Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

entre nós # 24 - foolish games

quando esta música foi lançada era eu uma adolescente, desde então faz parte das favoritas, mas só anos mais tarde descobri o quanto a letra diz de mim.

Excuse me, guess I've mistaken you for somebody else,
Somebody who gave a damn,
Somebody more like myself

Jewel - Foolish Games
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

procura-se toca para hibernar durante um mês

aproxima-se o natal, é impossível não o notar, nas decorações, nas músicas, nas conversas, nos almoços/jantares, na enxurrada de publicidade. eu não gosto do natal, mexe comigo, a sua aproximação traz as melhores e as piores lembranças, traz a certeza que nunca mais poderá haver a mesma alegria porque a voz, o sorriso, a energia, a doçura, a simplicidade do nosso Pequeno Príncipe já só existem em lembrança, traz a dor imensa de saber que ele não viveu o natal pelo qual andou a ansiar oito meses, e começam as noites mal dormidas, as crises de ansiedade, as variações de humor, e a irascibilidade que acaba sempre por atingir quem me quer bem.
dizem que tenho de superar, que ele ia querer que estivesse bem, mas eu não consigo, e não quero conseguir, quero mantê-lo vivo em mim, e se para isso for preciso algum sofrimento que seja, eu aguento, afinal estou viva, afinal continuo a sorrir, a cantar, a sonhar... o que ele queria era viver.
sei que não é só difícil para mim, sei que dói igualmente a quem o ama tanto quanto eu, sei que só eles compreendem verdadeiramente a dor que eu sinto, mas por não os querer ver sofrer guardo, finjo-me de forte, prendo as lágrimas, mas elas querem sair, e agora é só isso que tenho vontade de partilhar, lágrimas...

o que eu me ri ao ver isto

 
Ai se o "Carlitos" se perde lá para os lados da Luz ao lusco-fusco.
:P

animais do mais lindo que há - panda








terça-feira, 26 de novembro de 2013

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

gosto de ouvir isto, simplesmente porque gosto, garanto que estou bem :)


Snow Patrol - You could be happy
 
 
Blue October - Amazing

domingo, 24 de novembro de 2013

acabadinho de ler - SIMONE Força de viver


Assim que vi este livro exposto, e apesar de ser o primeiro contacto com a sua existência, comprei-o. E foi uma boa decisão, gostei de o ler, gostei de ler a Simone da mesma forma que gosto de a ouvir. Simone de Oliveira é uma senhora por quem nutro um enorme apreço, podia tecer-lhe muitos elogios, mas vou apenas referir-me ao agrado que sinto pela forma como ela não tenta mascarar a passagem do tempo. Cada um é livre de fazer do seu corpo o que quer, sou a primeira a dizer que devemos fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para nos sentir-mos bem, desde que não prejudiquemos outrem, claro está. No entanto confesso que uma das coisas que me "incomoda" na nossa sociedade, especialmente nas mulheres, é a importância exagerada que dão à lisura da pele, que importam as rugas? Elas são o sinal que o tempo passou por nós, são sinal que nos foi dada a oportunidade de viver, ter rugas é um privilégio, um privilégio negado a muitos... Diz a Simone:

Estou bem para a minha idade? Sim. ... Estou bem por não ter deixado que o mundo me mudasse, deixar de ser quem sou. ... Sou uma pessoa com setenta e cinco anos, uma mulher com graça, simpática. Não sou o que fui, e ainda bem, caso contrário, andava a combater a luta inglória da inevitabilidade biológica.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

entre nós # 23 - metallica

da banda que muito me acompanhou nos vinte - Metallica

The Unforgiven
 
 
What I've felt
What I've known
Never shined through in what I've shown
Never be
Never see
Won't see what might have been
 
 
The Unforgiven II


Lay beside me, tell me what they've done
Speak the words I wanna hear, to make my demons run
The door is locked now, but it's opened if you're true
If you can understand the me, then I can understand the you

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

breaking news - mais uma pérola

À volta de uma revistas cor-de-rosa onde aparecia o par José Castelo Branco e a sua (semi-viva ou semi-morta) Betty, oiço comentar:
 
- Quando ela morrer ele fica sem nada. A fortuna da Betty vem do Frankenstein, com quem ela casou nos Estados Unidos, quando ela se for ele fica sem nada, são casados com separação total de bens.
 
WTF?!?!
 
Não sabia que a sr.ª Betty Grafstein era viúva do Frankenstein (a criatura), mas que deviam fazer um par bonito, não me restam dúvidas. :P E, assim sendo, fiquei a compreender o amor que a une a JCB, tem um fascínio por criaturas, só pode. :P

domingo, 17 de novembro de 2013

do que eu (ainda) não consigo deixar de acreditar


do que eu espero nunca deixar de acreditar. 
errado não é confiar, mas sim enganar e não saber confiar.
não podemos deixar de acreditar.
bom domingo

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

entre nós # 22 - erase and rewind

porque hoje acordei com esta música na cabeça, porque apetecem muito mais os começos que os recomeços...
erase/rewind - the cardigans


bom fim-de-semana

terça-feira, 12 de novembro de 2013

se eu pudesse, se eu soubesse, escreveria assim

Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu que nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...

Alberto Caeiro, in Guardador de Rebanhos

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Quero

Meu coração vou empenhar
É ouro
É bom o preço que te peço
É ouro
Se tu me deres o que eu quero
Vou o meu ouro empenhar

E aquilo que eu quero
É um beijo pela manhã
Um sorriso a meio da tarde
Quero
Festinhas à noite
É um belo preço
Este preço que te faço
Tem de oferta um abraço

Sei o valor que ele tem
É ouro
Se tu me deres o que eu quero
Vou o meu ouro empenhar

E aquilo que eu quero
É um beijo pela manhã
Um sorriso a meio da tarde
Quero
Festinhas à noite
É um belo preço
Este preço que te
quero

É um beijo pela manhã
Um sorriso a meio da tarde
Quero
Festinhas à noite
É um belo preço
Este preço que te faço
Tem de oferta um abraço 

Se tu me deres o que eu quero
Vou o meu ouro empenhar

E aquilo que eu quero
É um beijo pela manhã
Um sorriso a meio da tarde
Quero
Festinhas à noite
É um belo preço
Este preço que te faço

Tem de oferta um abraço
Quero
Este preço que te faço
Quero
Tem de oferta um abraço
Quero, quero
Tem de oferta um abraço

Santos & Pecadores com Susana Félix


learning to look at the bright side

do muito que a vida nos ensina
 

nada dura para sempre, nem o bom, nem o mau
e porque hoje é S. Martinho o Sol brilha lá fora
se estiver nublado aí dentro de vocês, não deixem de acreditar
um dia o Sol vai voltar a brilhar.
Façam por ser felizes, façam por fazer outros felizes.

sábado, 9 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

da minha distracção crónica # 18 - das coisas mais parvas que marcaram o meu percurso académico

5º ou 6º ano, aula de francês, estamos a fazer um ditado, e a certa altura a professora dita:

- blá blá, (virgule) blá blá, (virgule) blá blá, (virgule), blá blá, (virgule)...
 
E aqui a croma escreve "blá blá virgule, blá blá virgule, blá blá" e às tantas começa a intrigar-se porque raio está a professora a ditar tão rápido, e como raio os colegas estão a conseguir acompanhá-la?! E só aí se deu o clic no seu cérebro descompensado Porra não é para escrever virgule é só para usar o sinal de pontuação.
 
Eu não fiquem a pensar coisas menos agradáveis sobre mim, era aluna de cinco. Verdade, verdadinha.

entre nós # 21 - longe do mundo

Hoje partilho uma música que me é muito, muito querida, por ser parte de um filme que me foi dado a conhecer por uma pessoa muito, muito especial.

O Corcunda de Notre Dame tem como personagem principal Quasimodo, o corcunda. Quasimodo mostra um monstro, mas o seu interior é de uma beleza e nobreza imensas. Quasimodo não se ama, nem se acha no direito de ser amado, também eu em tempos não me amava, e achava não ser possível ser amada. 

Um dia uma pessoa disse-me que o filme era belíssimo, deveria vê-lo. Foi uma daquelas pessoas que não dizem muito, mas que com olhares, gestos e atitudes nos mostram o quanto gostam de nós, daquelas que mesmo conhecendo o nosso lado mais escuro não o deixam toldar-lhes os olhos do coração, daquelas que nos demonstram que somos capazes de despertar os mais belos dos sentimentos. 

E eu fui ver o filme, e chorei, chorei, e percebi a mensagem, não só a do filme, mas a da pessoa. 

É fácil ver com os olhos da mente, difícil é ter a sensibilidade de se deixar encantar pela beleza escondida atrás da aparência, dentro do Quasimodo. Talvez por nunca ter tido grande auto-estima, por me achar diferente, desinteressante, incapaz de despertar amor genuíno, sempre tive grande empatia por esta personagem, e pelos muitos Quasimodos desta vida. Pessoas maravilhosas que se escondem atrás dos que as aparências mostram, atrás das barreiras que os seus medos lhe criaram. Infelizmente, nem todos os Quasimodos têm a sorte que eu tive, encontrar uma pedra preciosa que lhes faz ver que, também eles são preciosos, também eles têm brilho, um brilho muito mais encantador, um brilho que não é efémero, o brilho da nossa essência. 

Esta pessoa ensinou-me que não sou tão feia, nem tão desinteressante como sempre julguei, ensinou-me que mereço ser especial, sou especial. E eu tenho um cantinho no meu coração que lhe é devido, cheio do maior dos carinhos, que me faz sorrir e me faz chorar, que me faz agradecer. Obrigada. Hoje eu não tenho dúvida que mais vale só que mal acompanhado. Hoje eu sei que te surpreendi porque te quiseste deixar surpreender, porque me quiseste fazer ver. Hoje eu sei que nem eu sabia bem o que era. ©

Longe do Mundo - Sara Tavares

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

animais do mais lindo que há - panda vermelho

Nova rubrica aqui do cantinho, porque eu ADORO animais, porque os animais não fingem, não enganam, não manipulam, SÃO LINDOS e merecem que partilhemos a sua beleza. :)






Já vi ao vivo no Zoo de Lisboa, são lindos, mas muitos esquivos. :(

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

terça-feira, 5 de novembro de 2013

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

4 de Novembro

Hesitei em escrever ou não este post, mas criei o blogue para dizer de mim sem amarras, e é esse o caminho que quero continuar a seguir.

O dia 4 de Novembro de 1981 foi, não tenho dúvida, um dia muito feliz para a minha mãe, o dia em que trouxe ao mundo o seu terceiro filho, a Canca. Mal sabia ela a rebelde que ali vinha, mal sabia ela o quanto iria arreliar-lhe o juízo, o que suspeito que ela sabia é que se havia de orgulhar daquela menina.

O dia 4 de Novembro de 2004 foi o último dia de vida da minha mãe. As últimas palavras da minha mãe, antes de se deitar para a sua última noite, tinham-me no pensamento. Amanhã é o aniversário da Canca, temos de lhe ligar. Eu morava a mais de 200 km de casa, e quando o telemóvel tocou por voltas das 7 da manhã, esperava tudo menos aquela notícia

Não vou mentir, eu e a minha mãe nunca tivemos uma relação cúmplice, como a que tinha com a minha irmã, não lhe confiava segredos, não lhe contava as minhas maiores aspirações, não porque não a amasse, não porque não acreditasse que me amava, mas porque a sabia muito diferente de mim, uma mulher criada em outros tempos, com uma visão do ser mulher baseada na educação que recebera.

No dia em que o corpo da minha mãe nos deixou, eu completava 23 anos, era muito verde, sabia muito pouco da vida, e estava na idade de achar que sabia tudo. Passados nove anos compreendo-te melhor mãe, hoje eu gostava tanto de poder falar contigo, de te dizer que sei só querias o melhor para nós, só querias que fossemos felizes. Que sejas muito feliz minha filha. Foram estas as últimas palavras que ouvi da tua voz, será que pressentias que era a nossa última despedida? Passados nove anos o vazio é ainda maior mãe. Espero que tenhas orgulho desta rebelde que acalmou, e não teve oportunidade de te dizer o quanto te ama.

domingo, 3 de novembro de 2013

viver no campo é assim... os bichos ligam-se a pessoas especiais, e tornam-se eles igualmente especiais

Ontem à noite, depois de estacionar o carro, diz-me a mana:
- Sabes o que estava ali?
- O que era?
- Um Ouriço. O pensamento trágico na minha cabeça - acabei de o esmagar com o pneu - foi interrompido pela continuação da fala. Acho que se escondeu.
Fomos procurar e lá estava ele, não se tinha escondido e nem sequer se enrolou. Ainda lhe fiz uma festinha nos picos, e tentei tirar uma foto, como estava muito escuro não consegui. Impossível não me lembrar de ti ABT. 


Antes de entrar no portão de casa, diz a mana:
- Olha outra vez um daqueles bichos, blhac, já ontem tinha visto duas. E afasta-se do animal.
- Deixa lá é apenas uma Salamandra, não faz mal a ninguém, é fruto do tempo.
- Sabes bem que as acho nojentas. 
Tal como a nossa mãe achava. Impossível não me lembrar de ti mãe.


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

entre nós - in loving memory (em memória)

sinto a vossa falta todos os dias
continuam vivos em mim
sem vocês eu não seria quem sou
avó, mãe, meu pequeno príncipe
hei-de amar-vos sempre, sempre, sempre
:'(

Alter Bridge - In loving memory


entre nós # 20 - telepatia

Telepatia - Lara Li


porque a telepatia me encanta