conseguiria fazê-lo, não estando a olhar para a pessoa sei lá eu como são as sobrancelhas, o nariz, a boca, o formato do rosto! com sorte fixo a cor do cabelo, e algum sinal, se for assim daqueles tipo verruga com pelos em riste. de resto não me venham cá perguntar se o cabelo era pintado, as sobrancelhas feitas, o nariz de batata, a boca rasgada, as orelhas de abanico, isso para mim é tudo paisagem indefinida. ver com os olhos não é comigo!
 
o aspecto para mim tem a ver com o que a pessoa é, e não com a sua aparência, podem não acreditar, mas é como eu sinto. a visão serve-me apenas para reconhecer, é um acto reflexo. a partir do momento que alguém me cativa, eu deixo de ver essa pessoa com os olhos, quase literalmente! podemos partilhar minutos, horas, dias, anos ... que eu não saberia descrever a pessoa fisicamente. quem não me cativa raramente me leva algum olhar.
 
nós não somos a nossa figura física, somos as nossas atitudes. tenho pena que se supervalorize algo tão insignificante e efémero, em função de algo que permanece quando (já) não estamos.
 
o que é que isto tem a ver com a personagem conchita wurst? tudo. eu não conheço a pessoa, apenas vi a personagem, portanto posso apenas pronunciar-me em relação ao que vi. voz e interpretação. excelentes. um homem vestido de mulher, a usar barba. um personagem. e se não for um personagem? o que é que eu tenho a ver com isso? nada. em que é que isso prejudica alguém? em nada.
 
quem me consegue incomodar e muito são aquelas pessoas que, tendo assumido um compromisso com alguém, não se coíbem de o desrespeitar das mais variadas formas, mas isso, isso é considerado normal!
 
eu bem digo que a visão é o sentido que mais nos cega.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

entre nós # 47 - tina turner

tina turner, também conhecida como miss hot legs, a voz desta senhora tem uma garra inigualável, difícil escolher só uma música. :)

i don't wanna fight


i don't wanna lose you
 
 
 
miss hot legs com mr hot voice - tina turner & sting
 
on silent wings
 
 
só mais uma, não resisto :P
 
the best
 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

acabadinho de ler (há séculos :P) - Os Rapazes da Droga


quem me emprestou este livro descreveu-o de uma forma tão pouco lisonjeira que me levou a pensar não se tratar de uma leitura muito interessante, mesmo nada interessante. aceitei porque gosto de ler, coloquei-o no fim do monte dos a ler, e lá ficou ele sem grandes expectativas depositadas na sua leitura.
acabei de ler este e este livros mais ao estilo cor-de-rosa, e apesar de ter gostado bastante de ambos, achei por bem debruçar-me sobre ou tipo de leitura, uma mais real e mais realista. porque não pegar no do arrumador de carros drogado (forma como me foi referenciado)? peguei, e só o larguei quando acabei, li-o seguramente em menos de duas horas. a introdução fez-me ficar presa, concordo integralmente com cada palavra do autor, um profissional de saúde que há muitos anos lida com seres humanos iguais a ele, seres humanos esses que viram a sua vida cruzar-se com drogas duras, seres humanos que por razões invisíveis se tornaram adictos. ao contrário da sociedade, este ser humano psiquiatra entende que o facto de estes outros seres humanos serem adictos não os torna melhores, nem piores, torna-os diferentes, não menos únicos. a vida deu-lhes características tidas como não boas, não normais, não aceites, associadas a elas vieram rótulos, preconceitos, estudos e técnicas para os tornar bons, normais, aceites. eles contudo, indiferentes à sociedade, aos estudos, às estatísticas, vão-se afastando cada vez mais da dita normalidade... que os vê com os olhos da indiferença, vendo o todo sem conseguir ver que cada parte é única...
o autor diz, não ter pretendido chegar a nenhuma conclusão, nem elaborar nenhuma teoria, pretendeu apenas, digo eu, olhar com olhos que vêm!
um livro excelente, aconselho vivamente a leitura, a quem mo emprestou um muito obrigada… nem todos os livros são para todas as cabeças... nem todos os olhos conseguem ver!

da minha distracção crónica # 21

preparei a massa do bolo, untei a forma com margarina, verti a massa... só depois me lembrei que não tinha polvilhado com farinha.
 
ao desenformar a forma ficou forrada de bolo. com a cobertura o bolo ficou lindo e delicioso. :)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

eu ainda sou do tempo dos toques sem k!

toque: modo de dizer "eu tenho telemóvel e lembrei-me de ti", muito difundido no final da década de 90 do séc. passado e início do séc. XXI, que consistia em marcar no nosso telemóvel o número de algum colega e deixar chamar uma única vez.
 
nesta altura era muito frequente o uso da expressão "dar um toque", de repente deixou de se usar, ou fui eu que me tornei adulta?!

terça-feira, 6 de maio de 2014

caixinha de música da canca ♫ 11 - calm after the storm

the common linnets
 

este ano falei aqui da festa de família que era o Festival Eurovisão da Canção, por coincidência hoje estivemos a ver em família, aos anos que não acontecia... esta música ficou-me no ouvido e já toca em repeat, partilho...
 
não posso também deixar de partilhar a tristeza que a nossa música me despertou, e não me estou a referir ao estilo musical, mas sim à fraquíssima interpretação vocal e artística...

do dia da mãe

que não foi fácil, eu que já perdi a minha mãe, já aceitei que não vou ser mãe, que sei bem a dor de perder um filho, eu que daria tudo para ver os meus felizes...
 
não sei se foi a vida que me ensinou, se foi a minha combinação genética que me deu a capacidade de guardar as perdas, sem nunca as esquecer, de as sofrer e de as sentir como parte de mim, mas contudo conseguir seguir, às vezes de sorriso no rosto, outras de semblante carregado, contudo seguir... o que ninguém me ensinou, nem eu sou capaz de saber é ver os meus a sofrer sem sofrer também...
 
eu amo a minha mãe, porque sei que ela foi Mãe, mãe o melhor que podia, talvez eu não tenha sido a filha que ela desejou, mas hoje sei algo que me enche de orgulho, se ela estivesse connosco estaria muito orgulhosa da Família que somos, dos laços únicos que nos unem, e aposto que a filha mais nova, a mais terrível, lhe roubaria muitos sorrisos, e ao lembrar o sorriso largo dela os meus olhos choram, porque eu sei que me amava como uma Mãe sabe amar um filho.
 
a minha mãe teve a Filha, aquela que ela sonhou, a minha irmã, a relação delas era cúmplice, era de dedicação total, era de amor incondicional. a minha irmã dez anos passados não superou perda. a dor da minha irmã dói-me como se fosse minha, eu queria ajudar, queria saber dizer as palavras mágicas que pudessem amenizar a dor, queria saber ter as atitudes que a pudessem fazer sorrir, mas eu não sei, nem sei se tenho esse direito... cada um sente por si, cada um sabe o que as suas dores internas valem para a pessoa que é. eu amo a minha irmã como se de uma mãe se tratasse, tudo o que eu pude fazer no dia da mãe que passou foi ser solidária com a sua dor, que no dia 4 de Maio a apanhou como um vendaval, o meu dia não foi fácil, não foi cheio de sorrisos, nem de alegria, mas foi carregado de amor... o amor nem sempre nos faz sorrir...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

ocasionalmente sou tão querida - a ponto das minhas atitudes me roubarem sorrisos - não percebo como pode haver pessoas que não me acham sempre adorável! :P

pleonasmo pérola (o boom, ou, a confirmação da minha distracção crónica)

... assim é mais depressa, e até pode ser mais rápido.

pleonasmo pérola (tive o privilégio de testemunhar a génese desta figura de estilo)

eu também faço cubos - referindo-se a batata frita - mas não assim, faço maiores, mais grandes.

entre nós # 46 - whitney houston

whitney houston foi a diva dos meus vintes, embora o encanto que tinha por ela tenha desvanecido com a passagem dos anos, não foi essa a razão que me levou a ainda não a ter incluído no entre nós.. mantém lugar cativo no meu coração e nas minhas recordações, e talvez por isso não conseguia decidir-me por uma música só...eis a solução encontrada. :)

i will always love you
(e os suspiros que o kevin kostner me roubou...)
 
 
the greatest love of all
(estou a tentar começar aprender...)
 
 
one moment in time
(momentos que ficam...)