Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

sexta-feira, 21 de junho de 2013

voyeurismo mórbido

tira-me do sério a necessidade de ser testemunha em primeira mão do mal dos outros, com objectivo, suponho eu, de obter o melhor e mais pormenorizado relato! Se passo por um acidente a minha vontade é desviar o olhar, fico com o coração apertado só de pensar que estão ali pessoas em sofrimento, a única hipótese de sequer pensar em observar a situação seria se ainda não tivesse chegado socorro. Nos acidentes de viação é ver os carros a abrandar e as cabeças a saírem fora das janelas, parece que o sofrimento alheio é atracção de circo! Este comportamento mexe comigo, condoo-me de quem está a sofrer, e entristeço-me com a capacidade do Ser Humano em "coisificar" o seu igual.

15 comentários:

  1. É uma das coisas que não consigo entender. Qual a necessidade de querer ver situações dessas?

    Estranho...no mínimo!

    Bjs

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  2. Faz parte da "cusquice" do portuga.
    Infelizmente, na minha road trip, apanhámos um acidente (de uma mota) e imediatamente desviei o olhar e enrolei mais o punho...

    Beijinhos

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  3. Canca,

    infelizmente há quem se sinta melhor com o mal dos outros. Só nessas alturas é que se valorizam e valorizam a vida que têm. Irónico...

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    1. mas assim que desviam o olhar esquecem-se logo!

      Beijos

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  4. Já contei esta história noutros blogues em que falaram sobre o assunto. Uma vez aconteceu-me passar por um acidente que se tinha dado há minutos e atrás de mim vinha a ambulância a apitar. Eu, como não tinha espaço para me desviar, estava a tentar acelerar para que a ambulância chegasse o mais depressa possível ao destino. Nisto o condutor que ia à minha frente quase que parou para tirar a cabeça de fora da janela e ver o que se passou. Isto com a ambulância atrás de nós a apitar e a fazer sinais de luzes. Acabei por apitar eu também para ver se o senhor cusquice da frente se apercebia que estava a estorvar o socorro. A sério que não entendo.

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    1. Esse tipo de atitude tira-me do sério, é triste! :/

      Beijos

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  5. Vi uma imagem hoje que retrata isso mesmo. Mas há cada vez mais pessoas assim. Vê lá se alguém foi ajudar a Nigella?

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  6. eu também não consigo perceber essa curiosidade mórbida

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