Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Torresmo no coração - reflexão pseudo-cómica sobre os amores cometa

ontem ao chegar a casa, enquanto estacionava o carro vi um cãozinho lindo, pequeno, pêlo curto camel, orelhinha arrebitada, e olhar perdido, não resisti. chamei-o ele não vinha, fui-me aproximando, consegui pôr-lhe a mão, fazer-lhe uma festinha, agarrá-lo e levá-lo para casa. po**a o bicho era pesado tive de o poisar a meio do caminho!
 
o Pi - cão da casa há mais de uma década - após se enfurecer ferozmente, eriçar o pêlo, e soltar algumas rosnadelas, gostou logo dele, cheiradas as partes mais identificativas estava feita a declaração de amizade. escolhi-lhe o nome, seria Torresmo, um nome do Norte carago!

quando me preparava para o deixar à vontade, na sua nova casa, deram-se dois acontecimentos que precipitaram o inicio do fim do nosso amor tão lindo, que se previa ir fazer ribombar os nossos corações!
 
acontecimento # 1
pai diz que o cão não é vadio. essa era uma dúvida que me inquietava, ele estava gordinho e bem tratado, e eu não queria separá-lo da família. resolvi que o deixaria passar a noite em nossa casa e de manhã abriria o portão, se ele quisesse e soubesse poderia voltar a casa, se fosse amor ficaria.
 
acontecimento # 2
o bichinho era muito macho, e resolveu iniciar a marcação de território, e vai de cometer o grave erro de alçar a pata às plantas da minha irmã. ante a visão do plantio moribundo após a exposição a doses massivas de urina a irmã intima-me, "se queres o cão tens de o prender". a imagem tenebrosa do bicho agarrado a um cadeado aterrorizou-me, abri o portão e deixo-o partir, para a vida dele e para longe da minha, amar é libertar.
 
não posso deixar de pensar que a minha relação com o Torresmo foi tão rápida como algumas que tive com seres humanos. a diferença é que ao Torresmo fui eu quem lhe quis pegar ao colo, já os seres humanos foram eles que se quiseram pôr no meu colo. aparece-me cada torresmo!
 
Já dizia Chaplin, "...falei muitas vezes como um palhaço..."

9 comentários:

  1. Acontece...mas mesmo curta foi uma relação que não vais esquecer!
    Bjs
    Maria

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  2. A relação pode ter sido curta, mas parece-me que foi intensa :)

    bjs

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  3. E conseguiste perceber se ele tinha mesmo dono?
    Torresmo é um nome bem giro. :) Nunca tinha pensado nesse nome.
    beijinho

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  4. Ohhh* E o torresmo encontrou a família? Tiraste-lhe uma foto? Vais poder vê-lo de novo?

    Beijos enormes

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  5. Lili e ABT, amantes de cães lindas <3

    O meu pai achava que ele era de um senhor que tem cães presos, não sabemos quantos tem e em que condições, não se vêem, só ouvimos a ladrar. O Torresmo não voltou a aparecer, e ao sair de nossa casa foi em direcção à casa desse senhor, se foi coincidência ou não, não sabemos. Como ele não voltou a aparecer presumo ter regressado a casa, se não tivesse dono possivelmente teria-se apegado imediatamente a mim. :P
    Não tirei fotos, nem sei se o irei ver outra vez. :/

    Beijos, muitos

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    1. Pois, se não tivesse dono provavelmente continuarias a vê-lo perto da tua casa. Deixa lá. Há-de aparecer outro "torresmo" para te alegrar. :-)

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    2. Ainda ontem quase parei o carro para apreciar um "torresminho" lindo que andava na estrada, mas tinha coleira. :)

      Beijinhos

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