Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sobre ter uma casa


Ter a minha casa não é, nem nunca foi uma ambição, tenho o sonho fútil de ter um quarto de vestir, o local sagrado onde distribuo a minha “ropinha” e calçado, por estação, tipo, cor e sei lá mais o quê! E deixem-me que vos diga que os meus desejos fúteis de gaja ficam-se por aí, não desejo carteiras chanel nem nada do género!

Quanto a ter uma casa, acho estranho que todos queiram “criar” o seu espaço, e deixem abandonadas as casas dos pais, quando as há claro. No caso dos meus pais foi com muito esforço que a construíram, é bastante modesta, mas é a nossa herança, como poderíamos trocá-la?

Na família da minha cunhada havia a tradição de o irmão mais novo ficar como herdeiro da casa dos pais, quando comecei a conviver com ela e soube, confesso ter achado estranho. Agora aprecio bastante a ideia, desta forma a casa dos pais fica na família de geração em geração, pelo menos em princípio.

Dá-me imensa pena olhar para a casa da minha avó materna, minha segunda mãe, e vê-la a degradar-se, não estando habitada é inevitável. A casa só tinha um quarto e os meus pais, com três filhos, tiveram de construir uma para nós. A casa da segunda mãe, é um lugar onde me sinto tão em casa, fui tão feliz lá, durante a minha infância e adolescência, sempre amei a minha avó incondicionalmente e ela amava os netos mais que tudo, aquela casa parece ainda ter o cheiro dela, tenho pena não ter euros para a reconstruir…

Nesta época em que as finanças dos portuguesinhos, pelo menos de alguns, andam por baixo, é uma boa altura para recuperarmos a vida da casa dos pais. Isto é, se ainda não o tiverem feito, e se houver essa possibilidade.

E com a dinheirama que se gasta a comprar casa, não é melhor viajar? Conhecer o mundo, viver a vida. Vida é o que experienciamos, as casas ficam cá quando partirmos…

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