Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

pais, muito mais que um género ou substantivo

ser pai é muito mais que gerar, é amar, ensinar, educar, é esforçar-se por fazer feliz. capacidade parental nada tem a ver com capacidade de gerar, com o género ou número de indivíduos que a exercem, ou com o nome que se lhes atribui, tem a ver com a qualidade das pessoas como seres humanos, com as emoções e valores que têm para partilhar.
 
tenho lido muitas opiniões favoráveis à parentalidade por casais homossexuais. e confesso, o que mais me tem marcado são os comentários preconceituosos que inevitavelmente aparecem. opiniões cheias de fúria para com os homossexuais, emitidas por pessoas que julgam estar a defender a moral e os bons costumes, que pensam ser as donas da verdade e o garante da sã existência humana. francamente, não as percebo. como é possível gastar tanta energia a lutar contra algo que não lhes diz respeito, a vida afectiva dos outros, e simplesmente ignorar aquilo em que todos deveríamos estar focados? as crianças. como podem simplesmente esquecer estes pequenos seres humanos? tão frágeis, votados ao abandono, a quem está a ser negado o direito a amor, carinho, família, lar, infância. francamente, não percebo.
 
a única questão que me faz sentido, quando se fala em parentalidade por casais homosexuais, é esta: merecem as crianças ter a oportunidade de serem parte de uma família, de serem amadas como crianças que são? SIM.

4 comentários:

  1. E a quem ainda não tiver percebido isso aconselho voluntariado num dos lares da Misericórdia (eu já fiz)...onde as crianças tem tudo (habitação, alimentação, vestuário, educação)....mas apesar de tudo ...falta-lhes tudo!!! Um pequeno estágio por um orfanato....e tudo mudaria nas suas cabeças duras!!!!
    Beijinhos
    Maria

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    1. Seria tão bom que em vez de alimentar preconceitos as pessoas alimentassem de afectos essas crianças.

      Beijinhos, minha querida*

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  2. Não podia concordar mais contigo. Um grande exemplo do que falas é o casal Eduardo Beauté e Luís Borges que têm duas crianças que aparentam ser muito felizes e que estão bem melhor do que estariam antes.
    beijinho :)

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    1. São sem dúvida um grande exemplo. Já ouvi uma entrevista dos pais e avós do menino que tem trissomia 21, e fiquei chocada com tanto desamor, tanto preconceito, mesmo sendo a criança sangue do sangue deles. Não percebo como é possível desprezar um de nós só porque é diferente, não seria esse motivo para o amar mais? Pena que nem todas as crianças têm a sorte de encontrar pessoas dignas de serem chamadas de pais. :(

      Beijinho

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