Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

quinta-feira, 6 de março de 2014

peripécias de uma mulher nos trintas, com aspecto e força de menina de quinze, numa estação ferroviária

na compra do bilhete
canca: Bom dia, era um bilhete se faz favor.
funcinário: Tens o bilhete de identidade?
canca (a fazer de conta que não percebia o porquê da pergunta): Tenho o bilhete de identidade!?!?
funcionário: Tens menos de 25 anos?
canca: Já tive.
E fico a pensar seriamente que, devo comprar uma bandolete com um letreiro luminosa a dizer "nasci na 1.ª metade da década de oitenta, do século passado...

na entrada para o comboio
agarro o puxador da porta para a abrir, tento, tento, desisto e dirijo-me a uma já aberta. lá ao fundo vi o revisor a assistir à cena. ao cruzar-se comigo já no interior do comboio:
revisor: Então não conseguiu abrir a porta?
canca: Deve ser falta de força.
revisor: Há quem não feche bem a porta, a menina não abre. :)
canca (com um sorriso que deve ter parecido pouco amigável): Sempre é preferível, porque neste caso o defeito é da porta.
revisor: Não me leve a mal.
canca: Pelo amor de Deus.
E fico a perguntar-me porque não sou capaz de deixar de utilizar estas expressões populares que envolvem a entidade que, no crer de alguns é responsável por tudo o que se passa na Terra, quer dizer tudo não só as coisas boas, porque as más somos nós que as escolhemos...

8 comentários:

  1. Ahahaha, como te compreendo. Tenho 22 anos e já palpitaram que tenho 16.
    Quanto ao final do post, acho que será impossível deixarmos de soltar um "Oh meu Deus" mesmo que digamos que essas coisas não existam. Está no sangue, nos genes, não dá pra contornar (digo eu).

    *

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    1. No íncio dos vintes ficava melindrada, não gostava mesmo nada que me chamassem menina, afinal eu era uma senhora adulta. ;) Agora já me farto de sorrir com esta situações, e até me parece que estou a começar a gostar de ser menina. :)
      É difícil desligar-me totalmente da educação que recebi. :)

      Beijinhos

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  2. ahahahahah...mas isso é bom e faz bem ao ego :)

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    1. Aos trintas sim, faz-me sorrir, aos vintes fazia-me bufar. :P

      Beijinhos

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  3. é muito bom acharem que és mais nova! Eu amanhã faço 45 e esta semana deram-me 33 :))) Beijinhos

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  4. Uma das coisas que não gosto é, nesse tipo de sítios, uma pessoa que não me conhece de lado nenhum tratar-me logo por tu. Mesmo que tivesse só 20 anos ou até menos, acho que um bocadinho de educação não faz mal nenhum.
    Quanto às expressões com Deus, acho que é normal. Estão-nos tão entranhadas na fala, na gíria, que mesmo o maior dos ateus é capaz de as dizer. Porque é que quando alguém espirra dizemos logo "Santinho"? Ahahahaha ;)
    beijinho

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    1. Confesso que também não gosto, acho deselegante, mas a delicadeza é algo que passou a anos-luz de algumas pessoas.
      Sim, é uma questão de educação, eu fui educada para ser católica. Posso confidenciar-te que, embora tenha deixada de ser crente assim que me comecei a entender como pessoa, só há poucos anos deixei de me benzer (fazer o sinal da cruz) antes de me deitar. O hábito faz o frade. :P

      Beijinhos

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