Se tivessem acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teriam ouvido as verdades que teimo em dizer a brincar, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria. Charles Chaplin

Tornámo-nos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Antoine de Saint-Exupéry

A cabeça que se não volta para os horizontes sumidos não contém nem pensamento nem amor. Victor Hugo

Não importa o que fizeram connosco, importa o que fazemos com aquilo que nos fizeram. JP Sartre

quinta-feira, 25 de abril de 2013

liberdade!

Eu não sou livre, enquanto pessoa sou e serei sempre escrava dos valores de que não abro mão, enquanto cidadã portuguesa sou escrava de senhores que são eleitos por nós, mas que não governam em função de nós, de uma democracia que de poder do povo só tem o nome...
Não vivi a época anterior ao 25 de Abril de 1974, os relatos históricos mostram-nos que as pessoas não eram livres de demonstrar o que pensavam, não eram livres de viver como queriam, que eram violentamente reprimidas, havia miséria no povo, haviam grandes ricos, pergunto-me se hoje é muito diferente? Somos livres de nos expressar e de viver como queremos, ou pelo menos não somos reprimidos com violência, mas continua a haver muita miséria, cada vez mais, continuam a haver os grandes ricos, cada vez mais. O que fez a democracia pelo povo português? Por alguns quantos, aqueles que se profissionalizaram na políica e no lambe-botismo fez muito e fez muitos, mas pelo povo, por todos nós enquanto nação? Não conheci o povo que éramos antes da revolução dos cravos, mas o que somos hoje é um povo com muito pouca cultura, pese embora os elevados níveis de habilitações literárias e de drs e engs, um povo tendencialmente mesquinho e comodista, que fica feliz por ver o outro na lama, que maldiz os que conseguiram ser algo, mas que não mexe uma palha para fazer/ser algo, que só sabe olhar o seu umbigo, um povo que quer viver à custa do estado, mas foge por todos os meios a contribuir com a sua parte, um povo sem consciência política, que vende o seu voto por jantaradas e electrodomésticos, um povo pouco educado, que acha que é na base da estupidez que melhor se resolvem os problemas, um povo sem horizontes, que pára para ver jogos de futebol e mulheres que vendem o corpo...
É com tristeza que escrevo este post, e não estou com ele a insultar os portugueses, tenho orgulho de ser portuguesa, mas tenho muita pena que os senhores que tomaram as rédeas do nosso pais pós revolução que hoje é efeméride, não tenham sabido levar este povo, que um dia foi tão heróico, que navegou novos mares, que descobriu novas terras, um povo que já foi senhor de meio mundo, a melhor porto, que estes senhores em vez de usarem a liberdade para nos guiarem à grandeza de outros tempos, tornaram-nos numa reles sombra do que um dia fomos, escravos de outros que souberam usar a sua liberdade, e crescer como povo, como nação...
Diz o ditado popular que o exemplo tem de vir de cima, enquanto os nossos governantes continuarem a usar a liberdade em seu proveito próprio, nós povo nunca deixaremos de ser escravos.

Bom feriado

6 comentários:

  1. Não tenho nada a acrescentar, considero um belíssimo texto repleto de verdades que poucos assumem e por isso dou-te os parabéns.

    beijinhos e bom feriado.

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    1. É o que penso, vale o que vale!

      Beijinhos, bom fim-de-semana.

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  2. Não teria escrito melhor. É tudo verdade e tudo porque os portugueses nunca souberam aproveitar o que conquistaram. Depois de ter as coisas encostam-se à sombra da bananeira, esbanjam o que têm e depois quando precisam não há. E não me estou a referir só a dinheiro, mas também a valores morais, sociais, culturais, etc. Nem a liberdade souberam usar, até essa foi mal aproveitada.

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    1. Em vez de ser usada para evoluirmos é com pena que digo que o foi para amesquinharmos... Acredito que há muita gente boa neste pais, mas "para que o mal triunfe basta que os bons nada façam".

      Beijos

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