há muito que ele não está comigo, vejo-o todas as noites, e em dias de céu claro, como uma sombra que me acompanha, sinto a sua presença sempre, há dias em que não o vejo, há dias em que lá do alto me pressiona o peito como se um meteorito tivesse embatido nele, há dias em que o sinto tão quente como se se tivesse fundido com uma estrela, há dias em que o sinto partir a galope, não partas digo-lhe eu, não partas porque o calor das estrelas queima, não partas o universo é tão negro, mas ele não me obedece, deixa a calma lua e parte em busca de um sol que lhe dê luz própria, que lhe cause relâmpagos de emoção, pensa ele que pode ganhar luz própria, engana-se, um satélite há-de ser sempre um satélite, há-de ser sempre dependente de outra luz para brilhar, há-de precisar sempre de um planeta para orbitar, engana-se se pensa que um coração pode brilhar sem amor... o amor há-de sempre ser um satélite do nosso corpo... e nós havemos de ser sempre satélites do amor... eternamente atraídos por ele, sempre a senti-lo a anos luz de distância, sempre incapazes de o sentir na plenitude... se eu o pudesse agarrar e trazê-lo de volta para mim, deixaria de olhar para o céu, perderia a capacidade de erguer a cabeça e apreciar a beleza que me rodeia, deixaria de sonhar... deixa-te ficar, fica coração, fica e sê o luar, ele não tem limites de amar...
Este post é um desafio retirado do Livro de Desabafos.
Que lindo texto =) adorei!
ResponderEliminarLindo`*
ResponderEliminarI fell in love with these words :)
ResponderEliminarSublime!
ResponderEliminarObrigada pela participação, Canca!
ResponderEliminarMuito bonito...
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