Não minto se vos disser que o casamento nunca
significou nada para mim, nunca foi algo que eu ansiasse, nem mesmo na idade do
cor-de-rosa, o que é bem diferente de não querer viver uma vida a dois,
partilhar tudo com alguém a quem me ligo pelos laços inexplicáveis do amor,
construir uma família, isso sempre fez parte dos meus sonhos, mas isso não tem
necessariamente nada a ver com casar, com casamento.
Os sentimentos não se contratam, digo muitas
vezes, porque para mim que não sou religiosa o casamento não é mais que um
contrato. Acredito que a maioria das pessoas que o fazem estejam certas e
desejosas de amar e manter o amor pelo outro para toda a vida, mas os
sentimentos não são assim, nós mudamos, e eles mudam connosco e com as mudanças
que ocorrem no outro, e infelizmente poucos são os amores que sobrevivem a
todas as descobertas e a todas as mudanças.
Posso entender que até tempos atrás as pessoas se
casassem por força da religião, na católica em que cresci, fazer vida de casal
sem estar casado é pecado, mas quantos são hoje em dia os casais que seguem à
risca as "leis" da sua religião, que a praticam ao ponto de ver o
casamento como a "bênção" da sua união? Poucos, e desculpem-me os que
o fazem, mas ao fazê-lo estão a dar um passo no sentido de que a união não
funcione. Como posso saber que quero partilhar o resto da minha vida com alguém
se não o conheço na totalidade, se parte de si me está proibida, não faz
sentido.
Depois há o negócio em que esta instituição se
tornou, é desde o vestido de noiva e acessórios, fato para o noivo e alianças,
é bouquet e arranjos florais, é festa para milhentos convidados (alguns dos
quais os noivos nunca viram mais gordos) num sítio todo xpto, é fotos e álbuns,
é lembranças do evento, é lua-de-mel, é prendas para os noivos, é fatiotas para
a ocasião, e mais um sem fim de gastar dinheiro do lado dos que casam, e dos
que são convidados a assistir, eu sei que a economia precisa, mas poucas são as
carteiras que aguentam! E se a coisa der para o torto, dever ser cá uma dor na
alma, salvam-se sempre (julgo eu) as lembranças boas...
Se não acredito em casamentos para toda a vida?
Acredito sim senhora, os meus pais deram-me esse belo exemplo, tenho casais
amigos a seguirem o mesmo caminho, mas um papel assinado e uma aliança no dedo
fazem alguma diferença? Seria a relação deles diferente em alguma coisa se não
fossem casados? Iam amar-se menos, respeitar-se menos, dar-se menos? Não tenho
dúvidas que não.
Lançamento de bouquets fujo a sete pés, há
meninas que se magoam nessa brincadeira, eu quase fui agredida por não querer
participar! À parte de tudo isso, este bouquet de papoilas é lindo!
Amem muito, casados ou não, sejam muito felizes.
Canca, percebo e concordo com muitas coisas que escreveste. Eu sempre tive a ideia de casar. Sempre gostei da ideia de entrar na igreja pelo braço do meu pai. Se isso me ia fazer mais feliz?! Não, de todo! Para mim quem vive em união de facto não faz nada de diferente que alguém que casou. A diferença é se ter assinado um papel. De resto, nada é diferente. Eu casei vai fazer dois anos! Se vivesse em união de facto, seria exactamente a mesma coisa! Era feliz à mesma, as discussões seriam as mesmas e as opções de vida também. Pelo menos é o que acho! Mas não posso negar que é um dia lindo, e sem dúvida nenhuma que entrar na igreja de braço dado com o meu pai, foi o momento mais emocionante da minha vida! ;)
ResponderEliminarJitooooos*
Se era importante para ti fico feliz por teres vivido esse dia tão feliz, e desejo que o continues a ser.
EliminarBeijos muuuuuitos
Percebo o que dizes e até concordo, mas não vou negar de que o casamento é importante para mim. Eu sou religiosa e acho que o casamento religioso, na igreja, é um momento bonito, de partilha de amor com os outros e com Deus. Não acho que viver em união de facto ou não ir virgem para o casamento seja pecado. Não é isso que me move, mas dou importância a essa cerimónia. Claro que o papel não vai acrescentar nada de novo ao casal. É apenas um dia para estar com a família e os amigos (e não os primos longínquos que nunca vimos na vida...lol).
ResponderEliminarbeijinho
Se é importante para ti desejo do fundo do coração que venhas a viver a felicidade desse dia, e que sejas muito feliz de papel passado. ;)
EliminarBeijinhos grandes
Gostei deste tema abordado por alguém jovem e por isso não consigo deixar de comentar.
ResponderEliminarTens razão, faço parte da geração dos teus pais mas para mim ter papel passado ou não tanto importa. Foi passado há muito anos, mas o papel foi e será sempre um mero contrato, o qual nos tempos que correm está com um prazo de validade cada vez mais reduzido e afinal nada diz e nunca serviu em si mesmo para nada!
O importante é reconstruir a relação a dois a cada dia, para que ela perdure tal como se quer que perdure a vida, a felicidade. O resto são meros "floriados" que cada um alimenta por mero prazer, com festas, flores e tudo o mais ..Tudo cada vez mais sofisticado para parecer que, quanto maior a festa maior a duração do casamento , da felicidade desejável. Puro engano! :( . De facto o maior alimento das relações é o Amor, o o saber dar-lhe vivacidade, cativá-lo. Isso exige esforço e dedicação e nunca está consumado e não se sabe quando termina .
É no fim como a vida!
Desejo-te que sejas feliz e encontres o AMOR isso te bastará, estás certa! :)
Obrigada por me deixares alongar neste espaço que me habituei a visitar, mas nem sempre comento.
Beijinho
Importante é cultivar o amor, se o fazemos casado ou em união de facto, não importa, importa é sermos fiéis ao que pensamos e sentimos e à pessoa com quem escolhemos partilhar a vida.
EliminarEnches-me o coração quando vens aqui, roubas-me sorrisos, e um sorriso roubado é das melhores sensações da vida, volta sempre, e escreve o que te for na alma.
Beijos muuuuuitos
Já falei sobre isso no meu blog http://jsonhadora.blogspot.pt/2013/01/sobre-casamentos.html, concordo tanto contigo...
ResponderEliminarEstamos em sintonia, que sejas muito feliz, sem papel passado, se é assim o teu desejo.
EliminarBeijinhos grandes