Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

terça-feira, 27 de agosto de 2024

duvido de certezas, acredito em interrogações!

às vezes questiono-me se há algo de errado em sermos sinceros com as pessoas em quem confiamos!

parece-me óbvio que não, aliás não vejo outra forma correcta de agir! mas a vida dá tantas voltas que onde antes estava uma pessoa em quem confiávamos agora está uma interrogação e isso cria-me dúvidas!

acho que a minha única certeza vai ser sempre que eu sou uma pessoa de muitas dúvidas e poucas certezas!

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

as cores do sorriso como medidores de distância sentimental, uma reflexão sobre o conforto no desconto!

silêncios confortáveis e sorrisos desconfortáveis (o contrário de silêncios desconfortáveis e sorrisos que confortam)

na tentativa de encontrar uma explicação para o que sinto, cheguei à conclusão (tão provisória como alguns sentimentos) que me atrai o conforto emocional proporcionado pelo outro!

esse conforto reconfortante, que sentimos junto de algumas pessoas, não se explica é uma conexão (o telemóvel sugeriu vibe, muito moderno este meu equipamento electrónico)!

a merda é que estas conexões emocionais ou vibes enganan-nos como o raio, porque sendo percepções individuais, somos nós a pintar o outro das que cores que mais alegram a nossa tela!

a sorte é a tela da vida ser feita para sobrepor camadas e camadas da tinta dos nossos dias!

talvez eu tenha visto muita cor onde só havia preto e branco, nesses dias o silêncio não tinha lugar e o riso enchia a minha tela de cor, das cores fortes que eu tanto gosto!

a indiferença veio dar uma pincelada de realidade preta e branca na minha tela, acho que aprendi a aceitar estas cores, com elas o silêncio enche o espaço de tal maneira que o sorriso sente desconforto por espalhar salpicos de cores fortes pela tela...

eu gosto de sorrir na mesma medida em que não gosto impor a minha presença, acho que há pessoas que se sentem confortáveis por me fazer sorrir, mas não gostam da cores vibrantes que espalho nas suas telas, assim fica difícil porque sou obrigado a sorrir a preto e branco e isso é desconfortável!




we all dress eachother with our thoughts!

a minha intuição é incrível para coisas parvas, ou strange things happen in therms of dressing, que é como quem diz, sou boa a despir a mente no que toca a vestir o corpo!


segunda-feira, 19 de agosto de 2024

funny stuff about me!

eu respondo a letras de músicas, contrario-as para elas não pensarem que sabem os porquês e os comos do que eu sinto! pq às vezes parece que sabem demais 😅
e isso lembra-me a maravilhosa música dos Fugees - killing me softly with his song 

And there he was
This young boy, stranger to my eyes

Strumming my pain with his fingers
Singing my life with his words
Killing me softly with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life with his words
Killing me softly with his song

I felt all flushed with fever
Embarrassed by the crowd
I felt he found my letters
Then read each one out loud
I prayed that he would finish
But he just kept right on

Strumming my pain with his fingers (One time, one time)
Singing my life with his words (Two times, two times)
Killing me softly with his song
Killing me softly with his song
Telling my whole life with his words
Killing me softly with his song

certamente já se passaram 20 anos desde o lançamento, e agora ao lê-la acabo de lhe descobrir um novo significado! a música é sem dúvida das melhores criações do ser humano.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

talking to myself

as viagens para e do trabalho têm muitos modos, reflexão, desespero, boa disposição... 

quase dois meses sem antidepressivo, dois meses a descobrir como é estar de bem comigo: 
a não reagir a quente a algo que me tiraria do sério, descobrir o mood não me vou incomodar com isso, há-de resolver-se, e seguir sem aquela situação a bombardear-me a cabeça e a deixar-me un petit peau fou
a gostar de fazer coisas sozinha, estar bem e andar bem só, aceitar que tenho gostos diferentes das minhas pessoas e que isso é perfeitamente normal e não me pode impedir de ir onde quero. sentir que onde antes havia medos (sozinha não vou) pode haver entusiasmo (vou sozinha, vai se uma experiência boa);
a olhar para mim e gostar do que vejo, da minha aparência. esta foi a de mais difícil interiorização! sentia-me um pouco tontita, fútil! mas, um dia ao olhar para uma foto da minha cara (com quem eu sempre tive uma relação muito difícil) e a achar-me bonita (hard do say) percebi que a beleza que eu agora vejo não está nos traços do meu rosto, tem antes a ver com um brilho que emanava dele, e esse só existe porque me sentia leve e de bem comigo 

tudo se relaciona, efectivamente, com o nosso estado de espírito, o que vai na nossa mente! antes, mesmo nos meus momentos felizes eu tinha sempre uma nuvem interna a assombrar-me. talvez uma pequena nuvem já viesse de origem, mas a infância feliz não a deixou fazer sombras, com o início da idade adulta a nuvem cresceu e começou a ensombrar mais e mais cada vivência minha;
o antidepressivo desfez a nuvem e passados dois anos de toma, vivi dois meses como se a minha mente tivesse sido sempre ensolarada!

ontem na viagem de regresso a casa senti que a nuvem estava lá, sentia o seu peso. e assim foi, começou uma tristeza súbita, um desencanto com a vida, pensamentos negativos, vontade de ficar a hiperpensar cosias más, pouca tolerância a comportamentos de pessoas a quem normalmente tolero muito, o incómodo em ouvir pessoas a falar e a hipersensibilidade aos sons. um peso na cabeça que me faz querer estar só, me leva para a cama e faz com que as refeições não se façam!
há muito não me sentia assim, não quero voltar a ser assim! já andava a interrogar-me quanto tempo conseguiria estar bem sem o antidepressivo, parece que dois meses é o meu tempo de vida limpa!

o que mais me incomoda é que não houve um gatilho, algo a que eu possa atribuir esta mudança, foi repentina, estive todo o dia bem e do nada quando entrei no carro para sair do trabalho já sentia o peso da mudança que aí vinha!


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

as palavras que eu nunca te direi não se escrevem em garrafas para atirar ao mar, escrevem-se num blogue e caem na rede

obrigada, mais uma vez obrigada,
por me fazeres ver que, na tua perspetiva,
o meu coração sempre disposto a ajudar
a minha vontade e capacidade de me colocar no lugar do outro e tentar entender antes de julgar
o meu prazer em ver os outros bem, ainda que à custa de dores pessoais
a minha vontade de não esconder nada, de ser o mais sincera possível, de não criar ilusões sobre o que sou
tudo isso pouco importa (para ti) perante a beleza física!
é perfeitamente legítimo pensar assim, nós não escolhemos o que nos encanta (mas o que nos encanta diz muito sobre nós)
ainda assim, paradoxalmente, se não fosses tu eu não teria procurado a ajuda que me fez olhar no espelho e ver beleza física!
não te vou dizer o quão estranho é sentir-me assim, foram muitos anos a não gostar do que via, não sei lidar muito bem com esta mudança de perspectiva...
é tão difícil como aceitar um elogio, com a diferença que posso sempre pensar o elogio é falso, mas é complicado pensar que a minha própria mente me está a enganar!
se bem que, possivelmente está, porque andou este anos todos a não ver beleza numa jovem e começou a vê-la quando as marcas do tempo se fazem notar!
curioso como, na minha vida, têm sido as pessoas que não gostam de mim (na mesma medida ou pelas mesmas razões que eu gosto delas) a fazer-me ver a pessoa e a mulher linda que eu sou (custa-me imenso ouvir-me elogiar o meu aspecto físico, é mesmo, mesmo muito estranho - talvez porque não consiga desligar-me da ideia de quão fútil isso é)
eu gostava de ser mais simples, só que não seria eu!



quinta-feira, 8 de agosto de 2024

we are not what others want us to be!

You know I'm impatient

Listen to me, I took your nice words of advice
'Cause I'm too messy and then I'm too fucking cleanAnd I'm too perfect 'til I open my big mouthI want to be me, is that not allowed?And I'm too clever and then I'm too fucking dumbAnd I'm too perfect 'til I show you that I'm notA thousand people I could be for you and you hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lot
Oh, and I'm too messy and then I'm too fucking cleanAnd I'm too perfect 'til I open my big mouthI want to be me, is that not allowed?And I'm too clever and then I'm too fucking dumbAnd I'm too perfect 'til I show you that I'm notA thousand people I could be for you and you hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lotYou hate the fucking lot


messy - lola young



músicas que cantam o que (já) contamos! do tempo em que quem me chamava livro aberto não (me) queria saber ler.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

o tempo é composto de mudança!

Eu quero que os meus dias não tenham veneno
Quero que os teus olhos riam sempre comigo
Eu não quero ter coisas que eu não viva
Vou ganhar coragem para aceitar a mudança