Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

quarta-feira, 27 de março de 2013

a saga do cartão do cidadão continua...

Fui à loja do cidadão levantar o meu cartãozinho, uma operação bastante simples e sem motivos para demora, em lugares com pessoas providas de cérebro claro!...
 
A loja do cidadão da terrinha, como todas, tem o bendito sistema de senhas, com letras a diferenciar o balcão/serviço a que nos vamos dirigir, e que maravilhoso é esse sistema, se o souberem usar!...
 
Chego às 09:30 min sou o D006, qual o meu espanto ao olhar no ecrã de chamada e ver que estava agora a ser chamado o D001, bem os D (entrega de cartão) chegaram todos há pouco tempo, pensei!
 
Sento-me e reparo em duas coisas, primeiro a letra C (pedido de cartão) e D estavam a ser atendidas num só balcão, que atitude tão pouco respeitosa pelo utente, uma vez que a entrega é um serviço bem menos demorado que o pedido. Neste caso o critério de chamada deve ser a hora de chegada, lá vou gramar seca. Segunda coisita, o pessoal apesar de ter senha amarulha-se todo à volta do balcão de atendimento, que básicos, além de estarem a cansar as perninhas, estão a desrespeitar a privacidade de quem está a ser atendido....
 
Passam trinta minutas e ainda só chamaram o D002, e eu já a bufar por todos os lados, eis se não quando, caída do céu vem outra funcionária para o atendimento, mas espanto dos espantos (pelo menos para mim!) a sr.ª não chama senha nenhuma, e o pessoal à sua livre vontade senta-se para ser atendido, saltou-me a tampa, levanto-me vou ao balcão e é travado o seguinte diálogo:
 
- Desculpe, estou aqui há mais de meia hora, porque razão não chamam a letra D?
- Qual é a sua senha?
- D006.
- Ah! Este Sr. é o D005 eu chamo-a já!
Nisto intervém o D004
- Eu sou o D004 e ainda estou aqui!
- E o Sr. é para que?
- Tirar o cartão.
- Então aguarde que é no balcão ao lado.
 
Tirem-me deste filme, esta gente será toda perturbada mental, não sabem ler ou são burros?
 
Se há senhas, elas servem para diferenciar o tipo de atendimento e aumentar a sua eficácia! Para isso basta apenas que os trabalhadores saibam utilizar o sistema, e os cidadãos tenham civismo, caso contrário devem ser educados nesse sentido. Vão lá explicar isto nesta santa terrinha, assim não há sistema de senhas, nem paciência que aguente... Foi de doidos, é o que vos digo, saí de lá uma pilha de nervos!

12 comentários:

  1. Já passei por situações parecidas! Será que alguma vez teremos um sistema eficaz em Portugal! Parece que temos sempre de perder o tempo e a paciência!

    Beijinhos,

    http://carpediemtome.blogspot.pt/

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    1. Não se vislumbra grande melhoria, parece-me que cada vez mais pessoas além de desconhecerem o que é o civismo, não têm interesse em aprender, em evoluir, como diz uma amiga minha, podem ser diamantes, mas falta-lhes a lapidação. E a nós falta-nos a paciência para os aturar!

      Beijos

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  2. As passagens pela loja do cidadão são sempre uma experiência e tanto a testar a nossa paciência até ao limite...tanto a fazer neste país!
    Bjs
    Maria
    PS. Sorteio no meu bloguinho ...passa lá!

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    1. Haja paciência, às vezes penso que as pessoas gostam de ser "brutinhas", parece que não querem evoluir, apesar de terem ao dispor tecnologias que podem facilitar a vida, insistem em ligar o cromómetro!

      Beijos

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  3. Não se entende, neste tipo de coisa, funcionar bem, ou funcionar mal custa o mesmo, então porque não funcionar bem?

    bjs
    Isa

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    1. Ora aí está, não sei, as pessoas devem gostam de usar o complicómetro e o cromómetro! Não é fácil aguentar fico pior que estragada...

      Beijos

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  4. Ui...o que eu poderia contar aqui. Posso dizer-te que o meu dia-a-dia é algo tipo assim: "O senhor tirou senha? Não. Então tem de tirar, logo à entrada. Já tirou senha? Então pode sentar-se que eu chamo pelo nº. Sim, sente-se, que sempre se espera melhor sentado." (isto para não dizer que estar encostado ao balcão a ouvir a conversa dos outros é falta de educação). Quando dizem que estão bem em pé, lá digo eu, "pois, acredito, mas é só para as pessoas não se acumularem todas no balcão" (mais uma vez a tentar fazer ver que é uma falta de respeito estarem todos em cima uns dos outros mas sem ser muito explícita para não ficarem muito chateados). Xiça...o meu disco já está mais do que riscado. ;)

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    1. Oh Lili, tens o meu apoio moral, imagino o que passas, deves chegar ao fim do dia com a cabeça em água, lidar com público não é fácil, especialmente quando as pessoas desconhecem o que é civismo! Força!

      Beijos

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  5. Não percebes nada...
    Então não se vê logo que o Sr. da Senha D005 era compadre da funcionária.

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    1. Devia ser isso, o tempo de espera foi só para enganar os outros Ds! ;)

      Beijos

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  6. Estes episódios para além de lamentar só retrata o estado do país e acho que não vale a pena qualquer comentário.

    desejo-te uma feliz páscoa na companhia das pessoas que mais amas.

    beijinhos.

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    1. Lamentável é a palavra certa.

      Beijos, tudo de bom para ti e para os teus.

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